domingo, 30 de setembro de 2018

4 256 - Cavaleiros de Aldeia Viçosa confraternizaram em Almeirim!

Os Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, tiveram três «novidades»: o Carlos Costa (Mouraria)
 e o Joaquim Rodrigues, aqui na foto com o jovem capitão José Manuel Cruz. E também o 1º. cabo Virgílio Antunes 
O furriel miliciano Guedes, organizador do
encontro, e o alferes João Machado


Os Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, gar-
bosos como sempre e saudosos até sempre..., estiveram ontem reunidos em Almeirim, a des-
fiar memórias da saudosa e inesquecível jor-
nada africana da enorme Angola, pelas norte-
nhas terras do Uíge!
Combatentes da 2ª. CCAV. 8423, sob comando do capitão miliciano José Manuel Cruz, 51 de-les viajaram até ao Ribatejo para confraternizar
Bolo da 2ª. CCAV.
8423, a de Aldeia Viçosa
e lembrar os bons e os maus momentos dos 15 meses em que, longe dos seus chãos natais, não hesitaram em cumprir o seu juramento pátrio e honraram a Bandeira de Portugal.
O sempre jovem capitão  miliciano Cruz (veja-se a imagem de cima, à direita), agora do generoso alto dos seus expe-
rientes e vividos 72 anos, saudou os companheiros da missão africana, com os votos de boa saúde e melhor disposição. Meia centena deles, um record de participações, muitos deles com família a aconchechar-lhe as emoções que estes encontros sempre acarretam. No total, estiveram em Almeirim na ordem das 130 pessoas - entre familiares, amigos e combatentes dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa. Combatentes agora bem amadurecidos pelos 43 anos que se passaram desde a jornada africana do Uíe angolano.
Os TRMS Rodrigues e Costa
 (Mouraria), dois dos três no-
vos participantes da 2ª. CCAV

Três «maçaricos»
em Almeirim !

O encontro de Almeirim foi marcado pela primeira «com-
parência» de três Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa: o 1º. cabo Antunes e os soldados Costa (Mouraria) e Rodri-
gues. E quantas saudades «mataram» no abraço que andou «esquecido» por 43 anos - desde 8 de Setembro de 1975.
Virgílio Frade Antunes foi 1º. cabo atirador de Cavalaria e é natural de Cambas, em Oleiros, e fez vida por terras de França, para onde emigrou faz muitos anos. Pôde estar este ano e lá se «plantou» ele em Almeirim. Ausentou-se mais cedo e não deu tempo ao fotógrafo Letras para lhe registar a imagem. Foi pena!
Carlos Alberto de Abreu Costa, o Mouraria, soldado de Transmissões de Infanta-
ria, voltou à sua casa da Rua do Bem Formoso, freguesia do Socorro, em Lisboa, e por lá faz vida e lá vive. Trabalhou na área da hotelaria e está reformado.
Joaquim António Almeida Rodrigues, também soldado de Transmissões de Infantaria, voltou ao seu Beco dos Barbantes, da Rua Eduardo Augusto Pinto, em Camarate, e ainda lá mora - nesta freguesia do concelho de Loures.
Manuel Lopes

Acidente de Manuel 
Lopes e família !

O encontro dos Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423 foi ensom-
brado por um acidente que envolveu o Lopes, que foi soldado atirador de Cavalaria e mora na Aldeia do Além, em Alcanede.
No regresso a casa e bem próximo do local do encontro, na A118 (perto da Quinta da Alorna, antes da Ponte Salgueiro Maia), a viatura em que seguia (conduzida pelo genro) teve um choque frontal, quando seguia na sua mão. Por precaução, a esposa foi tratada em hospital e ele, o filho e o genro tiveram ferimentos ligeiros.
Dom. Teixeira

Teixeira, 1º. cabo estofador,
66 anos no Cerco do Porto !

