As labaredas eram bem visíveis. Temeu-se o rebentamento do material de guerra, o que poderia ser uma... tragédia |
meçou com o alarme de incêndio na ar-
recadação de material de guerra.
Temeu-se o pior!
O edifício ficava à face da estrada do ca-
fé (que liga Luanda a Carmona) e incluía os quartos dos alferes milicianos Jaime Ribeiro e António Garcia, para além de alguns praças - incluindo os quartelei-
ros e o alarme rapidamente reclamou os
Os 3 bombeiros que acorreram ao incêndio da arrecadação de material de guerra do Quitexe |
mas. Solidários e corajosos, apesar dos poucos meios disponíveis!
O edifício tinha muito material de guerra, em depósito e susceptível de estourar e provocar sabe-se lá o quê: destruição do edifício e limí-
trofes, porventura mortes!
Milhares de munições ligeiras (principalmente de G3) rebentaram, ainda assim - parece que ainda estamos a ouvir o seus estridentes silvos e os calafrios que provocaram -, mas felizmente sem provocarem qualquer dano humano.
«Houve avultados prejuízos materiais», reporta o livro «História da Unidade», do BCAV. 8423, dan-
do conta da situação e sublinhando também que «não foi possível evitar a destruição total do imóvel, por falta de meios ade-
quados para apagar o incêndio, inclusive água própria».
A memória reporta a chegada do carro dos Bombeiros, uma pequena viatura com três homens (um deles, pelo menos, até de gravata...) e uma pequena bomba manual, que não dava para nada e suscitou, até, fartas risadas entre a guarnição. De pouco valeu, aliás, no combate às chamas - já controladas pela imediata intervenção dos militares.
O que mais se temeu foi o rebentamento do material de guerra (pesado) lá de-
positado, que era muito e naturalmente perigoso e que, obviamente, poderia provocar uma tragédia. Felizmente, foi retirado em tempo - por obra de militares, os que lá estavam e outros voluntários, cujo nome, lamentavelmente não sabemos mas aqui gostaríamos de sublinhar.
Cimeira com acordo
entre as 4 partes
A Cimeira do Alvor terminara, assinada entre as 4 partes envol-
vidas: Portugal, MPLA, FNLA e UNITA. E, há 43 anos. com mais pormenores a chegar ao Quitexe, através da imprensa escrita.
O Diário de Luanda publicou uma edição especial e o A Provín-
cia de Angola, na pena do jornalista Luís Rodrigues, interrogava-se sobre «o que dizer aos portugueses brancos residentes em Angola». Perguntava e res-
pondia: «Pois bem, que olhem para as qualidades intrínsecas de bondade, de gentileza natural, de compreensão pela vida familiar dos seus irmãos africa-
nos». Quisesse dizer o que quisesse o A Província de Angola e o jornalista.
Agostinho Neto, depois da Cimeira do Alvor, viajou para o Porto num avião da Força Aérea Portuguesa, acompanhado de Paulo Jorge (dirigente do MPLA), para lá se encontrar com estudantes angolanos. E fez o mesmo em Coimbra.
Jonas Savimbi, da UNITA, comentava o acordo, com satisfação, sublinhando que reflectia «o espírito de fraternidade que presidiu aos trabalhos e a defesa dos interesses do nosso povo».
Fazenda Santa Isabel |
Ferreira de Santa Isabel,
66 anos em Guimarães !
O 1º. cabo Ferreira, apontador de morteiros da 3ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos a 17 de Janeiro de 2018. Mais 43 que os primaveris 23 celebra-
dos nas saudosas terras do Uíge angolano - então já na vila do Quitexe.
José Agostinho da Silva Ferreira foi Cavaleiro do Norte da Fazenda Santa Isa-
bel, depois do Quitexe, e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975. A Vila Chã, lugar da freguesia de Santo Estevão de Briteiros, em Guimarães. Lá continua a viver e para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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