O furriel Viegas de férias em Nova Lisboa, em Abril de 1975 e num jardim da cidade e com a Família Neves Polido: Saudade, Fátima. Idalina, Viegas e Valter. À frente, Rafael Polido (já falecido) |
O furriel Viegas em Nova Lisboa, há 42 anos. com a madrinha Isolina e netas Fátima e Idalina |
A 17 de Abril de 1975, iam os dias de férias no seu melhor bem-bom, por Nova Lisboa e arredores huambanos, embrulhados (o Cruz e o Viegas) no afecto da família Neves Polido, que lá geria o Hotel Bimbe, e dos familiares Manuel, José e Aníbal Viegas, Sérgio e Ivone Viegas, dos conterrâneos Orlando Rino, Arnaldo Figueiredo e Alberto Miranda.
A cidade era excelente e magnífico o ambiente social que se vivia ainda muito longe de os locais suporem os dramáticos dias que se aproximavam, na tribalesca luta armada que opôs angolanos irmãos de sangue, mas inimigos ideológicos.
Patrulhamento das Forças Militares Mistas pronto para sair em serviço, do BC12, em Carmona (actual Uíge) |
rada com Luanda. Ou mesmo com Car-
mona, onde continuavam os patrulha-
mentos mistos, mas em crescente azedume entre militares da FN LA e do MPLA, o que levou o comando militar português a «procurar soluções para todos os problemas» em repetidas reuniões com os responsáveis políticos e militares dos dois movimentos.
O reporte da situação em Carmona era dado ao telefone pelo furriel Francisco Neto e era essa imagem que tentávamos passar em Nova Lisboa. Em alerta!
«Preparem-se para ir embora, aquilo lá para cima está muito mau...», por várias vezes «avisei» familiares e amigos ao Huambo angolano, sem ser tão convincente que os convencesse a mudar de ideias e de confiança.
«Isto aqui não chega nada!!!...», repetia-se Cecília Neves, que meses antes deixara a sua fazenda da Gabela e se aventurara, com o marido Rafael e família, a gerir o Bimbe, negociado com outro conterrâneo - Armando Reis, que regressara a Portugal. O seu futuro, acreditaca ela, era em Nova Lisboa.
Referia-se à violência que, a norte, matava centenas de pessoas e o destino, depois, levou-os a mandar filhos e mãe para Portugal, para fugirem da guerra que regou de sangue o chão do Huambo angolano. Depois, chegou a vez do casal e de milhares e milhares de pessoas.
Frieza em Luanda a
receber OUA e ONU
Luanda, a 15 de Abril de 1975, a terça-feira anterior, recebera com «bastante frieza» a delegação conjunta da Organização de Unidade Africana (OUA), a actual União Africana (UA), e da Organização das Nações Unidas (ONU).
Chefiada por Abdul Farah, adjunto do secretário geral da ONU (Kurt Wald-
heim), a delegação foi recebida apenas por um oficial português e pelo embaixador do Gabão no Zaire e, sublinhava o Diário de Lisboa, entre «uma verdadeira tempestade de protestos públicos e oficiais».
MPLA e FNLA continuavam sem se entenderem e, referia o mesmo jornal lisboeta de 17 de Abril de 1975, «a UNITA tem-se mantido alheia aos embates» entre aqueles movimentos. Diligenciava, aliás, «apoio para o seu movimento, como possível solução para a rivalidade entre MPLA e FNLA».
Carvalho de Santa Isabel
65 anos em Amares
Joaquim Fernandes de Carvalho foi Cavaleiro do Norte e soldado condutor auto-rodas da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão José Paulo Fernandes.
Regressou a Portugal a 11 de Setembro de 1975 e fixou-se na sua terra natal, em Sobre a Igreja, freguesia de Fiscal, em Amares. É lá que no dia 19 de Abril fará 65 anos e por isso o felicitamos. Parabéns!
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