segunda-feira, 20 de junho de 2016

3 433 - Comandante Almeida e Brito faleceu há 13 anos! Angola em 1974/75!!!

Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423 (o segundo, da esquerda), faleceu 
há 13 anos. Na imagem, da noite de consoada de 1974, no Quitexe, está 
ladeado pelo furriel Armindo Reino, Armando Silva e capitão José Paulo Falcão

Cavaleiros do Norte de Zalala no encontro do
Pombal: Neves (Bolinhas), Lains dos Santos (alferes),
Américo Rodrigues e Mota Viana (ambos furriéis)

O (então) tenente coronel Almeida e Brito, comandante do BCAV. 8423, faleceu há precisamente 13 anos - dia 20 de Junho de 2003, de morte súbita e no decorrer de uma viagem turística a Espanha. Tinha 76 anos e estava aposentado, com a patente de general.
Após o regresso de Angola, comandou o Regimento de Lanceiros de Lisboa e, entre outras funções, foi 2º. comandante da Região Militar Centro (em Coimbra) e da GNR e comandou a Região Militar Sul (em Évora). 
General Almeida e Brito 
Foi participante activo dos primeiros encontros dos Cavaleiros do Norte - quando melhor e mais intimamente conhecemos o lado humano do militar que nos comandou na jornada africana do Uíge angolano. A esse tempo, de Junho de 1974 a Setembro de 1975, foi dele o comando determinado e competente, que soube continuar o BCAV. 8423 sólido e solidário, corajoso e sem medos - principalmente nos trágicos dias da primeira semana de Junho de 1975, em Carmona.
Recordamo-lo com saudade, fazendo memória do grande comandante que, nas horas mais difíceis, foi homem maior e militar competente e corajoso.
Há 42 anos, dia 20 de Junho e uma quarta-feira, Almeida e Brito teve «contactos operacionais com o Comando do Sector do Uíge», em Carmona, e, às 4 horas da madrugada e a partir do Quitexe, «iniciou-se a Operação Castiço DIG, na qual participaram, nas suas 4 fases, todas as subunidades orgânicas do BCAV. 8423». A operação só terminaria em Julho (em dia desconhecido) e dela, segundo o Livro da Unidade, «não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que, salvo uma emboscada sem consequências, no Tabi, só teve por reacção IN a materialização de tiros de aviso».
Notícia do Diário de Lisboa de 20 de
Junho de 1974, há 42 anos, sobre a luta
armada do MPLA em Angola
 
O dia foi tempo para se saber da disposição do MPLA em «manter a luta armada, até à independência completa», reagindo assim e em Brazaville, a notícias difundidas pela Rádio Eclésia - Emissora Católica de Angola, segundo as quais o movimento de Agostinho Neto «teria decidido renunciar a luta armada, para prosseguir, na legalidade a luta pela Independência».
O Comité Director do MPLA considerou a informação (no programa «Luanda 74») como «uma provocação destinada a estabelecer a confusão entre a população de Angola» e que, de resto, «já não era a primeira vez que fez eco de manejos provocatórios».
Um ano depois, chegavam ecos da Cimeira de Nairóbi (Nakuru), entre MPLA, FNLA e UNITA, apontando para «a unificação das tropas e aproximação política dos três movimentos». Formar-se-ia o exército nacional pela fusão das forças armadas dos três movimentos e pretendia-se também o desarmamento dos civis, mas Holden Roberto, presidente da FNLA, admitia que este «pode levar ainda muito tempo a concretizar».
Os trabalhos desse dia de há 41 anos apontavam para, entre outros aspectos, para o «restabelecimento do equilíbrio militar no norte de Angola». Precisamente a zona de acção do batalhão de Cavalaria 8423, os Cavaleiros do Norte.
- ALMEIDA E BRITO. Carlos José Saraiva de Lima
Almeida e Brito, Nasceu a 25 de Novembro de 1927 e
faleceu a 20 de Junho de 2003, de morte súbita.
Ver AQUI

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