O 1º. cabo Domingos Augusto Teixeira, estofador da CCS do BCAV. 8423 festeja 66 anos a 30 de Setembro de 2018.
Natural do Bairro do Cerco do Porto, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua e nossa comissão de serviço por terras do norte de Angola. Em Março de 1975, foi transferido para 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala mas ao tempo em Vista Alegre. Fez carreira profissional como técnico operacional do Ministério da Educação e em escola do Bairro do Cerco, onde mora e para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Franc. António

António, atirador da CCS,
66 anos em Abrantes !

O condutor António, Cavaleiro do Norte do PELREC da CCS do BCAV. 8423, comemora 66 anos a 30 de Setembro de 2018.
Francisco Fernando Maria António, de seu nome completo, regres-
sou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fez carreira profis-
sional como motorista de longo curso, galgando estradas e milhares e milhares de quilómetros por essa Europa fora. Por razões de saúde, aposentou-se em 2011 e continua a viver na sua terra natal, em Abrançalhas de Cima, no concelho de Abrantes. Parabéns para ele!

sábado, 29 de setembro de 2018

4 255 - Noneto de Cavaleiros do Norte concluíram curso de Operações Especiais - os Rangers!

Os furriéis milicianos Neto, à esquerda, e Viegas reencontraram-se com o então alferes miliciano Eduardo
Fonte, que foi o comandante do Grupo de Combate que integraram no 2º. Curso do CIOE de 1973, em La-
mego. Em 2015, 42 anos depois da instrução do Quartel de Penude
Os alferes milicianos «Rangers» João
Machado e António Garcia
Mário Sousa

Há 43 anos, hoje se fazem, 9 Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 concluíram o curso de Operações Especiais (os Ran-
gers) em Lamego. O tempo passa, voa..., e já lá vão 45 anos desde que, pelo Setem-bro de 1973 que então fin-
dava, acabava também o 2º. turno do curso de Operações Especiais no CIOE 
de Lamego - que começou a 16 de Julho
A. Rodrigues
desse ano e, por 11 semanas fora, nos levedou instrução e desenvoltura física que nos tornou muito mais fortes e militarmente mais preparados, para o que desse e viesse. Até ao dia 29. O curso envolveu cadetes (futuros oficiais milicianos) e instruendos (que viriam a ser furriéis) e, desde uns dias depois do 16 de Julho, também um pelotão de tenentes e sargentos do quadro permanente. Foi duro, o curso. 
«Temos exigido de ti! Tens correspondido! Vamos exigir-te mais», pode ler-se no panfleto de acção psicológica que pela altura nos foi distribuído. E se pode ver na imagem.
Dizia mais: «És capaz de forçar os nervos, os músculos, o coração, quando já nada há em ti, a não ser a vontade que diz aguenta?... Se a tua resposta é sim!... Por actos... Não por palavras... Então consideramos-te já um verdadeiro Ranger».
Os furriéis milicianos «Rangers» da CCS do
BCAV. 8423: Monteiro, Viegas e Neto

9 Cavaleiros do Norte
no curso de Rangers!

Lido isto, e relido, 45 anos depois, não deixa de ser notálgico imaginar a força que então nos tolrnava mais fortes, invulneráveis e invencíveis à dor, ao sofrimento e a tudo o que os preparara para uma guerra que se fazia a mais de 8000 quilómetros de casa. E não evito mesmo deixar cair breves sorrisos, sentidos e contemplativos da nossa juventude! Não sei se a de hoje se daria em sacrifício e generosidade para assumir qualquer paradigma da pátria. Entendesse-mo-lo, ou não!
Companheiros dessa jornada e depois Cavaleiros do Norte, foram os futuros alferes milicianos António Garcia (da CCS, falecido a 2 de Novembro de 1979), Mário Sousa (1ª. CCAV.), João Machado (2ª.) e Augusto Rodrigues (3ª.) e os furriéis  milicianos José Monteiro e Francisco Neto (CCS), Manuel Pinto (1ª. CCAV.) e Carlos Letras (2ª. CCAV.). Do curso seguinte, foi o Armindo Reino (da 3ª. CCAV.), apanhando como instrutores o Monteiro, o Viegas e o Neto!
O comandante Almeida e Brito ladeado por
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: o
alferes Machado e capitão Cruz


Cavaleiros de Aldeia Viçosa
em Almeirim !

