sexta-feira, 9 de junho de 2017

3 788 - «Estado de Alma», intervenção do capitão Luz no Encontro da CCS

O capitão Acácio Luz na intervenção «Estado de Alma», proferida no encerramento do Encontro da CCS e
no RC4, a 3 de Junho de 2017. Ladeado por Vicente Alves (o organizador, à esquerda), Afonso Henriques
(de mão no queixo), furriel Cândido Pires, Nogueira (meio tapado). Miguel (1º. cabo escriturário, de mãos
na mesa), 1º. cabo Ezequiel Silvestre (mãos atrás das costas), Carlos (camisola verde e preta), José Gomes
(braços cruzados e azul claro). 1º. cabo Grácio (braços cruzados e azul escuro) e Amaral (de vermelho)

Os alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia (fa-
lecido, de acidente, a 2 de Novembro de 1979) e os tenen-
tes Acácio Carreira da Luz (que assina o post de hoje) e
João Mora (falecido a 21 de Abril de 1993, de doença)

Intervenção do sr. Capitão Acácio Carreira
da Luz, no Encontro da CCS 
de 2017 e denominada 
«Estados de Alma»:

Vou falar-vos do meu actual estado de alma.
Sinto-me feliz por estar entre amigos!
Sinto-me rejuvenescer, porque integro um grupo coeso, por força da amizade cimentada tanto pela dureza das circunstâncias vividas em comum em terras de Angola, no desempenho de missão militar, e, por isso, sempre
Os alferes milicianos António Garcia e Jaime Ribeiro, 
o capitão miliciano médico Manuel Leal e o tenente 
Acácio Luz na messe de oficiais do Quitexe, em 1974
honrosa, como pelos convívios que temos mantido ao longo do tempo que se seguiu a essa fase das vidas de cada um de nós.

Tempos (mais) jovens
do Quitexe e Carmona

E sinto-me rejuvenescer não só pelos mais de 20 anos que separam a minha idade das vossas idades, mas também porque estou a vê-los a todos, jovens autênticos, como nos tempos do Quitexe e de Carmona.
A lembrança do 1º. Encontro do BCAV. 8423,
a 9 de Setembro de 1995, em Águeda
Acresce o facto de me sentir muito honrado
e desvanecido pela consideração
e a estima (não sei se bem merecidas), que me dispensam e que do coração lhes agradeço.
Creiam vocês também que os considero muito a todos e lhes desejo as maiores venturas, que bem merecem.
Parece que estou a falar em planos diferentes, mas se por um lado assim é, pois a diferença de idades (já referida), como até funções exercidas na nossa unidade militar, são uma realidade, por outro lado, certo é que valores humanos se levantam e nos tornam iguais. Isto é, nos colocam no mesmo plano de amigos que somos.
Quando deixei a vida militar, passei a ter seis convívios anuais, do género do nosso (afora os convívios familiares), uns de carácter civil e outros de carácter militar e que sustentei durante muitos anos, tendo colocado, em todos, o entusiasmo que me é peculiar nesta forma de convivência, assim como pela alegria e a felicidade que nestas condições sempre se dá e por tal se recebe, o que hoje me é gratificante.
Porém, esses convívios, por razões variadas mas sempre justificadas, foram-se desfazendo ao longo do tempo, até que hoje tenho apenas um, aquele que muito prezo, muito gosto, muito me seduz e muito considero, que é este onde nos encontramos.
O bolo do Encontro de 2017 
A alegria, o prazer de nos reencontrarmos, avivando recordações, acontecimentos que marcaram profundamente as nossas vidas, mesmo em situações difíceis, recomendam a continuidade destes sãos convívios dos CAVALEIROS DO NORTE. Pela minha parte, só os deixarei quando a saúde ou a vida já não mo permitirem.
Todos sabemos que isto acontece, principalmente porque tivemos a sorte de ter um motor genial no nosso grupo que, com o seu espírito dinamizador e de enorme boa vontade, há mais de 8 anos sustenta diariamente o blogue CAVALEIROS DO NORTE, onde coloca, necessariamente, grande esforço, a sua grande capacidade de trabalho e o seu saber, com elegância de escrita e linguagem e paixão.
É deste modo que o nosso querido amigo Celestino Viegas já nos deixa um legado histórico que só um amigo pode dar aos seus amigos.
É que o blogue CAVALEIROS DO NORTE oferece-nos uma história muito completa e ricamente ilustrada do BCAV. 8423 e da guerra em Angola, que o envolvia. Relembra muitos detalhes das vidas que nós por lá fazíamos, quer as ligadas à parte militar, quer as de carácter pessoal e que hoje nos é muito agradável recordar. Actualiza, em permanência, a situação de todos os militares do BCAV. 8423. Enfim, uma obra já monumental, de que todos nos orgulhamos.
Ainda, graças ao seu efeito aglutinador, aliado ao espírito de sociabilidade do seu autor, que nós nos encontramos hoje aqui. Bem-Haja, caro Celestino Viegas.
Termino dizendo-vos que quanto a mim, basta relembrar que, com 88 anos,fica tudo esclarecido. Mas, graças a Deus, cá vou andando, razoavelmente.
Desejo a todos os presentes, e também aos ausentes, a melhor saúde, as maiores felicidades e uma longa vida, assim como às vossas famílias.
Obrigado.
ACÁCIO CARREIRA DA LUZ 
(Convívio dos CAVALEIROS DO NORTE, em Santa 
Margarida, no RC4, a 3 de Junho de 2017)


José Gomes em 2017

Enfermeiro Gomes,
65 anos em Lousada
- Atirador Guilherme em Santarém

O 1º. cabo José Gomes está hoje em festa: faz 65 anos.
José Gomes é o seu nome completo e foi enfermeiro da CCS do BCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte do Quitexe. Trabalhou na Brisa e já está aposentado. 
Natural de Meinedo, em Lousada, lá voltou a 8 de Setembro de 1975. Para lá vai o nosso abraço de parabéns!
J. Gomes
em 74/75
Quem também hoje faz 65 anos é Domingos Maria Guilherme, que foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala. Integrava o 4º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano José Manuel Lains dos Santos - também atirador de Cavalaria. 
Este Cavaleiro do Norte era residente na freguesia de Marvila, concelho de Santarém, e lá regressou a 9 de Setembro de 1995, depois de concluída a comissão militar em Angola. E é o que dele sabemos. Parabéns para ele, se por acaso nos lê!

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