quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

3 683 - Atiradores do BCAV. de férias, chegada de novos Cavaleiros...

A entrada do quartel da 2ª. CCAV. 8423, a do capitão miliciano José Manuel
 Cruz, na Estrada do café, entre Luanda e Carmona. Em pose, está o Cava-
leiro do Norte António Joaquim da Rocha Soares, de Valbom, em Gondomar

Alferes milicianos Jaime Ribeiro, Augusto Rodrigues
 e José Alberto Almeida na messe de oficias do Quitexe
A 23 de Fevereiro de 1974, um sábado para domingo e pouco depois das 11 horas de noite, apresentaram-se no RC4 vários militares para as várias companhias operacionais dos futuros Cavaleiros do Norte. Iam de férias os atiradores que tinham acabado a recruta e começavam a chegar outros, estes todos oriundos do RI 11, de Setúbal, por «terem sido nomeados para servir o ultramar, com destino ao BCAV. 8423».
Vilaça da Silva, um dos
 Cavaleiros do Norte que
 se apresentou há 43 anos
Todos eles eram apontadores de morteiros e para as seguintes companhias operacionais:
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, comandada pelo capitão miliciano Davide Castro Dias: Manuel de Almeida Novo (1º. cabo, que era natural de Calde, em Viseu), José António Tavares de Sousa (de Pedras Novas, em Leça da Palmeira, de Matosinhos) e Manuel Joaquim Vilaça da Silva (da Barroca, em Ouriz, concelho de Vila Nova de Famalicão).
- 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz: Adelino Augusto Ferreira do Couto (de Lousada, em Vila Nova de Famalicão) e António Manuel Magalhães Macedo (de Cimo de Vila, em Penafiel).
- 3ª. CCAV. 8423, a  de Santa Isabel, comandada pelo capitão miliciano José Paulo Fernandes: José Agostinho da Silva Ferreira (1º. cabo, de Vila Chã, freguesia de Santo Estevão de Briteiros,  concelho de Guimarães), Fernando da Silva Oliveira (de Sub-Estrada, em Nespereira, também em Guimarães) e António Moreira de Carvalho (do lugar de Teixogueira, freguesia de Milagres, em Leiria).
O monumento que evoca os mortos de Odivelas
 na guerra colonial. Entre eles, sublinhado, o Cava-
leiro do Norte Joaquim Manuel Duarte Henri-
ques, da 1ª. CCAV. 8432, a de Zalala 

Morte de Henriques,
Cavaleiro de Zalala

O mesmo dia e hora foi tempo de apresentação do 1º. cabo Aurélio P. Oliveira, chegado do 2º. GCAM. Não se sabe a que companhia se destinava e o seu nome não aparece nas listagens de nenhuma. Provavelmente, não seguiu para Angola.
A véspera registara a apresentação, às 19 horas, do soldado Joaquim Manuel Duarte Henriques «por ter terminado a pena que lhe foi imposta». Era atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, e viria a falecer em Angola, vítima de doença, a 21 de Setembro de 1974.
Doente em Zalala, foi então evacuado para a enfermaria do Quitexe e, tanto quanto se supõe, passou pelo Negage, antes de ser levado para o Hospital Militar de Luanda - onde faleceu. 
O corpo foi trasladado para o cemitério de Odivelas, a sua terra natal, e o seu nome está em memória no monumento. Era filho de João Pedro Henriques e Delfina da Conceição Duarte. RIP!!!

Notícia do Diário de Lisboa de 24/02/1975

Mais mortos
em Angola

Um ano depois, o 23 de Fevereiro de 1975 foi um  domingo e dia de,. ao fim da tarde, «registarem-se novos incidentes em N´Dalatando (antiga Salazar)».«Elementos pertencentes ao MPLA cercaram a Delegação da FNLA, gritando slogans como «Abaixo a FNLA imperialista!» e disparando contra os membros da FNLA», relatava o Diário de Lisboa de 24 de Fevereiro, precisando que «verificou-se a morte de dois civis, um negro e um branco, e dois feridos».
Nova Lisboa foi palco de novos combates entre elementos da Facção Chipenda e o MPLA, com um morto. O MPLA e a FNLA, em comunicados separados, condenaram os incidentes e as Forças Armadas Portuguesas anunciaram «medidas firmes para evitar a repetição dos incidentes».

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