O furriel miliciano Freitas Ferreira em Aldeia Viçosa |
O 12 de Abril de 1975, um sábado de há 43 anos e pelas bandas da uíjana cidade de Carmona, foi tempo de pe-
quenas escaramuças entre forças da FNLA e do MPLA, na «ressaca dos acontecimentos de Luanda e Salazar», a actual N´Dalatando.
Incidentes que, valha a verdade, «avisavam» para tem-
pos mas difíceis mas eram controlados com relativa fa-
cilidade pelas Forças Mistas (em formação, com tropa do BCAV. 8423, do MPLA, da FNLA e da UNITA) e es-
sencialmente pelos permanentes patrulhamentos das Forças Armadas Portuguesas - por isso mesmo cada vez mais carenciadas de reforço ao seu limitado e esforçado efectivo operacional.
Ao tempo, recordemos, a guarnição estava limitada aos operacionais da CCS e a um grupo de combate da 2ª. CCAV. 8423, comandado pelo alferes miliciano Ma-
nuel Meneses Alves, com os furriéis milicianos António de Oliveira Cruz, Antó-
nio Malheiros Courinhas Chitas e (?) Mário Soares, que em Novembro de 1974 substituiu o Cruz Ferreira, vítima de um acidente a 1 de Julho de 1974, no Qui-
baxe e num patrulhamento em que se despistou o Unimog em que seguia.
Recordemos, já agora, que a viatura caiu numa ravina bem alta e o Ferreira e o condutor rebolaram por ela abaixo, ferindo-se ambos, ele com uma perna e cla-
vículas partidas. Na sequência do acidente, viria, deresto, a ser reclassificado como amanuense e colocado em Luanda - embora contra a sua vontade, como nos contou há algum (pouco) tempo - lembrando esses tempos.
O José Maria Freitas Ferreira vive e trabalha em Costa (em Guimarães), onde é profissional da área da auditoria, consultadoria fiscal e contabilidade.
Os presidentes Holden Roberto (da FNLA) e Agostinho Neto (MPLA) |
Incidentes no Luso,
entre MPLA e FNLA
O dia foi também tempo de se conhecerem «graves incidentes» no Luso, na terça-feira anterior (7 de Abril).
As agências France Press e ANI, citando um comunicado do Alto Comissário, davam conta que «envolveram forças militares do MPLA e da FNLA» e que «duraram cerca de 12 horas».
«Os incidentes originaram prejuízos materiais de certa monta, nalguns edifícios da cidade», precisava o comunicado acrescentando que «morreu um civil e houve vários civis e militares feridos».
Adão Morais, 1º. cabo de Zalala |
Adão, 1º. cabo de Zalala,
faleceu há 9 anos!
O 1º. cabo Adão, da 1ª. CCAV. 8423, faria 66 anos a 14 de Abril de 2018. Faleceu a 7 de Agosto de 2009.
Adão Luís Correia de Morais foi atirador de Cavalaria dos Cavalei-
ros do Norte de Zalala e regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em Angola, por terras do Uíge. Ao lugar de Balsa de Cima, freguesia de Ordem, no concelho de Lousada.
Lá fez vida profissional, social e familiar e lá faleceu, vítima de doença. Hoje o recordamos, na passagem dos 9 anos da sua morte. RIP!!!
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