sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

4 334 - Alto Comissário em Lisboa, expectativas no Uíge angolano!

Cavaleiros do Norte em momento de pose africana: 1ºs. cabos Alfredo Coelho (Buraquinho) e Victor Florindo,
da CCS, do Quitexe, e Eduardo Pedro Tomé, soldado condutor (por lá conhecido como o Sintra, ou o
Mercedes, que amanhã festeja 66 anos), e Victor Vicente, 1º. cabo apontador de morteiros, ambos da
2ª. CCAV. 8423, a dos Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa
Quitexe, véspera de Natal de 1974: os furriéis milicianos
 Cândido Pires (em primeiro plano), Agostinho Belo (de
 óculos), Viegas e José Carlos Fonseca (de bigode)

O Alto Comissário Português em Angola, o almirante António Alva Rosa Coutinho considerou «histórico e vital» o acordo há 44 anos celebrado, na cidade do Luso, em Angola, entre os presidentes Agostinho Neto (do MPLA) e Jonas Savimbi (da UNITA), sublinhando, embora, que «só ficarei descansado quando vir reunidos no território de Angola, os presidentes dos três movimentos».
O Alto Comissário Rosa Coutinho, ladeado pelos
 presidentes Agostinho Neto (do MPLA, à es-
querda), e Jonas Savimbi (da UNITA)
«O que se está a tratar não é tanto do estabelecimento de uma frente comum, como do processo de independência de Angola», disse Rosa Coutinho, que falava em Lisboa, chegado de Luanda em vésperas do Natal de 1974 e para «conversações com as autoridades centrais»
Ainda voltaria a Angola antes do Natal desse ano de 1974 - já lá vão 44 anos!!!!... - e, nas declarações à imprensa lisboeta, disse também que estava «confiante na realização da cimeira dos três movimentos ainda antes do final do ano». Como hoje se sabe, tal não viria a acontecer, mas a esse momento existia essa esperança. 
Quanto à formação do Governo de Transição de Angola, que então muito se expectava, o Alto Comissário manifestou-se, todavia, menos confiante: «Sou optimista mas não tanto», disse Rosa Coutinho, sobre a possibilidade de antes do final de Janeiro de 1975, se formar o dito Governo.
Os Cavaleiros do Norte continuavam a sua missão por terras do Uíge angolano e muito expectantes quanto ao processo de descolonização de Angola. Dia a dia, iam riscando dias no calendário e, sem quaisquer reservas, a cumprir a sua nobre missão de dar ensejo ao processo de descolonização de Angola. 
Eduardo Tomé

Tomé de Aldeia Viçosa
faz 66 anos em Sintra !

O soldado condutor auto-rodas Eduardo Pedro Tomé, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 66 anos a 22 de Dezembro de 2018.
Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa e depois de Carmona, re-
gressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua jornada militar em Angola e fixando-se em Alvarinhos, na freguesia de S. João das Lampas, em Sintra, onde então residia. Mora agora no Largo do Saibro, em Alvarinhos, também no município de Sintra, para onde vai o nosso abraço de parabéns!

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