segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

3 992 - O Ano Novo de 1975, as mortes de Catarino e Tomás da 3ª. CCAV. 8423!

Grupo de furriéis milicianos Cavaleiros do Norte, na hora do almoço do dia
de Ano Novo de 1975 e de martinis em mãos: Bento, Rocha, Viegas, Flora, Lopes
(enfermeiro), Capitão e Ribeiro. À frente, Carvalho, Belo, Lopes (atirador) e Reino
´
Cavaleiros do Norte do PELREC: Alberto Ferreira (atrás),
 1º. cabo João Pinto, Francisco Madaleno (que hoje faz 66
anos na Covilhã) e João Marcos

O dia de Ano Novo de 1974 «acordou» tranquilo e bem dormido, felicíssimo!
Por mim, e feita a troca de serviços na formatura das 8 horas, passando a braçadeira de sargento de dia para (creio) o furriel Fernandes, dei-me a «mata-bichar», a lavar-me dos suores sujos de quem andou em rondas toda a noite e aperaltei-me para assistir à missa do padre Capela, na Igreja de
Momento festivo no Quitexe: furriéis Capitão e Cardoso, 1º.
cabo Almeida (o cozinheiro a messe), soldado lages (do bar),
e furriel Flora. Mais furriéis: Cruz (de óculos e meio tapa-
do), Costa, Reino e Carvalho. À frente: Bento, Lopes (ati-
rador). Fonseca e Rocha
Santa Maria de Deus do Quitexe - mesmo em hora da acabar para o requinte gas-
tronómico da hora do almoço - preparado pelas mãos experientes do 1º. cabo José Maria Antunes de Almeida, o cozinheiro da messe de sargentos.
A imagem que abre este post, colhida no varandim acimentado da entrada do bar e messe de sargentos, dá ideia, muito pró-
xima, da bom momento dos Cavaleiros do Norte: boa disposição e farta partilha de emoções, regadas a martinis - para co-
meçar a «ementa» e refrescar o corpo e abrir apetites aos garbosos e sempre esfomeados furriéis milicianos - que eram jovens e sem quaisquer fastios. E era dia de Ano Novo, boa razão para festejar à mesa!
O agora já bem distante dia 1 de Janeiro de 1975 foi uma quarta-feira e à vila do Quitexe chegaram notícias da cimeira entre os três movimentos de liber-
tação de Angola - prevista para o dia 10 seguinte, em Portugal . 
O objectivo, relatava o Diário de Lisboa, era «a formação de um governo de transição que encaminharia Angola para a independência». E, com esta, o nosso cada vez mais expectado regresso a Portugal e às nossas casas.
PELREC´s no encontro do RC4, em Santa Margarida, 2017:
Caixarias, Madaleno (que hoje faz 66 anos), António, furriéis
Monteiro, Neto e Viegas (3) e Marcos (com o estandarte). Em
baixo, o Ezequiel e o Aurélio (Barbeiro)

Madaleno do PELREC, 65 
anos por duas... vezes!!!

O 1 de Janeiro de 1975 foi tempo de o Madaleno festejar 23 anos, lá pelas ter-
ras do uíjano Quitexe. Que refestejaria a 3 de Fevereiro, data do registo oficial, em 1952.
Francisco José Matos Madaleno foi sol-
dado  atirador de Cavalaria do PELREC, da CCS do BCAV. 8423, e ao tempo resi-
dente na Estrada do Cimeiro, freguesia de S. Francisco, na Covilhã. Nasceu em dia de ano novo mas, naquele tempo, o registo demorou a fazer-se, era assim costume. Tem, pois, o privilégio de fazer anos duas vezes por... ano. Não é para todos!
Mora na Covilhã, já aposentado, e para la vai o nosso abraço de parabéns.

Catarino e Tomás, de Santa
Isabel, faleceram há 35 anos!

O Catarino e o Tomaz, Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, faleceram há 35 anos, por coincidência  no mesmo dia e em circunstâncias que desconhecemos.
José Carlos Gonçalves Catarino foi 1º. cabo atirador de Cavalaria da Fazenda Santa Isabel e morava em Paivas, no Seixal. Lá regres-
sou a 11 de Setembro de 1975 e lá faleceu há precisamente 35 anos. Nascera a 9 de Fevereiro de 1952.
António Francisco Tomás também foi atirador de Cavalaria (soldado) da Com-
panhia comandada pelo capitão miliciano José Paulo Oliveira Fernandes e era residente, ao tempo, nas Termas do Vimeiro, na Maceira, da freguesia de A-dos-Cunhados, concelho de Torres Vedras, onde faleceu.
Ambos recordamos, com saudade. RRIP!!!

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