O comandante Bundula e mulher num comício da FNLA em Vista Alegre (em data desconhecida) |
A 16 de Novembro de 1974, apresentou-se no Quitexe um grupo de combatentes da FNLA, alguns com nível da sua chefatura, e reuniram com o capitão José Paulo falcão, que, interina-
mente, comandava o BCAV. 8423.
A presença deles suscitou viva e natural curio-
sidade da parte da guarnição e até algumas con-
versas, já que os de nível hierárquico mas baixo, até comeram no refeitório dos praças. Não nos lembramos se algum quadro intermédio refeiçoou na messe da sargentos. Cremos que não!
Ao tempo, e relativamente pouco antes, muito pouco antes, recordemos, tinham começa-do «contactos com as autoridades, por parte de
A primeira página do Diário de Lisboa de 15 de Novembro de 1974 |
de acordo com a «História da Unidade», «já nas categorias elevadas da sua chefatura».
Foi também o caso de Aldeia Viçosa, onde se aquar-
telava a 2ª. CCAV. 8423 (a do capitão José Manuel Cruz) e onde, em data que desconhecemos, se apresentou o comandante Bundula - que passava por ser um homem extremamente violento, de ferocidade brutal e pouco dado a simpatias pessoais. Da fama, não se livrou.
Angola, o MPLA, a
FNLA, UNITA e FUA!
Ao tempo, e com o problema do Enclave de Cabinda a efervescer, o MPLA denunciava «manobras neo-colonialistas» para impedir o movimento de integrar o futuro Governo de Angola.
O Diário de Luanda, jornal diário da tarde, publicava comunicados da FNLA e da FUA. O do movimento de Holden Roberto, de acordo com o Diário de Lisboa, foi «um velado ataque à Junta Governativa de Angola e ao MPLA, explorado alegadas divisões deste movimento».
A FUA (Frente de Unidade Angolana) atacava a direcção da Emissora Oficial de Angola (cuja programação estava suspensa) e repudiava «qualquer extremis-
mo», comentando que «todo o angolano deve colaborar, sem comodismo e sem atropelos, na construção de uma Angola independente e democrática».
A UNITA de Jonas Savimbi, por sua vez, mantinha-se «remetida a prudente silêncio, evitando críticas à Junta Governativa e ao MPLA».
Maria dos Anjos e João Jerónimo Rito em 2015 |
A viúva de João Rito
de Aldeia Viçosa!
João Jerónimo Rito foi atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423 e faleceu a 1 de Março de 2016, vítima de doença e em Castelo Branco. Era dos que nunca faltava aos encon-
tros dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, fazendo-se sempre acompanhar da esposa, Maria dos Anjos. Que continua ser a Amazona do Norte e memória presente de João Jerónimo Rito, nos encontros anuais.
Maria dos Anjos está amanhã (16 de Novembro) em festa de anos (não se diz quantos, que a idade de uma senhora não se pergunta, nem se diz...). Mas é das nossas idades!
Hoje, ao assinalarmos o seu dia natal, fazemos memória, também, do saudoso e inesquecível João Jerónimo Rito. RIP!!
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