segunda-feira, 9 de julho de 2018

4 181 - O fim da Castiço DIH e o soldado «comando» amputado de um pé!

O furriel Viegas, ladeado pelos 1ºs. cabos António Pais (viseense que
amanhã faz 66 anos em Atouguia da Baleia, Peniche), à esquerda, e
Emanuel Santos (ausente nos Estados Unidos). A cervejar e mariscar no
 Bar do Rocha, vila do Quitexe e em 1974

O furriel António Dias, da 41ª. Companhia de Comandos,
que o PELREC «achou» há 44 anos na Baixa do Mungage,
onde socorreu um soldado amputado de um pé


A Operação Castiço DIG terá sido con-cluída a 9 de Julho de 1974 (não há cer-
tezas sobre a data) e, com ela, e nela, o «baptismo de guerra» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Os contactos com o IN foram diversos, mas sem incidentes especiais, para além, e já não foi pouco, do registo de um pé amputado a um soldado «co-
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423: 1º. cabo Marques (Carpinteiro,
falecido a 01/1/2011, em Esmoriz)), Duarte (cozinheiro?), Rebelo,
 NN, alferes Ribeiro, 1º. cabo Almeida (cozinheiro), NN (negro),
Messejana (f. a 27/11/2009, de doença, em Lisboa), Florêncio
(barbas) e alferes António Garcia (f. de acidente, a 02/11/1979)
 
mando» da 41ª. CC, por ter accionado uma mina anti-pessoal na Baixa do Mungage.  A 41ª. CC, de resto e por isso mesmo, «retirou da Zona de Acção após umas escassas 18 horas de operação».
A evacuação do ferido foi feita pelo PELREC do BCAV. 8423 e logo a 41ª. CC abandonou a operação, quando a sua participação «envolveria 8 dias de actividade operacional».
O abandono foi-nos recentemente explicado pelo furriel António Dias, conterrâneo que lá então inesperadamente conhecemos: «Julgo que foi por ser considerado inoportuno continuar a operação, tendo em conta os riscos que se percepcionavam e o facto de já estar em andamento o processo de descolonização de Angola».
António Dias é agora empresário ligado aos  sectores florestal e agrícola nas serras de Águeda, de onde é natural, e com quem, de quando em vez, recor-
damos a madrugada deste trágico caso, na Baixa do Mungage.
A 41ª. CC´s era comandada pelo capitão Barbosa Henriques e, entre outros, in-
cluía o alferes José Gomes e os furriéis Dias e Valongo (que era angolano e ti-
nha sido futebolista do FC do Porto e, suponho, internacional júnior).
António Pais e esposa
no encontro de 09/06/2018

Pais, 1º. cabo da CCS, 66
anos em Atouguia da Baleia !

O 1º. cabo Pais, rádio-montador dos Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV. 8423, festeja 66 anos a 10 de Julho de 2018 e em Atouguia da Baleia.
António Correia Lourenço Pais é natural do lugar de Travas-
sos de Cima, freguesia de Rio de Loba, concelho de Viseu, e lá regressou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africa-
na do Uíge angolano. Por lá fez vida familiar e profissional, sempre trabalhan-
do na área da pichelagem, do saneamento e da electricidade, e agora, já apo-
sentado, está radicado em Atouguia da Baleia, no concelho de Peniche, para onde vai o nosso abraço de parabéns!


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