terça-feira, 10 de abril de 2018

4 091 - Cavaleiros à espera de reforços para patrulhamentos em Carmona

Cavaleiros do Norte da CCS, todos 1ºs. cabos: João Estrela, António Carlos
Fernandes Medeiros (falecido a 10 de Abril de 2003, de doença e no Porto,
hoje se fazem 15 anos), ambos operadores-cripto; Miguel Teixeira, Damião
Viana e Vasco Vieira (Vasquinho), os três escriturários
Forças Mistas/Integradas do (então futuro) Exército de
Angola na parada do BC12, em Carmona,  em 1975



A 10 de Abril de 1975, há 43 anos e em Luanda, reuniram-se os Estados Maio-
res das FAPLA, do ELNA e das FALA, os exércitos, respectivamente, do MPLA, da FNLA e da UNITA. 
O encontro confirmava «o desanuvia-
mento entre os três movimentos, depois do acordo assinado há dois dias, pondo termo às hostilidades». Ainda no plano
Notícia do Diário de
Lisboa de 10 de
Abril de 1975
militar, «a criação das forças internas, o futuro Exército de Angola, está a processar-se em novos moldes», como noticia-
va o Diário de Lisboa. Nomeadamente, e citamos o DL, «os seus elementos entravam como soldados e não como mili-
tantes, deste ou daquele movimento».
O acordo dois dias antes assinado pelos três movimentos in-
dependentistas angolanos previa «a criação de um organismo paritário e inter-partidário, afim de solucionar os problemas e conflitos que surjam entre as forças dos três movimentos, ou entre os respectivos militantes e simpatizantes». Já não era sem tempo! E não foi, como infelizmente o então futuro próximo viria a «dizer».
O novo organismo militar angolano integrava elementos dos três movimentos de libertação (o MPLA de Agostinho Neto, a FNLA de Holden Roberto e a UNI-
TA de Jonas Savimbi), passando a denominar-se Forças de Prevenção.
O BC 12, em Carmona, na estrada para o
Songo e visto do lado desta cidade uíjana

Cavaleiros do Norte
atentos no Uíge

Os Cavaleiros do Norte, por esse tempo de há 43 anos, continuavam a sua adaptação à cidade de Carmona e às novas exigências operacionais. Seguros e muito atentos.
O reforço da guarnição aquartelada no BC12 e limitada CCS e pouco mais - um grupo de combate da 2º. CCAV. 8423 - era cada vez mais necessário, até por-
que, para além da segurança na cidade uíjana, «pretendia-se também, ao mes-
mo tempo, realizar patrulhamentos de longo curso». Bem necessários, aliás.
Era esse reforço que o comandante, tenente-coronel Carlos Almeida e Brito, analisava com as chefias militares e com as subunidades do BCAV. 8423.
António Carlos
F. Medeiros

Medeiros, 1º. cabo, da
CCS faleceu há 15 anos!

O 1º. cabo Medeiros, operador-cripto  da CCS do BCAV. 8423, fale-
ceu há 15 anos: a 10 de Abril de 2003 e por doença.
António Carlos Fernandes Medeiros era natural e residente na fre-
guesia do Bonfim, na cidade do Porto, aonde voltou a 8 de Setem-
bro de 1975. Tanto quanto sabemos, trabalhou numa conhecida loja de modas e confecções da família, na Rua Passos Manuel (no cruzamento com a Sá da Bandeira), também na cidade do Porto.
Hoje, dia 10 de Abril de 2018, quando se passam 15 anos sobre a sua morte, aos 51 e nesta cidade, aqui o recordamos com saudade!

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