A 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, reúne-se hoje em Almeirim, no seu encontro anual.
Os Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz galgam o país de norte a sul e vão fazer memórias da sua (e nos-
sa) jornada africana de Angola. Não faltarão, com toda a certeza, momentos de farta saudade e grande nostalgia por um tempo marcante das suas/nossas vidas. Amanhã, do encontro falaremos.



sexta-feira, 28 de setembro de 2018

4 254 - O clarim Graciano Queijo, o furriel Jesuíno Pinto!

O soldado clarim Graciano da Purificação Queijo, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, numa
 das suas últimas festas de aniversário, no Lar Padre Tobias, em Salvaterra de Magos. Faria hoje 66 anos
mas faleceu, de doença, a 30 de Outubro de 2013
O soldado clarim Graciano Queijo
num dos seus últimos aniversários

O Graciano foi soldado clarim da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 e faria hoje 66 anos. Faleceu a 30 de Outubro de 2013, vítima de doença e acolhido no Lar Padre Tobias, em Samora Correia.
Graciano da Purificação Queijo, era este o seu original nome, natural de Vilarelhos, em Alfân-
dega da Fé, teve vida madrasta, mas mais feliz nos últimos anos. Quando, afinal e tragicamente, a doença lhe minou a saúde e a vida.
Cavaleiro do Norte da CCS, de Angola voltou a 8 de Setembro de 1975 e fez-se à vida. Trabalhou na construção civil e, sabe-se lá como e quando, e porquê, foi parar a Samora Correia, há já largos anos. Uma irmã, disseram-nos, vivia por perto. 
Um acidente de trabalho limitou-o bastante e alimentou-lhe o vício do álcool, «matando-lhe» qualidade de vida. Che-
gou a viver em situações muito precárias, mas em 2002, tinha 50 anos, começou a ser apoiado pelo Centro Bem Estar Social Pa-dre Tobias, em Samora Correia. Lá passou a refeiçoar e a fazer higiene pessoal. Começou a recebeu rendimento social de inserção e assumiu trabalho de recuperação, apoiado por todos os técnicos da Câmara Municipal de Benavente, Segurança Social e CBES Padre Tobias, de Samora Correia.  
O Graciano frequentou consultas de alcoologia e deixou de consumir, melho-
rando notoriamente a sua qualidade de vida. Foi institucionalizado no lar em 2009 e antecipadamente reformado, por invalidez. 
O ano 2011 foi-lhe amargo, com diagnóstico de um tumor no esófago e  segui-
do no IPO de Lisboa. Foi operado e fez quimioterapia e radioterapia. Mais tar-
de, surgiu-lhe um tumor na laringe, não resistiu e faleceu a 30 de Outubro de 2013! Hoje, quando faria 66 anos, o recordamos com saudade. RIP!!!
Furriéis de Aldeia Viçosa: Rebelo, Guedes,
Amorim, Matos, Jesuíno Pinto e Brejo,
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV . 8423

Furriel Jesuíno Pinto
nasceu há 66 anos!

O furriel miliciano Jesuíno Fernandes Pinto, atirador de Cavalaria da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, nasceu há 66 anos, no dia 29 de Setembro de 1952. Faleceu a 3 de Maio de 
2017, vítima de doença.
Jesuíno Pinto
Chegou à 2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte do capitão Jo-
sé Manuel Cruz, em Agosto de 1974 e em rendição individual. Voltou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975 e fixou-se em Pa-
rada de Gatim, concelho de Vila Verde, a sua terra natal. Foi jogador de futebol, homem do associativismo local e profissional de rádio, passando os seus últimos tempos de vida, já muito precária,  numa instituição social de S. João de Areias do Vilar, em Barcelos. Hoje o recordamos com saudade! RIP!!!

quinta-feira, 27 de setembro de 2018

4 253 - A revolta da CCAÇ. 209/RI 21, a Companhia do Liberato!

