Cavaleiros do Norte da CCS-. De pé, Alberto Ferreira, Francisco Madaleno, Raúl Caixaria e João Marcos. Em baixo, NN e 1ºs. cabos Augusto Hipólito e João Pinto |
As sessões de «mentalização das po-pulações» para o processo de desco-
lonização de Angola continuaram a 13 de Julho de 1974, desta vez com o co-mandante Carlos Almeida e Brito a «conversar» com as autoridades tra-
dicionais da zona de acção do Quitexe e do BCAV. 8423.
A acção realizou-se no Clube do Quitexe (a associação da vila) e, de acordo com o livro «História da Unidade», «seguida-
mente com os comerciantes e elevado número de fazendeiros».
Este tipo de reuniões começara nos povos de Aldeia e Luege, continuando com os camionistas (a 6 de Julho), depois nas sanzalas (povos) do Quitoque e Quimassabi (a 10) e prosseguiria, com as populações e autoridades tradi-
cionais de Aldeia Viçosa (a 26).
O tenente-coronel Almeida e Brito fazia-se acompanhar, normalmente, por alguns oficiais do Comando e da CCS o BCAV. 8423, tal como acontecera
Cavaleiros do Norte da CCS: o Francisco Madaleno, atirador, e o? Quem identifica es CN? |
dades tradicionais (a 22 e 29).
O cerco do Negage
e ameaças no Uíge
Um ano depois, um domingo, a FNLA tentou impedir a saída de um MVL (Movimento de Viaturas Ligeiras) de Carmona para Luanda, com o argumento de que iam meios da sua zona de influência (o Uíge) para a do MPLA (a capital angolana).
A situação repetiu-se a 21 de Julho, o que «culminou com imposições feitas em reunião da FNLA, no dia 23, com os Comandos Militares de Carmona». Era inaceitável a carta de exigên-
cias do movimento presidido por Holden Roberto, cujos dirigentes, no mesmo dia 13 de há 43 anos, proferiram graves acusações às NT, num comício reali-
zado em Carmona. O MPLA controlava Luanda e a sua ascensão militar pode-
ria «pôr em causa outras regiões do território». Por exemplo, o Uíge controla-
do pela FNLA (vitoriosa nos combates de Junho) e que as FAPLA (de Agostinho Neto) poderiam tentar recuperar.
O Diário de Lisboa desse dia reportava que «essa possibilidade poderia pôr em risco algumas unidades portuguesas estacionadas no Uíge, com efectivos relativamente pequenos, no caso de serem acusados de darem apoio ao MPLA - como de resto já tem sido feito». Era o caso dos Cavaleiros do Norte.
Ora isso, precisamente, era o que acusava a FNLA - quer no comício desse domingo, quer noutras ocasiões. O mesmo domingo em que, de acordo com o Livro da Unidade e no Negage, se verificou «o pedido de armas e cerco ao quartel da CCAÇ. 4741» - uma das subunidades do BCAV. 8423.
Vicente, o condutor, 66
anos em Vila de Rei !
O soldado condutor Vicente José Alves, da CCS dos Cavaleiros do Norte, festeja 66 anos a 14 de Julho de 2018. Em Vila de Rei!
Natural de Cucados, da freguesia e concelho de Vila de Rei, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua missão de soberania em Angola. Por lá fez vida, trabalhado na área da construção civil, como empresário, e, agora já aposentado, mora em Estevais, no mesmo concelho de Vila de Rei.
O Vicente é um grande animador dos encontros anuais da CCS e organizador do ano de 2017 (o do RC4), depois de, em 2010, o coorganizar com o alferes miliciano Jaime Ribeiro e o (soldado) Aurélio Júnior (Barbeiro), em Ferreira do Zêzere. Parabéns para ele!
O cerco do Negage
e ameaças no Uíge
Um ano depois, um domingo, a FNLA tentou impedir a saída de um MVL (Movimento de Viaturas Ligeiras) de Carmona para Luanda, com o argumento de que iam meios da sua zona de influência (o Uíge) para a do MPLA (a capital angolana).
A situação repetiu-se a 21 de Julho, o que «culminou com imposições feitas em reunião da FNLA, no dia 23, com os Comandos Militares de Carmona». Era inaceitável a carta de exigên-
cias do movimento presidido por Holden Roberto, cujos dirigentes, no mesmo dia 13 de há 43 anos, proferiram graves acusações às NT, num comício reali-
zado em Carmona. O MPLA controlava Luanda e a sua ascensão militar pode-
ria «pôr em causa outras regiões do território». Por exemplo, o Uíge controla-
do pela FNLA (vitoriosa nos combates de Junho) e que as FAPLA (de Agostinho Neto) poderiam tentar recuperar.
O Diário de Lisboa desse dia reportava que «essa possibilidade poderia pôr em risco algumas unidades portuguesas estacionadas no Uíge, com efectivos relativamente pequenos, no caso de serem acusados de darem apoio ao MPLA - como de resto já tem sido feito». Era o caso dos Cavaleiros do Norte.
Ora isso, precisamente, era o que acusava a FNLA - quer no comício desse domingo, quer noutras ocasiões. O mesmo domingo em que, de acordo com o Livro da Unidade e no Negage, se verificou «o pedido de armas e cerco ao quartel da CCAÇ. 4741» - uma das subunidades do BCAV. 8423.
O Vicente Alves em 1974, no Parque-Auto do Quitexe |
Vicente Alves em 09/06/2018 |
Vicente, o condutor, 66
anos em Vila de Rei !
O soldado condutor Vicente José Alves, da CCS dos Cavaleiros do Norte, festeja 66 anos a 14 de Julho de 2018. Em Vila de Rei!
Natural de Cucados, da freguesia e concelho de Vila de Rei, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua missão de soberania em Angola. Por lá fez vida, trabalhado na área da construção civil, como empresário, e, agora já aposentado, mora em Estevais, no mesmo concelho de Vila de Rei.
O Vicente é um grande animador dos encontros anuais da CCS e organizador do ano de 2017 (o do RC4), depois de, em 2010, o coorganizar com o alferes miliciano Jaime Ribeiro e o (soldado) Aurélio Júnior (Barbeiro), em Ferreira do Zêzere. Parabéns para ele!
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