terça-feira, 16 de maio de 2017

3 764 - A morte do furriel Vitor Guedes e a Cimeira sem Portugal!

Furriéis milicianos da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel: António
Fernandes, Victor Guedes (que faleceu a 16 de Abril de 1998), Ângelo
Rabiço, José Querido e Agostinho Belo. À porta do bar A Cubata




Os furriéis José Querido, Victor Guedes e António
Fernandes na Fazenda Santa Isabel (3ª. CCAV. 8423)

O furriel miliciano Guedes, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, faleceu a 17 de Maio de 1998, de doença e em Sintra. Há precisamente 19 anos!
Victor Mateus Ribeiro Guedes era de S. Sebastião de Pedreira, em Lisboa, especializou-se em Armamento Pesado, serviu como atirador de Cavalaria e integrou o garboso grupo de Cavaleiros do Norte da fazenda uíjana. 
A Estrada do Café, em Aldeia Viçosa, de Luanda a
Carmona e vista do campo de jogos da 2ª. CCAV. 8423
O Guedes foi um bom e partilhante companheiro da jornada africana de Angola - como fôra já em Santa Marga-
rida, no período de formação opera-
cional do BCAV. 8423. Um compa-
nheiro sereno, de boa formação cívica, de palavras curtas e simples, afável e culto, garboso e partilhante, daqueles que não mais se esquecem. Que ficam na memória de sempre e para sempre.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!
Notícia sobre Angola na primeira página
do Diário de Lisboa de 15 de Maio de 1975

Situação em Angola, 
há 42 anos

Há 42 anos, a 16 de Maio de 1975, a situação em Angola continuava preocupante e Melo Antu-
nes, o então ministro português dos Negócios Estrangeiros, tinha-se deslocado a Luanda, onde admitiu que «pensar que a pacificação do caso de Angola pode ser assegurada sem uma intervenção decisiva das Forças Armadas Portuguesas é uma utopia».
Disse também que «não definiremos esquemas de independência», acrescen-
centando que «se enveredássemos por esse caminho, não só nos depararíamos com tremendas dificuldades políticas, como seria injusto e incorrecto».
Melo Antunes, na véspera e antes de regressar a Lisboa, confirmara a «não participação de Portugal na Cimeira» entre MPLA, FNLA e UNITA.

Ao tempo, continuavam «a registar-se incidentes esporádicos, nomeadamente devido a buscas, mas a situação mantém-se calma». O Diário de Lisboa de 15 de Maio desse ano (1975) publicava uma foto na primeira página (ver imagem) com a seguinte legenda: «Uma patrulha do Exército Português em acção de polícia num dos musseques de Luanda».
O Uíge e Carmona, onde se aquartelavam os Cavaleiros do Norte, continuavam de for dos noticiários, o que era bom sinal. Mas todos sabíamos - e disso nos avisava o comandante Almeida e Brito - que, mais dia menos dia, iríamos ter «macas». E assim foi. Não sabíamos há 42 anos, mas começaram na madrugada de 1 de Junho seguinte - que se farão dentro de duas semanas.

Joaquim A.
A. Rodrigues,

Rodrigues, TRMS de Aldeia
Viçosa, 65 anos em Camarate

O soldado TRMS Rodrigues, da 2osª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja hoje 65 anos.
Joaquim António de Almeida Rodrigues era residente (e ainda reside) em Camarate, concelho de Loures. De lá partiu a 31 de Maio de 1974 e lá voltou a 10 de Setembro de 1975 - depois da comissão angolana de serviço, que o levou a Aldeia Viçosa e depois à cidade de Carmona, no BC12 - passando, antes e depois, pelo Campo Militar do Grafanil, em Luanda.
É habitual participante dos encontros dos Cavaleiros do Norte da Companhia que foi comandada pelo capitão miliciano José Manuel Romeira Pinto da Cruz. Parabéns e muitos mais e bons anos de vida!

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