sexta-feira, 20 de julho de 2018

4 192 - Comandante em Sanza Pombo; as mortes do 1º. cabo Soares e do Pereira da CCS!

O PELREC da CCS do BCAV. 8423. De pé, 1º. cabo Almeida, Messejana, Neves, 1º. cabo Soares, Flo-
rêncio, Ezequiel (?), Marcos, 1º. cabo Pinto, Caixarias e 1º. cabo Florindo (enfermeiro). Em baixo, 1º. cabo
Vicente, furriel Viegas, Francisco, Leal, 1º. cano Oliveira (TRMS) e Hipólito, Aurélio (Barbeiro), Madaleno e

 furriel Neto- O Almeida, o Messejana, o Soares, o Vicente e o Leal já faleceram
Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. Atrás, Costa e 1º.
cabo Teixeira (estofador). Sentados e ao meio, Gaiteiro e
1º. cabo malheiro.- À frente, 1º. cabo Monteiro (Gasolinas)
e Canhoto. Ao lado, António Clara Pereira, mecânico
que faleceu a 21 de Fevereiro de 2018



O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito deslocou-se a Sanza Pombo no dia 20 de Julho de 1974, para participar na reunião de comandos das unidades do Comando do Sector do Uíge.
Ali se aquartelava o comando do BCAV. 8324, Os Indomáveis, unidade comanda-
da pelo tenente-coronel Adão Neves Baptista e que tinha a sua CCS naquela localidade, com companhias opera-
cionais no Alto Zaza (a 1ª. CCAV. 8324, com grupos de combate em Cuango e Quimbele, onde também esteve um GC da 3ª. CCAV. 8423,
Guião do BCAV. 8324, Os
Indomáveis de Sanza Pombo
a de Santa Isabel, com o furriel José Fernando Carvalho), em Quicua (2ª. CCAV. 8324) e Massau (3ª. CCAV. 8324).
O BCAV. 8324 foi também o destino do furriel miliciano Fernando Mota Viana, da 1ª. CCAV. 8423, quando, em Outubro de 1974, foi algo da decisão disciplinar do comandante Almeida e Brito. Para lá rodou.
Sanza Pombo foi terra de uma visita minha (furriel Viegas), em data que não consigo precisar - lá chegado em sucessivas boleias militares, do Quitexe para Carmona, daqui para Negage, depois para Sanza Pombo. Lá morava um conterrâneo, o Adolfo Pires dos Reis, funcionário do Ministério da Agricultura e já falecido. E lá comi uma das primeiras moambadas da minha vida, de que sempre em disseram maravilhas mas de que nunca fui muito apreciador. Naquele dia, soube-me muito bem. Sei lá se por a conversa rimar sobre as coisas da terra de ambos, falando dos conterrâneos e da coisas que nos eram comuns!
O António Clara Pereira, que faleceu a
 21 de Fevereiro de 2018, o António e o
Simões, no encontro do RC4, em 2017

1º. cabo Soares e Pereira,
duas mortes da CCS!

O dia é de fazer memória de dois Cavaleiros do Norte da CCS falecidos nos últimos tempos: o Fernando Soares e o mecânico Pereira.
Fernando Manuel Soares foi 1º. cabo de reconhe-
cimento e informação, fazendo de atirador de Ca-
O furriel Viegas e o 1º. cabo
Soares, frente à residência
deste, no Laranjeiro (2013)
valaria do PELREC. Ao tempo morava na Cova da Piedade e lá voltou a 8 de Setembro de 1975, por lá fa-
zendo vida como trabalhador dos estaleiros navais. Enviuvou há alguns anos e com um filho emigrado na Suíça, aposentou-se a morava no Laranjeiro, concelho de Almada. Um problema canceroso apressou a sua morte, que aconteceu por volta de Março/Abril deste ano, não conseguimos saber a data exacta.
António Clara Pereira foi soldado mecânico-auto e re-
gressou à sua terra da Carregueira, concelho de Mação, a 8 de Setembro de 1975. Lá nasceu a 18 de Agosto de 1952, falecendo a 21 de Fevereiro de 2018, vítima de doença fatal: um tumor no fígado.
O Pereira andava «fugido» dos contactos da CCS, mas, pela primeira vez, apareceu no encontro de 2017, no RC4 de Santa Margarida, por ele se ficando a saber que, durante muitos anos, trabalhou na exploração de petróleos, em mares arábicos. Aparentava boa saúde, neste reencontro de 42 anos depois, mas foi traído pela doença de fígado que o levou desta vida.
Ambos recordamos com saudade e de ambos hoje fazemos memória, recor-

dando dois bons companheiros da jornada africana do Uíge angolano. RIP!!!



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