quinta-feira, 28 de julho de 2016

3 471 - Reunião com o Quartel General para operação Carmona-Luanda

Santos e Castro foi o primeiro comandante dos Comandos de Angola e, em 
1975, liderou a FNLA na tomada da vila do Caxito. Na imagem e à esquerda, 
está n Ambriz, de braços cruzados e a falar com Holden Roberto


O tenente João Elóy Borges da Cunha Mora, à
esquerda e no Quitexe, com os furriéis milicianos Neto
e Viegas. Faria 90 anos a 30 de Julho de 2016, mas
faleceu, de doença, 21 de Abril de 203, em Lisboa

A 28 e 29 de Julho de 1975, há 41 anos..., realizaram-se em Carmona (actual cidade do Uíge, no norte de Angola) «reuniões de trabalho com elementos do Quartel General (QG) da Região Militar de Angola (RMA), de modo a obter os meios necessários à operação» de evacuação do Batalhão de Cavalaria 8423 (os Cavaleiros do Norte) para Luanda - que começaria a 3 de Agosto seguinte.
Notícia do Diário de Lisboa de há 41 anos, sobre
o tenente coronel Santos e Castro, ex-oficial português
(comandante da 1ª. Companhia de Comandos em
Angola) a comandar as forças da FNLA no Caxito 
As NT controlavam a situação (aparentemente calma) mas continuavam «perigosamente alvo de queixas e ataques da FNLA», cujos dirigentes e militares, em Carmona e depois de na primeira semana de Junho terem expulso o MPLA, se achavam senhores de tudo e, do Uíge senhores, «ressacavam» dos desaires noutras áreas do território angolano.
Soube-se nesse dia 28 de há 41 anos que o tenente coronel Gilberto Santos e Castro, ex-oficial português que fora o primeiro comandante dos Comandos em Angola, era o comandante das Forças da FNLA que tinham conquistado o Caxito ao MPLA - e dali preparavam o «assalto» a Luanda.
Quartel de Vista Alegre (em foto recente), onde esteve
a CCAÇ. 4145 (que o comandante Almeida e Brito
visitou a 28 de Julho de 1974, há 42 anos)  e a 1ª. CCAV.
8423, a da Fazenda Zalala
Malange continuava a ser palco de combates entre MPLA e FNLA, com «fogo de armas pesadas». Soube-se do número de mortos nos incidentes da Vila Alice, onde uma força portuguesa foi pedir explicações e a entrega dos responsáveis pelo incidente da véspera: 15 mortos e 22 feridos entre os guerrilheiros do MPLA, que dispararam contra a força portuguesa - quando esta lhes deu 2 horas para que entregassem os culpados. E no entregaram, nem explicaram~o cobarde procedimento. Do lado português, registaram-se «dois alferes, dois furriéis e um soldados feridos» 
Na véspera, recordemos, combatentes do MPLA desarmaram alguns militares portugueses na Estrada de Catete e dispararam depois sobre eles, pelas costas. Ver o post de ontem, «Ataque do MPLA, pelas costas, a militares portugueses»AQUI.
No Luso, houve recontros entre o MPLA e a UNITA, com este movimento a sofrer «inúmeras baixas»
Um ano antes, o comandante Almeida e Brito esteve em Vista Alegre, para «contactos operacionais» com a CCAÇ. 4145, que ali estava aquartelada. Foi também o dia em que a 1ª. CART do BCART. 6322 / COTI 2 «foi retirada ao Subsector», para o qual tinha entrado 10 dias antes (a 18 de Julho), então continuando «a trabalhar a área dos quartéis de Camabatela e Quiculungo». Por poucos dias, afinal, como se verificou. Era uma companhia do Batalhão de Artilharia 6322, do Comando Operacional de Tropas de Intervenção 2 (COTI 2).

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