quinta-feira, 20 de abril de 2017

3 737 - A Páscoa de 2017 e as lembranças do tempo de 1975!

Os furriéis milicianos Joaquim Abrantes, Cândido Pires e Viegas com um
grupo de 6 crianças da aldeia (sanzala) do Talambanza, à saída do
Quitexe para Carmona. Em Outubro/Novembro de 1974

O alferes Almeida e o furriel Viegas em dia de Páscoa de
2017,  42 anos depois da jornada africana de Angola
O dia de Páscoa de 1975 foi a 30 de Março e, por esse dia, já os furriéis milicianos Cruz e Viegas estavam por Luanda, a debutar as suas férias angolanas. 
O dia foi de «intenso tiroteio na Avenida do Brasil, onde está instalada a sede da FNLA» e nas últimas 48 horas - Sábado de Aleluia, portanto, e Domingo de Pás-
coa - tinha havido «violação do proto-
colo assinado entre os três movimentos de libertação e o Governo Português».
Os furriéis milicianos Viegas e Miguel (paraquedista)
A imprensa do dia, porém, dava conta que «estas ocorrências não prejudicam o regresso à normalidade, embora se pressinta um estado de latente tensão».

Páscoa de 2017, em 
terras algarvias!

O que acima se fala foi há 42 anos, pela Páscoa que este ano foi a 16 de Abril e teve tempero marroquino no borrego cozinhado para o almoço que juntou dois Cavaleiros do Norte em terras berberes, na algarvia Albufeira: os ex-alferes José Alberto Almeida e o furriel Viegas. E foi um consolo, pela deliciosa ementa, amarroquinada pelas mãos do (cozinheiro) Miqui e auxiliares Almeida e Zé Luís, pela sobremesa de engravidar os prazeres da boca e pela farta jornada de memórias das «coisas» de Angola.
«Não era militarista, mas fiquei a perceber e a aceitar bem as regras da tropa», disse o (ex-alferes) Almeida, a certo tempo, depois de um enorme e emotivo desfiar de memórias das terras e das gentes que são nosso património histórico: o comandante Almeida e Brito, os capitães Oliveira e Falcão, o sempre surpreendente tenente Mora, o nosso querido tenente Luz (agora capitão, no alto e amadurecido tempo dos seus 88 anos, feitos a 29 de Março), dos sargentos Luzia, Barata e Aires, do sargento-ajudante Luís Machado (que tanto se fez ouvir à irrequietude da miliciana «furrielada», ele que pouco ouvia e... ouvia de aparelho) e da malta nova: o Neto, o Monteiro e o Machado, os dois Pires, o Rocha das TRMS e  o Cruz (o nosso «mais velho), o Dias das ementas, o Morais da oficina e o Lopes da enfermaria (o Seringas), o inesquecível Mosteias (que a morte levou a 5 de Fevereiro de 2013).
Os furriéis milicianos José Monteiro e João Peixoto na
rampa de acesso da messe do Bairro Montanha Pinto
Todos eles e também o Farinhas (que também já partiu, a 14 de Julho de 2005) e o Fonseca, que veio de férias em Janeiro de 1975 e não voltou. 
Outros furriéis por lá jornadearam, sen-
do grandes companheiros da guarni-
ção quitexana: o Joaquim Abrantes (de Castelo Branco), o Miguel Peres (de Se-
túbal) e o João Peixoto (de Braga), que por lá passaram, de umas e em trânsito para outras jornadas. E aquele furriel angolano, um branco amorenado da Angola, muito amigo de ervas e fumos? Alguém se lembra do nome dele?


João Jerónimo Rito
Rito de Aldeia Viçosa
faria 65 anos!

João Jerónimo Rito foi soldado atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. 
Companheiro da jornada africana do Uíge Angolano, compa-
nheiro continuou por muitos encontros dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Faria 65 anos a 20 de Abril de 2017, mas uma doença levou-o do nosso conví-
vio físico, falecendo a 1 de Março de 2016 - depois de internamento no Hospital Distrital de Castelo Branco, a sua cidade natal e onde morava, no Bairro da Boa EsperançaHoje o recordamos e evocamos com saudade! RIP!!!

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