Os dias de Dezembro de 1974, já la vão 44 anos!..., iam sendo riscados no calendário, um atrás de outro, estava cada vez mais próximo no Dia de Natal e os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 continuavam expectantes quanto ao processo de descolonização de Angola, que parecia andar a «emperrar» nas negociações entre os três movimentos de libertação.
A FNLA, em Paris, e pela voz de Pakou Zola, seu representante na Europa e em declarações à Agência Reuters, acusava o MPLA e, em particular, o seu presidente - o médico Agostinho Neto -, de «ter feito todos os possíveis para criar dificuldades de última hora» à realização da Cimeira entre os três movimentos.
O mesmo dirigente do movimento presidido por Holden Roberto, que falava na capital francesa, acrescentou que FNLA e UNITA já tinham chegado a acordo sobre a frente comum de formação do Governo de Transição de Angola, «faltando agora apenas a unificação do MPLA».
A tempo, e ainda citando Pakou Zola, a China e a Roménia prestavam «apoio sincero e desinteressado» à FNLA, enquanto a União Soviética apoiava «uma das facções do MPLA». «Estamos muito preocupados cm a política da União Soviética em relação a Angola, a qual poderá conduzir a uma guerra fratri-
cida», disse o dirigente da FNLA para a Europa.
O major Almeida e Brito, o tenente coronel António Amaral, comandante do BCAV.1917, e, à direita, o comandante da CCAÇ. 1306, a do Liberato. Foto do Blog do César |
Almeida e Brito
no Quitexe !
O tenente-coronel Carlos Almeida e Brito voltou ao Quitexe por estes dias de Dezembro de 1974, depois das férias em Portugal e retomando o comando do BCAV. 8423.
Curiosamente, a 17 de Dezembro mas de 6 anos antes (em 1968) deixou o Quitexe, onde, com a patente de major, tinha sido oficial de opera-
ções do BCAV. 1917 - a que, em rendição indivi-
dual, chegara a 24 de Janeiro de 1968.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, depois da jornada angolana do Uíge, foi co-
mandante da Polícia Militar (PM) em Lisboa, 2º. comandante da Região Militar Centro, em Coimbra; comandou a Região Militar Sul, em Évora, e foi 2º. comandante geral da GNR. Talvez tenha exercido outras funções, não sabemos.
Atingiu a patente de general e faleceu de doença súbita, durante uma viagem turística a Espanha, no dia 20 de Junho de 2003. RIP!!!
Manuel Mendes, 1º. cabo de AV |
Mendes de Aldeia Viçosa, 66
anos nas Termas de Monfortinho!
O 1º. cabo Mendes, a 2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa, festeja 66 anos a 17 de Dezembro de 2018.
Manuel de Jesus Mendes, é este o seu nome completo, foi atira-
dor de Cavalaria e louvado «pelas qualidade militares demons-
tradas em todos os momentos da sua vida militar, sendo de destacar a serenidade mostrada em todas as acções em que esteve empenhado».
O louvor foi publicado na OS 170 e sublinha que era «disciplinado, camarada, pondo em todos os serviços a maior dedicação», pelo que «tornou-se digno da estima de todos que com ele provavam».
O Mendes é de Termas de Monfortinho, do município de Idanha-a-Nova, aonde regressou a 10 de Setembro de 1975. Por lá faz a sua vida familiar e profissional e para lá vai o nosso abraço de parabéns!
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