segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

3 686 - Apresentações do tenente Mora e do furriel Nascimento

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e  António Garcia, com os tenentes
 SGE Acácio Luz e João Elóy Mora, que há 43 anos se apresentou no RC4.
Faleceu a 21 de Abril de 1993, em Lisboa e vítima de doença. RIP!!!

Cavaleiros do Norte de Zalala: os furriéis milicianos Victor
 Costa (à esquerda) e José A. Nascimento (que s´apresentou
há 43 anos no RC4), ladeando o soldado Leão (Trombone)


A 27 de Fevereiro de 1975, há 42 anos, o comandante Carlos Almeida e Brito, acompanhado pelo oficial adjunto - o capitão José Paulo Falcão (SGE) - deslocou-se de novo à Zona Militar Norte (ZMN), em Carmona, para preparar a rotação da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 para o BC12.
Um ano antes, precisamente e no RC4, em Santa Margarida, apresentaram-se os futuros tenente Mora e o furriel miliciano Nascimento, por terem sido «nomeados para servir no ultramar».
José A. Nascimento
na actualidade
João Eloy Borges da Cunha Mora, natural de Pombal e ao tempo com residência em Lisboa, transferia-se dos Serviços Centrais do Exército (?, SCE), para o BCAV. 8423 «fazendo parte como adjunto da CCS». Foi nesta qualidade - a de adjunto do capitão SGE António Martins de Oliveira, comandante da CCS do BCAV. 8423 - que jornadeou por terras do Uíge angolano, no Quitexe e em Carmona.
Imortalizado na guarnição do Quitexe como «tenente Palinhas» - por sempre exigir a continência, fazendo-a ele mesmo, caso não a prestasse o militar subordinado... -, morava na Lapa, em Lisboa, quando faleceu, a 21 de Abril de 1993, vítima de doença e aos 67 anos. RIP!
José António Moreira do Nascimento, natural de Campanhã, no Porto (e ali regressou a 9 de Setembro de 1975), era então 1º. cabo miliciano vagomestre (de alimentação) e transferia-se do RI 15, aquartelado em Tomar, para a 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Actualmente, está emigrado nos Estados Unidos.

Greve no porto
do Lobito

A quinta-feira de 27 de Fevereiro de 1975 foi mais um dia de serenidade pelas bandas do Uíge - embora expectante quando à rotação para Carmona... -, mas na Angola que preparava a independência, foi tempo de greves no Porto de Lobito e o MPLA acusava «grupos de provocadores aparentemente ligados à UNITA» de terem estado na origem dos incidentes verificados recentemente, ao tentarem fomentar uma greve». 
O MPLA, em comunicado e segundo o Diário de Lisboa, considerava a greve como «manobra divisionista destinada a criar o caos». Fomentar a greve, afirmava o MPLA, «pára as actividades do porto, é trair os os interesses dos trabalhadores». Por outro lado, o movimento de Agostinho Neto apelava «para a vigilância dos trabalhadores contra as manipulações dos inimigos do povo».

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