quinta-feira, 6 de julho de 2017

3 815 - Reunião com os povos quitexenses de Aldeia e Luege!

Cavaleiros do Norte à porta da messe de Sargentos, todos furriéis milicianos: Fernando Pires e Luís Costa
 (que amanhã faz 65 anos), ambos dos Morteiros ; Cardoso (de bigode), Grenha Lopes, Graciano. Fernan-
des (de bigode e quico, com as mãos na boca do Flora), Carvalho (de boina) e Rocha (de bigode). Depois,
Abrantes (de cachimbo), Flora (com boca tapada pelo Fernandes), Reino (à frente do Flora e tapado pela
 mão do Bento) e Viegas. À frentes, Rabiço (de bigode), Bento (de bigodes e mãos no ar) e, quase
deitado, o Ribeiro. De pé, à direita, o 1º. sargento Marchã

O comandante Almeida e Brito e o capitão José Paulo
Falcão. Ao meio, o clarim Armando Mendes da Silva,
da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel

A 6 de Julho de 1974, fez-se um  mês da nossa chegada ao Quitexe, idos do Campo Militar do Grafanil e Estrada do Café fora - passando por Cacuaco, Caxito, Quibaxe, Úcua, a Ponte do Dange e Vista Alegre, depois Aldeia Viçosa e, finalmente, a saudosa vila onde se aquartelou a CCS e o Comando do BCAV. 8423.
Mapa do Quitexe, feito de memória por
João Nogueira Garcia, com os povos de
Luege e Aldeia assinalados 
O dia foi de reunião do comandante Carlos Almeida e Brito e alguns oficiais Cavaleiros do Norte - nomeadamente, o capitão José Paulo Falcão - com os povos de Aldeia e Luege, conti-
nuando o programa de «mentalização das populações para o Programa do MFA», escla-
recendo-as sobre o futuro próximo de Angola - que iria ser (e foi) independente.
A «nova série de reuniões», como lhe chama o Livro da Unidade, incluiu, no mesmo dia, uma outra, esta com «os camionistas que servem o poderio económico da área», que pretendiam «obter uma melhor liberdade de movimentos na chamada Estrada do Café».
Os camionistas, na verdade, eram essenciais para
A Estrada do Café: aqui, na saída do
Quitexe para a cidade de Carmona (Uíge)
o escoamento dos produtos locais e  abastecimento das comunidades do interior angolano.

Carmona: críticas das
populações brancas ! 

Um ano depois, e já em Carmona, o BCAV. 8423 «continuava as preocupações vividas do antecedente», emergidas dos graves incidentes e combates da primeira semana de Junho, e que, refere o Livro da Unidade, «continuaram  ser os factores dominantes em Carmona».
«Diariamente se verificaram factos que contrariavam a chamada neutralidade activa», sublinha o Livro da Unidade, acrescentando que tais factos «retiravam toda e qualquer espécie de autoridade às NT, dando ainda ocasião a que fossem permanente alvo de críticas das populações brancas». 
Foram dias bem difíceis, de permanentes dedos apontados às NT que, todavia, se mantiveram serenas e activas, sabe-se lá com que sacrifícios e riscos, para defender pessoas e bens - embora acusadas de muitas coisas que nada tinham a ver com a sua missão.
Luís F. Costa, furriel
miliciano do Pelotão
de Morteiros 4281

Costa, furriel dos
Morteiros, 65 anos!

O furriel miliciano Costa festejou 22 anos a 7 de Julho de 1974, quando prestava serviço no Pelotão de Morteiros 4281, aquartelado no Quitexe e contemporâneo do BCAV. 8423, os Cavaleiros do Norte.
Luís Filipe dos Santos Costa - é este o seu nome completo - era (é) natural do Estoril e lá voltou no final da comissão em Angola, iniciada a 16 de Abril de 1974. Fez vida profissional na área da contabilidade e serviços, estando já aposentado (da SONAE) .
O Pelotão de Morteiros 4281 era comandado pelo alferes João Leite e incluía os furriéis milicianos Luís Costa e Fernando de Freitas Reimão Pires, para além do 2º. sargento Gomes. Saiu do Quitexe a 20 de Dezembro de 1974, para Carmona, concluindo a rotação a 3 de Janeiro de 1975.
O Luís Costa vive no Estoril, dividindo a sua reforma com a administração de um condomínio de Cabanas de Tavira, no Algarve. Para lá (onde estiver neste dia 7 de Julho de 2017), os nossos parabéns pelos seus 65 anos!


Leiria faz 65 anos
no Fogueteiro !

O Fernando Leiria, 1º. cabo atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, faz 65 anos a 7 de Julho de 2017.
Fernando José Trigoso Leiria de seu nome completo, integrou esta subunidade dos Cavaleiros do Norte, mas, em Setembro de 1974, foi punido com 20 dias de prisão disciplinar agravada (OS nº. 84), depois agravada para 30 dias, pelo Comando do Sector do Uíge (OS nº. 97) e para 40 dias, pela Região Militar de Angola (OS 122). E foi despromovido a soldado e transferido para a 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa. 
Residia na Brandoa, concelho de Oeiras, e lá voltou a 10 de Setembro de 1975. Sabemos que, actualmente, mora no Fogueteiro, em Almada, onde amanhã faz 65 anos. Parabéns!

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