terça-feira, 13 de março de 2018

4 063 - Os Cavaleiros na cidade de Carmona, o MPLA e o 11 de Março!

A placa de entrada na vila do Quitexe, na Estrada do Café e do lado de Carmona

Cavaleiros de Aldeia Viçosa na piscina de Carmona:
alferes João Machado (atrás) e furriéis José Fernando
Melo, António Artur Guedes e António Carlos Letras.
Boa adaptação aos meios urbanos! 

Os dias de Março de 1975 passavam-se mais ou menos despreocupados pelo Uíge angolano e, na cidade de Carmona, os Cavaleiros do Norte da CCS e da 2ª. CCAV. 8423 cada vez mais e melhor se adaptavam aos hábitos urbanos.
O pormenor não é (era) despiciendo, pois a esmagadora maioria dos recém-aquartelados no BC12 e messes de sargentos e oficiais eram «debutantes» em cidades, muitos deles oriundos dos interiores mais distantes do Portugal Continental. Quantos deles saíram das suas aldeias pela primeira vez, para irem para a tropa!
Os serviços de Polícia Militar - por lá baptizada de Polícia de Unidade e exercida por equipas lideradas pelos furriéis milicianos Neto, Viegas e Guedes, outros na ausência destes... - tinham, também por isso, papel determinante, não só para «garantir a melhor apresentação do pessoal militar» - e nisso era particularmente exigente o comandante Almeida e Brito - como, principalmente, para aprudentar eventuais quezílias com a população civil». E esta, em abono da verdade e salvo as sempre honrosas excepções - pouco simpática era para com a tropa.
Diário de Lisboa de 13/03/1975

O MPLA, o 11 de
Março e o MFA

O golpe contra-revolucionário «11 de Março» continuava a ser (pouco) falado entre os Cavaleiros do Norte mas de 13 de Março de 1975 há notícias do apoio do MPLA ao MFA, declarando-se «solidário com todas as forças progressistas portuguesas».
A afirmação foi de Paulo Jorge, responsável pelas Relações Exteriores do movimento de Agostinho Neto e captadas em Argel, capital da Argélia, pelas agências ADN e ANI, e depois reportadas pelo Diário de Lisboa.
«Felizmente, o Movimento das Forças Armadas pôde derrotar esta tentativa e salvaguardar assim, as conquistas da revolução de 25 de Abril e assegurar o processo de descolonização em curso», acrescentou Paulo Jorge.
António Lago
em 1974 e
em Angola

Lago de Zalala, 66
anos em Lisboa !

O Lago, soldado da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, está em festa no dia 14 de Março de 2018: comemora 66 anos em Lisboa.
António Henrique Nunes Lago, foi Cavaleiro do Norte rádio-tele-
grafista da equipa do furriel João Dias e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975. À Rua Cidade da Horta, na Pontinha,  
António Lago
em 2018
então de Loures e agora do concelho de Odivelas.
Reside em Lisboa, onde exerce a actividade de joalheiro, e para lá vai o nosso abraço de parabéns!

Amaro, 1º. cabo de Zalala,
66 anos no Fundão !

O 1º. cabo Amaro, dos Cavaleiros do Norte da Fazenda de Zalala, festeja 66 anos no dia 14 de Março de 2018.
Mário Amaro
em 2014
Mário Manuel das Neves Amaro, de seu nome completo, foi atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423 e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975. Regressou ao seu lugar natal de Monte do Bispo, da freguesia de Caria, no concelho de  Belmonte. Por informação do furriel João Dias, sabemos que mora agora no Fundão, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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