domingo, 19 de fevereiro de 2017

3 678 - Comandante na ZMN a preparar rotação para Carmona!

Cavaleiros do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, num momento bem descon-
 traído: Fernando Jesus Costa Coelho, Rogério Silvestre Raposo (que amanhã
 faz 65 anos),  José Pereira Costa Aires e 1º. cabo Carlos Alberto P. Tavares Ferreira
O 1º. cabo Jorge Manuel Silva e Rogério Sil-
vestre Raposo nas Quedas Duque de Bragança 

Aos 19 dias de Fevereiro de 1975, o comandante Almeida e Brito deslocou-se uma vez mais ao comando da Zona Militar Norte (ZMN), em Carmona, desta feita para «ultimar aspectos da rendição do BC12» - o futuro quartel do BCAV. 8423.
Ao tempo, e face a essa «rotação do BCAV e das suas subunidades» e também porque «estas estavam a braços com grandes problemas no respeitante às suas cargas», o comandante «não realizou as visitas que, do antecedente, se verificavam, deixando assim liberdade de actuação» as respectivos comandos. 
O BC12 em Carmona (1974/75)
Ao tempo, as escoltas ao tenente-coronel e comandante Almeida e Brito eram invariavelmente asseguradas pelo PELREC ou pelo Pelotão de Sapadores e os seus homens, nestas deslocações à cidade, aproveitavam para fruir dos lazeres e prazeres que ofereciam e que não existiam pelo Quitexe. Deixavam as armas na arrecadação da ZMN e só voltavam para as levantar na hora do regresso à vila onde se aquartelava o comando e a CCS dos Cavaleiros do Norte. Por este tempo de 1975, também a 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel - que lá tinha chegado a 10 de Dezembro de 1974. 

Neto no Congo e Chipenda
fora de Luanda

O dia, uma quarta-feira, não foi abundante em notícias sobre a actualidade angolana. No entanto, soube-se Agostinho Neto, presidente do MPLA, seguiu para Brazaville e Ponta Negra, após a visita de dois dias a Cabinda e passagem por Luanda. Ir-se-ia avistar com dirigentes da República do Congo.
A véspera (dia 18), todavia, fora tempo para se saber que Lúcio Lara, chefe da delegação do MPLA em Luanda, acusara Daniel Chipenda de se «vender aos interesses estrangeiros» e de «lançar a instabilidade no nosso país»
«Os elementos da Facção Chipenda são veteranos da guerra contra o colonialismo português», salientou Lúcio Lara, exortando-os a «lutar patrioticamente por uma Angola melhor, mas sem armas, ou pelo menos sem armas que ameacem o nosso povo».
Raposo em 1974/75
Soube-se também que, reportava o Diário de Lisboa, «os partidários armados de Chipenda tinham sido expulsos de Luanda na quinta-feira passada pelas forças do MPLA, que invadiram os escritórios que ocupavam na capital». Quinta-feira, dia 13 de Fevereiro de 1975.

Raposo de Zalala,
67 anos em Angola!
Raposo em 2017

Rogério Raposo, Cavaleiro do Norte de Zalala, está em festa dos 65 anos, a 20 de Fevereiro de 2017.
Rogério Silvestre Raposo foi soldado de transmissões de infan-
taria da 1ª. CCAV. 8423 - a da «mais rude escola de guerra» - e depois de Vista Ale-gre/Ponte do Dange, Songo e Carmona. Voltou a Angola e lá trabalha há mais de 20 anos, para uma em-
presa portuguesa localizada em Viana, nos arredores de Luanda - depois do Campo Militar do Grafanil, na Estrada de Catete. Divide-se entre Angola (já foi a Zalala...) e Sintra, onde tem a residência de Portugal.
Há precisamente 42 anos, por lá festejou os seus verdes e saudosos 25 - já então pai de Ana, que deixou bebé antes da partida para a jornada africana do Uíge angolano. Os gémeos Marisa e Ludjero viriam a enriquecer o seu núcleo familiar. Hoje, na véspera dos seus maduros 65 anos, aqui lhe deixamos o nosso abraço de parabéns!
- «O Raposo de Zalala que voltou
a Angola» - Ver AQUI

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