Militares da CCAÇ. 209/RI 21, a da Fazenda do Liberato, numa progressão em picada do norte de
Angola, por terras do Uíge. Revoltaram-se a 27 de Setembro de 1974 e tentaram avançar sobre o Quitexe
O furriel José Oliveira, vagomestre, e o capitão Victor
 Correia (e esposa), comandante da CCAÇ. 209/RI 21, a
da Fazenda Liberato


O dia 27 de Setembro de 1974 foi dos mais difíceis e dramáticos da CCS do BCAV. 8423: o da revolta da Companhia do Liberato - a CCAÇ. 209/RI 21. 
Os medos e coragens desse inquietado dia já foram suficientemente narrados neste blogue, fazendo história desse  sábado de Setembro de há 44 anos, mui-
to encalorado e de muitos suores frios e temores de alma, e que tão tragicamente
Condutor Nogueira e o furriel Oliveira,
à direita, em casa do furriel Viegas
 (ao centro), em  Dezembro de 2012
poderia ter ficado na história do BCAV. 8423.
O Livro da Unidade faz-lhe breve referência: «Em 27 de Setembro, na sequência de outros incidentes in-
ternos, processaram-se na CCAÇ. 209 graves proble-
mas disciplinares, os quais passaram ao controlo do Comando do Sector do Uíge!»
A CCAÇ. 209/RI 21, aquartelada na Fazenda do Libe-
rato, era comandada pelo capitão miliciano Victor Correia, que se fazia acompanhar da esposa, uma se-
nhora holandesa. Era formada, essencialmente, por militares do recrutamento local (angolano) e especializados no Regimento de Infantaria 21, em Nova Lis-
boa - a actual cidade do Huambo, capital da província do mesmo nome. 
Os quadros de oficiais e sargentos milicianos eram principalmente militares eu-
ropeus, entre eles um amigo de escola dos furriéis milicianos Neto e Viegas, em Águeda: o José Marques de Oliveira, do Caramulo e furriel miliciano vagomestre que ao Liberato foi parar em rendição individual.
Ver AQUI
Coluna da CCAÇ. 209/RI 21


Comandante na Guerra
e Comando do Sector

O comandante Almeida e Brito esteve nesse dia 27 de Setembro no Comando do Sector do Uíge (CSU), logo pela manhã e para «contactos necessários ao bom andamento dos trabalhos militares», tal como já, de resto,  acontecera nos dias 21, 23 e 25. Mal imagina-
ria o tenente-coronel de Cavalaria do BCAV. 8423 o que a tarde desse dificí-
limo dia traria de preocupações à guarnição operacional do Quitexe.
A 26 de Setembro, na véspera, Carlos Almeida e Brito visitara a Fazenda Guer-
ra, «em convívio de amizade» e fazendo-se acompanhar de oficiais da CCS.
Catuna Santos, o
Tininho de Zalala

Catuna de Zalala
faria 66 anos !

O soldado Catuna dos Santos, o Tininho, da 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, faria 66 anos a 27 de Setembro de 2018. Terá falecido no Brasil, em data desconhecida.
Joaquim José dos Nascimento Catuna dos Santos era atirador de Cavalaria e morava em Albufeira, no Algarve, aonde regressou a 9 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar em Angola. Pouco mais sabemos dele, a não ser, por informação não conformada, que emigrou para o Brasil e lá faleceu, em data e circunstâncias desconhecidas.
Hoje, quando faria 66 anos, o recordamos com saudade, desejando que esteja vivo e de boa saúde! 

quarta-feira, 26 de setembro de 2018

4 252 - O Quitexe de hoje, o saudoso Quitexe de 1974/75, há 44 anos!

