Angola afirmou-se independente da 11 de Novembro de 1975. Há 42 anos. A revista brasileira VEJA publicou cartazes dos três partidos/movimentos, que, cada qual, declarou a sua independência |
Furriéis milicianos da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa: José da Silva Gomes (que dia 13 faz 65 anos), António Guedes, José Costa e António Letras |
Angola é independente desde 11 de Novembro de 1975, há 42 anos e a três vozes: a do MPLA do presidente Agos-
tinho Neto (em Luanda), a da FNLA de Jonas Savimbi (no Ambriz) e a da UNITA de Jonas Savimbi (em Nova Lisboa).
Agostinho Neto, presidente do MPLA, proclamou a República Popular de Angola, de Cabinda ao Cunene!
Holden Roberto, presidente da FNLA, proclamou a República Popular e
A independência de Angola na primeira página do Diário de Lisboa de 11 de Novembro de 1975 |
A FNLA e a UNITA, em Kinshasa, assinaram um acordo, instituindo um Conselho da Revolução (de 24 membros, 12 de cada movimento) e um Governo comuns. A capital seria em Nova Lisboa, que mudaria de nome, para Huambo. Seria o centro temporário do poder político, mas Luanda, onde dominava o MPLA, continuaria a ser a capital da República.
Luanda onde Agostinho Neto proclamou a in-dependência do MPLA, enquanto as suas forças militares «continuavam em luta» e horas antes da proclamação «rechaçaram uma nova ofensiva lançada na manhã de ontem, em Cabinda».
«Os invasores sofreram pesadas baixas, em pessoal e material», noticiava o Diário de Lisboa, acrescentando que «fizeram muitos prisioneiros e captu-
raram grande quantidade de espingardas automáticas G3».
Próximo de Luanda, no Qinfandongo, entretanto, «a luta não cessou durante todo o dia de ontem» (10 de Novembro de 1975),n chegando as forças do MPLA «a lutar corpo a corpo, à hora que o povo festejava a independência do MPLA» com homens da FNLA.
Proclamações de independência foram três, mas só a do MPLA foi reconhecida pela comunidade internacional.
Edifício do Comando do BCAV. 8423, no Qui- texe. A porta da direita era a do gabinete do comandante Carlos Almeida e Brito |
A rotação do
dispositivo militar
Um ano antes (em 1974, já lá vão 43!...) e face ao desenvolvimento do processo de desco-
lonização, «a rotação do dispositivo militar começou a ser efectuada», já aqui falámos disso, mas, de acordo com o Livro da Unidades, «à custa de verdadeiros sacrifícios, dadas as carências de meios auto».
«A materialização desses movimentos envolveu não uma simples mutação, mas, sim, a extinção de aquartelamentos», relata o Livro da Unidade. Lembremos a extinção de Luísa Maria, Zalala e Liberato, que ficaram «sem guarnição militar». E já se preparava a de Santa Isabel.
José Gomes, furriel da 2ª. CCAV. 8423 |
Furriel Gomes, 65 anos
na Vila do Prado!
O furriel miliciano Gomes, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, aquartelada em Aldeia Viçosa, vai estar em festa no dia 13 de Novembro de 2017: comemora 65 anos.
José da Silva Gomes foi atirador de Cavalaria, especializado na Escola Prática de Cavalaria (em Santarém) e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, ao lugar de Assento, na freguesia de Panóias, em Vila Verde. Por lá fez boa parte da sua vida e reside agora na Vila do Prado, para onde vai o nosso abraço de parabéns, embrulhado no desejo de que, feliz e com saúde, possa festejar muitos mais anos de vida!
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