quinta-feira, 25 de outubro de 2018

4 281 - O adeus das CCAÇ´s 2019 e 4145 ao Liberato e a Vista Alegre!

Coluna-auto da CCAÇ. 209/RI 21 em progressão na picada que ligava a Fazenda do Liberato à Estrada do
Café (que liga Luanda à capital do Uíge) e, por esta, à vila Quitexe e à cidade de Carmona (para norte) e
Aldeia Viçosa (para nascente)
Monumento de evocação dos militares mortos em combate
na Fazenda do Liberato, no norte de Angola

O distante dia 25 de Outubro de 1974, uma sexta-feira da há já 44 anos,  foi tempo, por terras do Uíge angolano, da «anunciada remodelação do dispositivo» no que ao Subsector do BCAV. 8423 dizia respeito.
O livro «História da Unidade», de que nos socorremos, relata  que «abandonam o Subsector a CCAÇ. 209, a qual regres-
sará à sua sede a 8 de Novembro, e a 
O condutor Nogueira da Costa,  do Liberato,
e o atirador de Cavalaria Dionisio Baptista, do
 PELREC da CCS do BCAV. 8423,
 em Setembro de 2018 e no Seixal
CCAÇ. 4145, a qual, a partir de Novembro, se vai instalar no Sector Luanda»
A CCAÇ. 209, do Regimento de Infantaria º. 21 (RI 21), aquartelado em Nova Lisboa (actual cidade do Huambo), era principalmente formada por militares angolanos, embora com quadros maioritariamente europeus. Era comandada pelo capitão Victor Almeida que, segundo o furriel José Marques de Oliveira, vagomestre do Libera-
to, tivera promoções militares muito  rápidas, de alferes a tenente e logo a capitão miliciano e era 
O furriel José Oliveira e o capitão Victor Almeida,
com a esposa. Dois «caçadores» da 209/RI 21 da
Fazenda do Liberato, no Uíge angolano
muito popular por ser vocalista de um famo-
so grupo musical da época. Era algarvio e casado com uma senhora holandesa.

Quadro de oficiais
da CCAÇ. 209/RI 21

A CCAÇ. 209 ficou associada à CCS do BCAV. 8423, a partir de 6 de Junho de 1974, e a ela  pertenceu o condutor José Luís Nogueira da Costa (habitual colaborador deste blogue).
O quadro de oficiais, todos milicianos, era o seguinte: 
- VICTOR. Victor Corrêa de Almeida, capitão de Infantaria e comandante da Companhia. 
- SERENO: José Adalberto Sereno de Castro e Melo, alferes. De família de Águe-
da e engenheiro químico, morava em Nova Lisboa. Agora, na zona de Viseu. O pai era  o engº. Castro Melo, que foi director geral dos Caminhos de Ferro de Benguela e faleceu, com a esposa, num acidente de viação, em Nova Lisboa, tinham cerca de 50 anos e eram pais de 8 filhos.

- PEIXINHO. José Carlos Peixinho, alferes e en-genheiro mecânico, era do Lobito.
- PEREIRA. Nelson Pereira, alferes, era de Sá da Bandeira.

- SPOSSEL. Carlos Manuel Morbey de Oliveira Spossel, alferes. Morava em Luan-da, filho de mãe americana e pai português, quadro superior dos Caminhos de Ferro de Benguela.
Olímpio Carvalho, que por lá foi 1º. cabo de transmissões e é bancário aposen-

tado, foi quem nos indicou estes dados. Tinha ido para Angola aos 4 anos e por lá ficou até 1979, já como bancário, no Banco Totta. Mora em Mirandela.

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