quarta-feira, 7 de fevereiro de 2018

4 029 - O último dia do BCAV. 8423 nos patrulhamentos da Estrada do Café

Cavaleiros do Norte em render da guarda na parada do BC12, em Carmona.
Os clarins Irineu e Caetano e furriel Cruz à esquerda) e o furriel João Peixoto
(que hoje faz 66 anos em Braga, à direita). À frente, o alferes Cruz, de oficial
 de dia. Atrás, o 1º. sargento Luzia (que faleceu  2 de Abril de 2017, na Amado-
ra e aos 83 anos). Quem ajuda a identificar os restantes?

Os furriéis Francisco Neto e João Peixoto, em momento
 de tranquilo lazer, no bar da messe de Carmona, em 1975

O dia 7 de Fevereiro de 1975, já lá vão precisamente 43 anos, foi o último das escoltas que os Cavaleiros do Norte vinham fazer na Estrada do Café, desde Carmona até ao Úcua. 
O serviço, de acordo com o livro «Histó-
ria da Unidade», «era assaz desgastan-
te para o pessoal e viaturas» e, por ou-
tro lado, «não conduza a qualquer fina-
A Estrada do Café no Quitexe (anos 70).
Conhecida por Rua de Cim
lidade prática». Desgastante, era, não há dúvi-
das. E obrigava a uma disponibilidade perma-
nente dos Cavaleiros do Norte das 4 Compa-
nhias (e ao tempo já sem as adidas do Liberato e de Vista Alegre) - que galgavam a Estrada do Café a qualquer hora, fosse noite ou fosse dia..., e inopinadamente. Assim surgissem ordens operacionais do respectivos Comandos.
Paralelamente, não esqueçamos, continuavam os serviços de rotina nos vários aquartelamen-
tos do BCAV. 8423 - no Quitexe, onde estavam a CCS e a 3ª. CCAV. 8423, dos capitães António Oliveira e José Paulo Fernandes; em Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV., do capitão José Manuel Cruz) e em Vista Alegre e Ponte do Dange (a 1ª. CCAV., do capitão Davide Castro Dias) - e também  «muitas visitas a fazendas e povos» em missões de apoio às populações (nomeadamente o médico e sa-
nitário), o que, ainda segundo o «História da Unidade», «levava a percorrer a rede estradal à nossa responsabilidade com elevada frequência».
João Peixoto, esposa e filhos em Agosto de 2017

Furriel Peixoto, 66
anos em Braga!

O furriel miliciano João Peixoto, atirador de Infantaria, está hoje em festa, dia 7 de Fevereiro de 2018: comemora 66 anos!
João Domingos Faria Taveira de Peixoto, de seu nome completo, integrou a CCAÇ. 4741/74, prin-
cipalmente formada por militares açoreanos e  
Furriel João Peixoto
em 1974/1975
aquartelada em Sanza Pombo. Apareceu pelo Quitexe, de lá «mandado», por razões de natureza disciplinar. 
«Nós, os militares de Abril, já tínhamos uma maneira um pou-
co diferente de ver a guerra colonial, em relação a «certos comandantes» mais antigos», contou-nos ele, em Dezembro de 2013, lembrando, também, o tempo em que, no Quitexe, foi companheiro de quarto do Neto e do Viegas. Ainda acompa-
nhou a CCS para o BC12 e depois foi «desviado» para um Batalhão de Artilharia que estava em Cabinda (Landana). 
Aposentado, fez carreira profissional como professor e continua a viver em Braga - onde hoje o «achámos», estendendo-lhe um abraço de parabéns. Do tamanho do tempo que «nasceu» em 1974 e continuou até aos dias de hoje!

Alferes Jaime Ribeiro
Pires, sapador, 66
anos na América!

Albino Pires foi 1º. cabo de sapadores da CCS dos Cavalei-
ros do Norte do BCAV. 8423 e do pelotão comandado pelo
alferes miliciano Jaime Rodrigues Picão Ribeiro.
Albino Jorge de Oliveira Pires, de seu nome completo, re-
gressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e a Folgo-
sinho, freguesia do concelho de Gouveia. Casou, tem filhos e netos e sabemos que há muitos anos está emigrado nos Estados Unidos da América, de lá vindo de quando em vez, de férias, nomeadamente para se en-
contrar com o irmão Fernando, emigrado em França. Um outro irmão, já fale-
ceu. Para lá (Estados Unidos) vai o nosso abraço de parabéns!


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