segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

4 006 - Assinatura do Acordo do Alvor; CSU reunido no Quitexe!

O alferes miliciano Carlos Sampaio, Cavaleiro do Norte da 1ª. CCAV. 8423, a de
 Zalala (assinalado a branco), que hoje faz anos em Lisboa e/ou Costa da Capa-
rica. Outros estão identificados na imagem E os que não estão, quem são?

A Delegação de Portugal que participou na histórica
Cimeira do Alvor - há precisamente 43 anos! Ima-
gem, com as seguintes, do Diário de Lisboa (ao lado)

A 1ª. página do DL
de 15/01/1975

O acordo entre Portugal e os movimentos de li-
bertação de Angola, na Cimeira do Alvor, foi as-
sinado às 23 horas de 15 de Janeiro de 1975. Hoje, precisamente, se passam 43 anos! 
A Delegação do MPLA 
«A partir de hoje, vós e os vossos movi-
mentos ficam diante de um desafio duplo. É a esperança de todos os angolanos a
exigir que os homens e os partidos, ape-
sar das diferenças sociais, filosóficas e políticas, saibam encontra soluções an-
golanas autênticas, baseadas na capa-
cidade de diálogo, no espírito de coope-
ração e boa vontade de servir o vosso 
A Delegação da UNITA
país», disse o Presidente Costa Gomes, sublinhando a importância histórica do acordo do Alvor.
O texto integral fôra lido pelo major Melo Antunes, «em voz firme, sem uma hesi-
tação», reportou o DL, acrescentando que a cerimónia esteve prevista para as 20 horas mas «foi sucessivamente adia-
da, devido a atrasos na passagem à má-
quina, em Português, do acordo».
A Delegação da FNLA
Agostinho Neto, do MPLA, e também em nome da FNLA e UNITA, afirmou no final que «aqui, as pretensões dos colonia-
listas ficaram enterradas para sempre».

Cavaleiros no Quitexe
a ouvir as notícias

Os Cavaleiros do Norte, a cerca de 9000 quilómetros de distância, «ouviram» com dificuldade a reportagem da Emissora Nacional (actual RDP), através da onda curta e com muitas interrupções. A imprensa escrita que lá chegava, ajudaria (como ajudou) a completar os nos-
sos raciocínios sobre a evolução do processo de descolonização - que ga-
nhou, em Alvor, uma força nova - aparentemente tendo galgado um enorme problema (o da comunhão dos três movimentos), mas sobrando, todavia, todas as dúvidas sobre o nosso destino próximo.
Quando seria o regresso a Portugal?
O dia, no Quitexe, foi assinalado por mais uma reunião de comandantes das unidades do Comando do Sector do Uíge (CSU). «O BCAV. foi honrado com a presença do Exmo. Comandante do Sector e oficiais do seu Estado Maior», regista o livro «História da Unidade».
Os alferes  Carlos Sampaio (que hoje festeja
66 anos) e António Garcia com o furriel Viegas,
momentos antes da saída destes para mais
uma operação nas matas do Uíge

Sampaio, alferes de Zalala,
66 anos em Lisboa/C. Caparica

O alferes miliciano Sampaio, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos a 15 de Janeiro de 2018.
Carlos Jorge da Costa Sampaio foi atirador de Cavalaria e comandou o 2º. Grupo de Combate dos Cavaleiros do Norte de Zalala. Regressou a Portugal a 9 de Setembro de 1975, à avenida 5 de Outubro, da freguesia de Nossa Senhora de Fátima, em Lisboa, onde vivia. 
Pouco mais sabemos dele. Apenas que se dividirá entre a lisboeta Estrada da Maia, em Benfica (também em Lisboa), e a Costa da Caparica. Onde quer que esteja, para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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