A vila do Quitexe em imagem de pormenor, recolhida do Google Earth. Estão assinalados os pontos que,
em 1974/75, foram espaços da guarnição dos Cavaleiros do Norte doa CCS do BCAV. 8423, a partir
da Igreja (à direita e em baixo) 

A Vila do Quitexe cresceu muito, desde 1974/75, anos da presença dos
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. À esquerda, em baixo, o bairro
habitacional construído pelo Governo Angolano, supomos que
relativamente próximo do cemitério


A vila do Quitexe cresceu, desde que os Cavaleiros do Norte lá se aquartelaram, de lá saindo a 3ª. CCAV. 8423 a 8 de Julho de 1975. A Companhia de Santa Isabel e a última guarnição que lá hasteou
teou a Bandeira Portuguesa.
A imagem de cima, obtida atra-
vés do Google Earth, mostra, em pormenor, alguns dos espaços que, nesse tempo, foram ocupa-
dos pelos Cavaleiros do Norte. 
A zona do edifício do Comando, da parada, das oficinas e da ca-
serna (na imagem identificada como quartel) não existe já co-
mo a conhecemos, eventual-
mente destruída pela guerra civil angolana.
de baixo mostra uma imagem do Quitexe actual, bem maior que o que conhecemos há 44 
Casas do bairro habitacional do Quitexe
anos. À esquerda e em baixo, vê-se o bairro habitacional de 200 fogos, cuja primeira fase (de 50) foi inaugurada já em 2015. No total, ocu-
pará uma área de 36,54 hectares e incluirá zo-
nas comerciais, infra-estruturas eléctricas e hidráulicas, espaços verdes, valas de drena-
gem, instituições bancárias e parques infantis.
As primeiras casas do bairro, que se vêem na foto mais abaixo e segundo en-
tão disse o Governador da Província do Uíge, Paulo Pombolo, foram construí-
das para acomodar funcionários públicos, professores, agentes policiais e até jornalistas que trabalham no município do Dange Quitexe.
A Fazenda Santa Isabel,
onde esteve o Castelo

Castelo de Santa Isabel,
66 anos em Fanhões !

O soldado Castelo, da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, festeja 66 anos a 26 de Setembro de 2018.
Graciano Letra Castelo, de seu nome completo, foi atira-
dor de Cavalaria e regressou a Portugal mo dia 11 de Setembro de 1975, de-
pois de jornadear por Santa Isabel, Quitexe e Carmona. Fixou-se em Fanhões, no concelho de Loures., onde ainda reside (na General Humberto Delgado) e para onde vai o nosso abraço de parabéns!
Casamento do condutor Miguel
Ferreira com o Casal Cruz, Mar-
garida e António, os padrinhos!

Miguel, condutor da CCS,
casou há 42 anos !

O soldado condutor Miguel da Cruz Ferreira, da CCS do BCAV. 8423, casou-se há 42 anos, na sua terra da Lomba de Gondomar.
A «graça» tem a ver com o padrinho, que foi o alferes miliciano António Albano Cruz, comandante do Parque-Auto da CCS: Assim, pois, dois Cavaleiros do Norte quietexanos, lá indo o oficial paraninfar o Miguel, acompanhando-se da sua «mais-que-tudo», a dra. Margarida Cruz, estimada Amazona do Norte por terras uíjanas do norte de Angola, médica e que por lá foi professora primária. 
Parabéns para o Miguel, que foi o organizador do encontro de 2019, da CCS, continua, este tempo todo depois, fiel ao seu amor jurado há 42 anos!

terça-feira, 25 de setembro de 2018

4 251 - Patrulhamentos entre Quitexe e Carmona para garantir itinerários!

