segunda-feira, 29 de outubro de 2018

4 285 - Apresentação, no Quitexe, de 6 combatentes armados da FNLA

Quinteto de furriéis miliciano dos Cavaleiros do Norte no bar de Sargentos do Quitexe: António Flora
 (atirador de Cavalaria da 3ª. CCAV.), Luís Costa (Sapadores), Agostinho Belo (vagomestre da 3ª. CCAV.),
Francisco Bento (Operações e Informação, da CCS) e Joaquim Abrantes (adido à CCS)
Cavaleiros do Norte de Zalala, todos furriéis milicianos:
Jorge Barata, atirador (falecido a 10/10/1997, de doença
e em Alcains), José Louro e José Nascimento, vagomestre 

(emigrado nos Estados Unido), na Gruta do Quijoão

O acontecimento de «maior relevo» do dia 29 de Outubro de 1974, há 44 anos!, na zona de acção dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, foi a apresentação, no Quitexe, de «um grupo de 6 elemento armados da FNLA, dizendo pertencerem ao «quartel» Aldeia e comandados pelo sub-comandante João Alves».
A apresentação não foi surpresa de maior para a guarnição (e muito menos para os oficias do Comando do BCAV.) e foi feita por volta das 17,30 horas da tarde, já com a noite angolana a entrar. «Contactaram, neste Comando, o Comandante do BCAV. e a autoridade administrativa local, com vista ao esclarecimento de actividades na Serra do Quibinda», reporta o livro «História da Unidade», precisando que os apresen-
tados, e quanto a tais actividades, «julgavam ser das NT mas que facilmente se concluíram ser de elementos estranhos, que procuram, certamente, criar um clima de desconfiança local, entre a FNLA e as NT».
Notícia do Diário de Lisboa de 29/10/1974,
sobre a situação política angolana

FNLA acusa Portugal
de favorecer o MPLA

A desconfiança não era casual, porém, ou se-
quer localizada. Na verdade e num comunicado na véspera divulgado em Kinshasa, capital do Zaire, o movimento de Holden Roberto «denuncia(va) vigorosamente as mano-
bras de certos membros influentes da Junta Governamental de Luanda, que consistem em encorajar, através da rádio e dos jornais, a campanha política, ou de difamação e descrédito de um certo movimento contra os outros e ameaçar oficialmente qualquer órgão de imprensa que se disponha a dar infor-
mações sobre a FNLA».
O movimento liderado por Holden Roberto, que tinha no Uíge (a zona de inter-
venção operacional do BCAV. 8423) a sua principal área de influência militar, afirmava também «não reconhecer à Junta Governamental de Luanda poder político para discutir o futuro de Angola com os movimentos de libertação».
O comunicado da FNLA acrescentava, por outro lado, que «as negociações para independência devem fazer-se, portanto, ao nível de Lisboa».
O Clube do Quitexe fica(va) na
Estrada do Café (a Rua de Cima

Cinema no Quitexe 
para as populações !

O dia 29 de Outubro de 1974 foi uma terça-feira e tempo para a apresentação do filme que rodara para as guarnições dos Cavaleiros do Norte, desta feita em «sessão orientada para as populações».
A iniciativa decorrera entre 10 e 23 desse mês, no Quitexe, Zalala, Aldeia Vi-
çosa e Santa Isabel, provavelmente também em Vista Alegre (para a CCAÇ. 4145) e era dinamizada no «âmbito das actividades de acção psicológica»,  para as NT, mas a 29 de Outubro para a comunidade civil da vila quitexana e arredores, no Clube do Quitexe.
H. Carneiro

Carneiro de Zalala, 66
anos em Amares !

O soldado Carneiro, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a da  Fazenda de Zalala e do capitão miliciano Castro Dias, festeja 66 anos a 30 de Outubro de 2018. Em Amares, no Minho.
Horácio do Sacramento Lopes Carneiro integrou o 2º. Grupo de Combate, comandado pelo alferes miliciano Carlos Sampaio, com os furriéis milicianos Eusébio Martins, Mota Viana (depois João Rito) e Plácido Queirós e é natural de Pousadela, freguesia de Monsul, na Póvoa do Lanhoso. Esteve muitos amos emigrado na Suíça e reside agora em Ferreiros, no concelho de Amares. Para lá vai o nosso abraço de parabéns! 

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