Equipa de futebol do Parque-Auto da CCS do Quitexe. De pé, Teixeira (estofador), Malheiro. Frangãos
(Cuba, que amanhã faz 65 anos), Marques (Carpinteiro), Pereira (condutor), Gaiteiro e Teixeira (pin-
tor). Em baixo. Monteiro (Gasolinas), Pereira (mecânico), Celestino, Gomes (condutor), Mendes (ba-
te-chapas) e Miguel (condutor). Mas que grande equipa, a da «ferrugem»!
A segunda feira de carnaval de 1975, a 10 de Fevereiro, não foi muito diferente dos outros dias da jornada africana dos Cavaleiros do Norte, por terras do Uíge angolano: serviços internos, uma escolta ou outra (a militares ou civis) e farta discussão sobre a jornada futebolística da véspera.
O futebol era, fora das obrigações milita-
res e operacionais, uma das mais apete-
cidas ocupações do tempo, lá pelo Qui-
texe. «Impulsionou-se a prática de jogos desportivos», refere o Livro da Unidade.
Eram habituais e renhidos os despiques do campo da vila, opondo pelotões e sub-unidades, que se rivalizavam quase excessivamente, e também até realizando animadas jogatanas entre militares e civis.
Benfica na frente
da 1ª. divisão
O campeonato nacional da 1ª. divisão de futebol ia na 21ª. de 30 jornadas da época 1974/75, realizada na véspera, com Benfica (34) a liderar, com mais dois pontos que o FC do Porto (32). Ao tempo, a vitória valia dois pontos, um o empate e zero a derrota.
As discussões eram acesas, entre os mais apaixonados adeptos, prevalecendo (pelo número) mais os dos encarnados e do Sporting, menos os dos portuenses.
Os relatos eram por lá ouvidos através da onda curta da Emissora Nacional (a actual RDP), mas nem sempre com a melhor qualidade de som, o que dificultava o rigor da informação. Nessa jornada de 9 de Fevereiro de 1975, o Benfica recebeu e goleou (5-1) o Boavista e o FC do Porto (2-0) o(a) Académico(a) de Coimbra. Outros resultados: União de Tomar-Oriental, 3-0; Leixões-Sp. Espinho, 1-0; Farense-CUF, 1-0; Atlético-Sporting, 1-3; V-Setúbal-Belenenses, 0-0; V. Guimarães-Olhanense, 4-0.
Comandava o Benfica (34 pontos), seguido do FC Porto (32), Sporting (31) e V. Guimarães (28), Boavista (25), Farense e Belenenses (22), Leixões (20), U. Tomar e V. Setúbal (18), CUF (17), Atlético (16), Oriental (14), Académico(a) e Sp. Espinho (13) e Olhanense (11).
A jornada seguinte incluía um emocionante FC do Porto-Benfica, que os encarnados venceriam (3-0) de forma concludente.
O 1º. cabo José Frangãos, o Cuba, na actualidade (em cima) e em 1974/75 (em baixo) |
Frangãos, o Cuba,
65 anos em... Cuba
José das Dores Caeiro dos Frangãos é nome que pouco dirá a muitos Cavaleiros do Norte. Era (e é) o Cuba, por ser desta alentejana terra de Portugal.
O Cuba foi 1º. cabo mecânico da CCS e, regressado a casa e à sua Cuba natal, continuou as suas actividades mecânicas e futebolísticas, neste caso como atleta e como treinador do clube da terra.
«Agora já não dá para essas coisas...», disse-nos ele, que há dois anos andou a «chatear-se» com um tumor nos intestinos, combatendo-o e derrotando-o na medicina.
«Andei 6 meses em tratamento, fui operado e recebi quimioterapia, acho que tenho a situação controlada, é isso que os médicos me dizem», explicou o Cuba - ou o José das Dores Caeiro dos Frangãos.
Está, pois, aí para as curvas e domingo próximo, dia 12 de Fevereiro de 2017, festeja 65 anos. Parabéns, ó Cuba! Grande abraço!
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