O furriel miliciano Norberto Morais, que hoje festeja 68 anos em Vila Viçosa. Ao centro e no Parque-Auto
do Quitexe, ladeado pelos 1ºs. cabos Serra Mendes e Rafael Farinha (à esquerda) e Domingos Teixeira
(de tronco nu) e Orlando Teixeira. 
Os furriéis milicianos Neto e Viegas, de Operações  Espe-
ciais (Rangers) e do PELREC à chegada de mais uma pa-
trulha nas estradas do Uíge, entre Quitexe e Carmona

A actividade operacional dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, pelo mês de Setembro de 1974 fora, há 44 anos, man-
teve «permanentes patrulhamentos na ZA, nomeadamente nos pontos críticos em redor dos centros urbanos e dos aquartelamentos».
O livro «História da Unidade, de que nos socorremos, sublinha que esse apoio era prestado «aos povos apresentados e às diversas fazendas», assim como, por outro lado, «mereceu também a maior atenção a garantia da liberdade de trân-
A Zona Militar Norte (ZMN), em
Carmona, onde funcionava o Co-
mando do Sector do Uíge (CSU)
sito em todos os itinerários, com maior incidência para o itinerário entre o Quitexe e Carmona».
A operacionalidade exigida implicou que para «além de se aumentar o número dos patrulhamentos realizados, va-
riando-os no tempo e no espaço, passaram a ser diaria-
mente feitas operações stop». O objectivo destas opera-
ções era «efectivar o controlo dos passageiros e merca-
dorias em trânsito, destas nomeadamente armamento e munições». O que era feito principalmente na Estrada do Café, não só entre as duas localidades mas também para o lado de Aldeia Viçosa.
A 25 de Setembro de 1974, uma quarta-feira, o comandante do BCAV. 8423, o tenente-coronel de Cavalaria Carlos Almeida e Brito, deslocou-se à cidade de Carmona, para mais uma reunião de trabalho no Comando do Sector do Uíge (CSU), instalado no edifício da Zona Militar Norte (ZMN). Reunião para «con-
tacto necessários ao bom andamento dos trabalhos militares». Há 44 anos!
Norberto Morais
furriel mecânico

Furriel Morais, 68
anos em Elvas!

O furriel miliciano Morais, mecânico-auto do Parque-Auto da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, está em festa: comemora 68 anos a 25 de Setembro de 2018.
Norberto António Ribeirinho Carita de Morais é natural de Niza, da freguesia do Espírito Santo, e lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar no norte de Angola, por terras do Qui-
texe e de Carmona, no Uíge. Fez carreira profissional como quadro superior da Estação Nacional de Plantas, em Elvas - onde reside. Aposentado, não falta a um encontro da CCS e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
A Fazenda Santa Isabel, onde
esteve aquartelada a 3ª.  CCAV.

Canhoto, condutor,
faria 69 anos !

O soldado atirador de Cavalaria José Canhoto Pereira, da 3ª. CCAV. 8423, faria 69 anos a 26 de Setembro de 2018. Já faleceu, provavelmente no ano de 2015.
Natural de Colmeal da Torre, em Belmonte, e irmão do condutor Alípio Canhoto Pereira, da CCS, foi este quem nos deu as últimas notícias dele: esteve emigra-
do em França, casou e divorciou-se, teve dois filhos e faleceu vítima de doen-
ça cancerosa. Uma filha veio de França para o acompanhar nos últimos dias de vida. Hoje o recordamos com saudade. RIP!!!

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

4 250 - Comandante em Aldeia Viçosa e aliciamento aos trabalhadores do café!

