segunda-feira, 17 de julho de 2017

3 825 - O 17 de Julho de 1974; mais tropa de Lisboa para Luanda!

O alferes miliciano D. Carvalho de Sousa com os furriéis João Brejo, António
Guedes e Mário Matos, Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, de A. Viçosa.
Há 43 anos, com o seu grupo de combate, foi em diligência para Carmona

O José Novo e o 1º. cabo «cripto» Deus, que amanhã faz
65 anos, em Lisboa. Aqui, na pista do Quitexe, em 1975



A 17 de Julho de 1974, o grupo de com-
bate comandado pelo alferes miliciano Domingos Carvalho de Sousa rodou de Aldeia Viçosa para Carmona.
O objectivo deste grupo da 2ª. CCAV. 8423, em diligência no Comando do Sector do Uíge, foi fazer «patrulha-
mentos na área suburbana» da cidade capital do Uíge.
O 1º. sargento Norte e os alferes Carvalho de Sousa e João
Machado, que há 43 anos comandava o grupo de combate
aquartelado na Fazenda Luísa Maria
O dia 17 de Julho de 1974, em termos de BCAV. 8423, teve outras incidências:
1 - O comandante Almeida e Brito esteve  no Comando do Sector do Uíge, onde foram «estabelecidos contactos opera-
cionais» - tal qual a 14 e depois a 31 de Julho.
2 - Terminou a Operação Turbilhão (ini-
ciada em data desconhecida), com ac-ções «viradas para as «centrais» de Mungage e Negage e os «quartéis» Al-
deia e Tabi, sendo, por ora, abandona-
CCAÇ 4145, de Vista Alegre: Furriéis Freitas e Cerqueira,
capitão Raúl Corte Real e 1º. sargento Sobreiro 
da a «central» de Nova Caipemba, co-
brindo-se, assim, locais de toda a ZA».
3 - As Zonas de Acção (ZA) de Luísa Maria (onde estava o Grupo de Combate do alferes João Machado, da 2ª. CCAV.) e Vista Alegre (a CCAÇ. 4145, do capitão Raúl Corte-Real) retornaram à «respon-
sabilidade operacional do BCAV. 8423»

16 mortos em Luanda,
entre MPLA e FNLA

A imprensa angolana do dia não fez chegar boas notícias ao Quitexe. Na verdade,  na noite de 15 para 16 de Julho (a véspera), «voltaram  registar-se sangrentos incidentes nos bairros periféricos de Luanda, os quais provocaram vais 10 mortos e vários feridos».
Um comunicado do Comunicado-Chefe das Forças Armadas actualizou os da-
dos: 16 mortos, 63 feridos e 11 prisões pelo Exército. O mesmo comunicado sublinhava que «as mortes provém de desordens entre africanos, muitos deles militantes do MPLA e da FNLA, segundo afirmam muitos moradores dos musseques».
Várias patrulhas militares foram flageladas com tiros e detido o condutor de uma viatura proveniente do Comando da Zona Militar Leste «contendo material de guerra, num bairro suburbano».
Notícia da última página do Diário de Lisboa de 17
 de Julho de 1975: «Foram enviadas mais tropas de
 Lisboa para Luanda» 


MPLA «expulsou»
FNLA de Luanda

Um ano depois, e segundo o Diário de Lisboa, «o MPLA continua a controlar esta capital, após os combates que se registaram ente as FAPLA e o ELNA» - o exército da FNLA.
A capital era Luanda, onde «continuam a chegar inúmeros refugiados», depois de na véspera se ter iniciado uma ponte aérea para Lisboa.
De Lisboa, foram uma companhia de comandos, outra de caçadores e outra de fuzileiros, para «reforçar as que aqui estavam estacionadas».
A «grande incógnita» do dia era, para o Diário de Lisboa, «saber o que vai fazer a FNLA, depois de ter sido praticamente expulsa» de Luanda.
Manuel Deus, 1º.
cabo «cripto»

Deus faz 65 anos
em Lisboa

Deus, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, faz amanhã 65 anos, em Lisboa.
Manuel Ramos Deus, de seu nome completo, foi 1º. cabo operador-cripto e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975. Ao Cardal da Graça, em Lisboa, onde então residia.
Aposentado, dedica-se ao lazer cicloturístico e é participante habitual dos en-
contros dos Cavaleiros do Norte da Fazenda Santa Isabel - a 3ª. CCAV. 8423. Parabéns pelo dia de amanhã!

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