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Dia 8 de Setembro de 1975, uma segunda-feira. Os Cavaleiros do Norte estão prontos para arrancar do Grafanil para o aeroporto de Luanda.
A noite, no geral, foi passada em claro, muito viva e festiva, expectando a hora da viagem de Luanda para Lisboa. Que era a do adeus à jornada africana que nos tinha levado a Angola. Ninguém falhou à última chamada, avulsamente feita nas degradadas casernas do BIA.
Um ou outro passou pelas brasas,seguramente mal dormido.
«Vamos, malta!...», alguém gritou na madrugada do asfixiante calor africano, como se fosse possível que algum dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 não respondesse «presente» à última chamada.
Sabíamos, de antemão, que ficar iria o
capitão António Oliveira, comandante da CCS. Que se despediu do seu pessoal - os Cavaleiros do Norte do Quitexe
Foi rápido o embarque nas Berliets que nos transportaram até ao aeroporto de Luanda, gal-
gando a Estrada de Catete quando a madrugada se abria sobre a enorme metrópole de Luanda.
As formalidades de embarque não foram demo-
radas mas, inesperadamente, os furriéis mili-
cianos Neto, Viegas e Mosteias, foram incumbidos de «trazer» três militares (um, cada um...) com problemas disciplinares, ao tempo detidos em cadeias angolanas e com destino a cumprir resto de penas em Portugal. Algemados até á entrada no avião dos TAM.
Chegámos a Lisboa pelas 8 horas do fim de tarde de 8 de Setembro de 1975. Há 42 anos! Ao Neto e ao Viegas esperava o Benigno, motorista da FRAL (empresa dos Neto´s), jantámos em Alcoentre (bacalhau e vinho branco) e chegámos a Águeda por volta da uma hora da madrugada, a casa dos pais do Neto. Em grande festa familiar! Depois, foi a viagem para a casa do furriel Viegas, que chegava sem ninguém saber e foi acordar a irmã Dulce, para ir acordar a mãe de ambos, há três anos viúva.
«Já vieste, rapaz?!...», perguntou ela, segura de si e segura da chegada, são e salvo, de seu filho que tinha ido para a guerra!
Foi isto há 42 anos! Dia do nosso regresso da Angola, 15 meses depois da partida para a nossa jornada africana. O tempo «voou», mas todos os anos o celebramos em fraterno e salutar convívio.
Os furriéis milicianos Neto, Mosteias (falecido a 5 de Fevereiro de 2013, de doença e em Sines) e Viegas, há 42 anos e na messe de sargentos de Carmona |
A noite, no geral, foi passada em claro, muito viva e festiva, expectando a hora da viagem de Luanda para Lisboa. Que era a do adeus à jornada africana que nos tinha levado a Angola. Ninguém falhou à última chamada, avulsamente feita nas degradadas casernas do BIA.
O Campo Militar do Grafanil, com a Bandeira Portuguesa hasteada, em tempo da colonização |
«Vamos, malta!...», alguém gritou na madrugada do asfixiante calor africano, como se fosse possível que algum dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423 não respondesse «presente» à última chamada.
Sabíamos, de antemão, que ficar iria o
O capitão Oliveira, comandante da CCS, e os alferes milicianos Cruz, Ribeiro e Garcia |
Foi rápido o embarque nas Berliets que nos transportaram até ao aeroporto de Luanda, gal-
gando a Estrada de Catete quando a madrugada se abria sobre a enorme metrópole de Luanda.
As formalidades de embarque não foram demo-
radas mas, inesperadamente, os furriéis mili-
cianos Neto, Viegas e Mosteias, foram incumbidos de «trazer» três militares (um, cada um...) com problemas disciplinares, ao tempo detidos em cadeias angolanas e com destino a cumprir resto de penas em Portugal. Algemados até á entrada no avião dos TAM.
Chegámos a Lisboa pelas 8 horas do fim de tarde de 8 de Setembro de 1975. Há 42 anos! Ao Neto e ao Viegas esperava o Benigno, motorista da FRAL (empresa dos Neto´s), jantámos em Alcoentre (bacalhau e vinho branco) e chegámos a Águeda por volta da uma hora da madrugada, a casa dos pais do Neto. Em grande festa familiar! Depois, foi a viagem para a casa do furriel Viegas, que chegava sem ninguém saber e foi acordar a irmã Dulce, para ir acordar a mãe de ambos, há três anos viúva.
«Já vieste, rapaz?!...», perguntou ela, segura de si e segura da chegada, são e salvo, de seu filho que tinha ido para a guerra!
Foi isto há 42 anos! Dia do nosso regresso da Angola, 15 meses depois da partida para a nossa jornada africana. O tempo «voou», mas todos os anos o celebramos em fraterno e salutar convívio.
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