O alferes miliciano António Albano Cruz, que hoje festeja 73 anos em Santo Tirso (ao centro e de bigode e óculos) em deslocação para assistência mecânica às subunidades do BCAV. 8423. Com o furriel miliciano Manuel Machado, mecânico de armamento (à direita)

Os alferes milicianos Jorge Capela e João Machado, o te-
nente-coronel Almeida e Brito (comandante do BCAV.
 8423) e o capitão miliciano José Manuel Cruz (coman-
dante da 2ª. CCAV.). Aqui, na festa de Natal de 1974

O dia 24 de Setembro de 1974, há 44 anos e pelas bandas do Uíge angolano, foi dia de visita a Aldeia Viçosa, onde se aquar-
telava a 2ª. CCAV. 8423, comandada pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. Vi-
sita do comandante Almeida e Brito e, como sempre, acompanhado de oficiais da CCS do BCAV. 8423.
O dia, uma 3ª.-feira, não foi de grandes novidades do imenso território angolano. Continuava o aliciamento dos traba-
lhadores da apanha do café, por parte dos movimentos de libertação, mas a acção dos Cavaleiros do Norte, embora muito discreta, foi conseguindo que se mantivessem a trabalhar nas fazendas - o que, directamente, tinha a ver com a economia regional. 
«É certo que este aspecto, aliás meramente administrativo, não tem ainda o significado (nem paralelismo) do existente em concelhos limítrofes, no entanto começa a tomar volume que se pode considerar elevado e que trará, forçosa-
mente, reflexos negativos no bom andamento do processo regressivo das tro-
pas e da descolonização», lê-se no livro «História da Unidade», do BCAV. 8423.
Os alferes milicianos Garcia e Cruz, respecti-
vamente comandantes do PELREC e do Parque-
-Auto. Em Setembro de 1974, na Fazenda Vamba


Alferes AA Cruz, 73
anos em Santo Tirso!

O alferes miliciano António Araújo de Sousa Cruz, oficial comandante do Parque-Auto da CCS e do BCAV. 8423, festeja 73 anos a 24 de Setembro de 2018.
Natural de Santo Tirso e licenciado em enge-nharia mecânica, ao tempo morava em Aldoar, no Porto, aonde voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano - onde se fez acompanhar pela dra. Margarida Cruz, a esposa (médica de formação e por lá professora primária), e o filho Ricardo.
Aposentado, depois de uma vida profissional intensa, reside em Santo Tirso, onde labora na sua quinta e para onde vai o nosso abraço de parabéns! 
Américo Rodrigues
furriel miliciano

Furriel Rodrigues de Zalala
faria 66 anos! RIP!!!

O furriel miliciano Rodrigues, da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, faria 66 anos a 24 de Setembro de 2018. Infelizmente, faleceu a 30 de Agosto de 2018, há menos de um mês.
Américo Joaquim da Silva Rodrigues especializou-se como ati-
rador de Cavalaria na Escola Prática de Santarém, onde já re-
crutara. Serviu os Cavaleiros do Norte de Zalala nesta especialidade e como vagomestre, já nos tempos do norte de Angola - o que lhe valeu louvor pú-
blico do comandante da 1ª. CCAV. 8423. Doença incurável roubou-o do nosso convívio - ele que era um dos grandes animadores dos encontros dos zalala´s -, deixando uma enormíssima e infinita saudade.
Hoje, quando festejaria 66 anos de vida, aqui fazemos memória de um grande companheiro nossa jornada africana do Uíge angolano. RIP!!!
Couto Soares

Soares da TRMS, 66 anos
na Póvoa do Lanhoso !

O soldado António do Couto Soares foi Cavaleiro do Norte das Transmissões, na CCS do BCAV. 8423, a Companhia do Quitexe, e comemora 66 anos a 12 de Setembro de 2018.
Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975, ao lugar e freguesia de Bru-
nhais, no concelho da Póvoa do Lanhoso. Esteve vários anos  emigrado e, já aposentado, divide o seu tempo entre as suas casas de Brunhais e da Suíça.
Para ele, onde quer que esteja, o nosso abraço de parabéns!


domingo, 23 de setembro de 2018

4 249 - Cavaleiros de Santa Isabel na Fazenda do Alto Lucunga e Quipedro!

