domingo, 3 de junho de 2018

4 145 - Cavaleiros de Santa Isabel em lauta «operação» na Mealhada


Os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, confraternizaram
 na Mealhada e fizeram memória da jornada africana do Uíge angolano 

O capitão José Paulo Fernandes disse «até ao ano, gozem
o ano com as vossas famílias». Atrás, o condutor Manuel
Mendes (de azul) e os furriéis João Cardoso (de verme-
lho), Fernandes (sentado) e Ribeiro (à direita)

«É uma saudade! É uma alegria imensa! É um dia que vale por todos que passá-
mos em Angola! Em família».
José Paulo de Oliveira Fernandes, capitão miliciano e comandante da 3ª. CCAV. 8423, falou assim, com emoção nas palavras e sentimento no olhar, a olhar e a lembrar a distante Santa Isabel, de mais uma jornada de família dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, ontem, na Mealhada.
O Armando Mendes da Silva «acordeonou» a fes-
ta com tocares e cantares que puseram Ama-
zonas e Cavaleiros do Norte em pé de dança!
Foram  muitos, e muitos com as suas  famílias, os que de norte a sul viajaram para as bandas do leitão da Bairrada, não por este (mas também...)  principalmente para fazer memória e senti-la no abraço e na história que se lembrou de um momento qualquer, um momento bom e saudoso da jornada africana que (n)os levou a terras do Uíge angolano.
«O meu gosto maior, que é impagável, é ver e saber todos estes companheiros felizes pela alegria destes reencontros, que se renovam e se multiplicam todos os anos», disse José Paulo Fernandes, o «mais velho» desta família de Cavaleiros do Norte que nasceu em Santa Margarida e cresceu, em companheirismo e paixão, muito partilhada nas quentes e vermelhas terras de Angola.
Ao momento de discurso oficial, breve e afectuoso, desejou «um bom ano para todos» os (seus) Cavaleiros do Norte.
«Gozem um bom ano, voltem para o ano, voltemos todos com a mesma alegria de hoje», disse José Paulo Fernandes, imediatamente antes do corte do bolo da festa, organizada pelo Carlos Alberto Baptista de Carvalho, 
O casal Mendes veio expressamente do Luxem-
burgo e, pela primeira vez, participou no encontro.
Atrás, vêem-se o furriel Armindo Reino, as ama-
zonas  Cardoso e Viegas e os furriéis António
Flora (de costas) e José Querido
bairradino do Barcouço da Mealhada que, por terras angolanas, foi atirador de Cavalaria e, aos dois dias de Junho de 2018, apoiado pelo (furriel) João Cardoso, foi o mordomo-mor deste magnífico encontro dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423.

Mendes, condutor,
veio do Luxemburgo

O Mendes foi soldado condutor de Santa Isa-
Momento de canto colectivo, a som do acordeon
do Armando Silva: furriel Lino (à esquerda, de
branco), alferes Silva (atrás) e Pedrosa (de azul
e sentado) e furriéis Cardoso (de vermelho), Flo-
ra (ao canto) e Carvalho (tapado pelo Cardo-
so). Sentadas, as amazonas Pedrosa e Silva 
bel, está emigrado no Luxemburgo e, pela pri-
meira vez, participou no encontro.
«Estou muito feliz, até emocionado, por encontrar estes amigos todos, que não via há tantos e tantos anos», disse ele, o Manuel Augusto Marques Mendes, que deles (dos companhei- 
ros da jornada angolana do Uíge) se despediu a 11 de Setembro de 1975, sem mais os ver. «Valeu a pena vir, estou muito...,  muito feliz!...».
O Mendes regressou a Portugal, a Comarca de Cima (em Avelar), a sua terra natal, e emigrou para o Luxemburgo, sem que, todos estes anos passados, alguma as datas de férias se conjugassem com as do encontro. Este ano, depois de uma conversa com o (furriel) Cardoso, pôs-se a caminho. Tinha de ser...
«Vim por 4 dias e já vou embora na segunda-feira, mas vou feliz, feliz, feliz...», disse Manuel Mendes, que esteve acompanhado da esposa. Prometeu voltar.
(ver post da próxima 3ª.-feira)

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