O capitão José Paulo Fernandes, à esquerda, e o alferes
 alferes Carlos Silva, à direita, que há 44 anos foram para
o Alto Lucunga, achando «um 
erreno descampado,  
numa fazenda abandonada à pressa, algo inóspita  
e despovoada, sem ninguém mas com valas e  
trincheiras abertas». Ao centro, o alferes 
Jaime Ribeiro, da CCS, no Quitexe

Capitão Fernandes,
cmdt da 3ª. CCAV.,
 em Junho de 2018



O capitão miliciano José Pau-
lo Fernandes comandou a força da 3ª. CCAV. 8423, formada por dois grupos de combate que, a 23 de Setembro de 1974 - há 44 anos!... - foi em diligência ope-
racional para a Fazenda do Alto Lucunga: «Pediram reforço e
Alferes C. Silva
fomos, eu mesmo fui, com um grupo de combate e o grupo de combate do alferes milicia-no Carlos Silva», conta o co-
mandante da 3ª. CCAV. 8423.
A razão era simples: a com-
panhia lá estacionada e comandada por um capitão miliciano, que era arquitecto paisagista e do mesmo curso dos capitães Castro Dias, José Manuel Cruz e José Paulo Fernandes... - tinha sido emboscada, do ataque resultando com «muitos mortos», no rebentamento de uma mina. «Eu fui na viatura da frente e o que encontrámos foi um terreno descampado, num fazenda abandonada à pressa, algo inóspita e despovoada, sem ninguém mas com valas e trincheiras abertas, que felizmente nunca precisámos de usar», recorda-se o capitão José Paulo Fernandes, ainda acrescentando que «a Companhia que pedira ajuda recuou para o Songo e esperámos por ataques que felizmente não acontecerem».
A 3ª. CCAV. 8423 deslocara os dois grupos de combate para «reforçar a área do BC12», a pedido deste e por lá iria actuar, «enquanto a sua falta não tiver expressão no interior do Subsector».
Acabaram por estar deslocados nesta missão até 8 de Novembro desse ano e, segundo testemunho do furriel José Fernando Carvalho, também actuaram em Quipedro - por lá bem perto.

Mapa do norte (parcial)  de Angola, reconhecendo-se
a localização de Santa Isabel (a amarelo), Quitexe
(vermelho), Fazenda Além Lucunga (roxo) e Carmona 

Fazenda despovoada
no Alto Lucunga

Os dois grupos de combate dos Cavaleiros do Norte rodaram de Santa Isabel e iam avisados de que iriam «encontrar problemas», mas tam-

bém preparados para eles. Tinha de ser!
O capitão José Paulo Fernandes, 44 anos de- 
pois do inesquecível dia, lembra-se bem  que «felizmente, nada disso aconteceu».
A fazenda estava estranhamente despovoada, mas com muitos porcos, eram varas deles à solta e por lá aos montes, e galinhas perdidas, que os homens dos dois grupos de combate de Santa Isabel foram abatendo e comendo. 

 «Fizemos por lá grandes banquetes!...», recorda-se o capitão José Paulo Fernandes, soltando farto sorriso e ironizando sobre a situação, até que «cumprida a missão» voltaram os dois grupos de combate para a Fazenda Santa Isabel.
Mário Araújo

Araújo de A. Viçosa, 67
anos em Santo Tirso !

O operador-cripto Araújo, 1º. cabo da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, festeja 67 anos a 23 de Setembro de 2018.
Mário Novais de Carvalho Araújo, de seu nome completo, foi Cavaleiro do Norte do BCACV. 8423, mas do comando do capitão miliciano José Manuel Cruz, e era residente em Santo Tirso e lá voltou a 10 de Setembro de 1975.  Lá continua a viver, agora na Sampaio de Carvalho, e para lá vai o nosso abraço de parabéns