quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

4 345 - O primeiro dia da cimeira angolana visto das terras uíjanas!

Cavaleiros do Norte da CCS do BCAV- 8423. De pé, Cabrita, 1º. cabo Emanuel, NN e 1º. cabo João Cardoso.
Sentados, 1º. cabo Luciano Borges, António Amaral, António Calçada e 1ºs. cabo Victor Vieira (Sacristão)
e Fernando Martinho Grácio, que amanhã faz 65 anos, em Amor (Leiria) 

Cavaleiros do Norte no encontro de Mortágua, em 2015:
Raúl Caixarias, Francisco Madaleno, Fernando Grácio
e António Silva (à frente) e, mais atrás, Delfim Serra,
 Henrique Esgueira e furriel Francisco Neto

A Cimeira do Alvor começou a 10 de Janeiro de 1975 e, pelas bandas do Uíge do Angola, onde jornadeavam os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, era grande a expectativa mas poucas as noticias que la chegavam. A informação desse tempo não tinha a rapidez de agora.
A mais rápida chegava através da onda curta da Emissora Nacional (a actual RDP), que se escutava mal por lá e,
A revista NOTICIA de 11
de Janeiro de 1975
por isso mesmo, não permitia grandes conclusões sobre o andamento dos trabalhos. A cimeira, lê no livro «História da Unidade», «polarizou todas as atenções», é verdade, mas sobre o que se passou neste dia de há 44 anos, chegou a confirmação que Rosa Coutinho, afinal, não integrava a delegação portuguesa e que, na primeira sessão plenária da cimeira e de acordo com o Diário de Lisboa, «as delegações ter-se-ão limitado a ratificar os acordos emergentes da plataforma comum acordada na pré-cimeira» - a de Mombaça. E que há 44 anos foram apresentados à Delegação de Portugal.
Outra novidade, e até algo estranha e surpreendente, foi o «apagamento» interventivo dos ministros Mário Soares (Negócios Estran-
geiros) e António Almeida Santos (Coordenação Inter-Territorial).
O comunicado final sobre os trabalhos do dia 10 de Janeiro de 1975, o primei-
ro da cimeira, referia que «houve reuniões entre todos os participantes nas conversações e que a vários níveis e por diversas formas foram abordados, preliminarmente, alguns aspectos relacionados com aspectos de fundo». 
O comunicado relatou também «a cordialidade e franca compreensão na pro-
cura de soluções para os problemas inerentes à descolonização de Angola».
Grácio e furriel Viegas,
em Amor e em 2015
F. Grácio
em 1975

Grácio, 1º. cabo da CCS, 66
anos em Amor de Leiria !

O 1º. cabo Grácio, sapador da CCS, era um dos «caçulas» dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423. Voluntário e que, a 11 de Janeiro de 1975, festejou 21 anos. Nascido a 11 de Janeiro de 1954.
Fernando Martinho Grácio integrou o Pelotão de Sapadores mas foi o responsável pelo depósito de géneros da CCS, no Quitexe, e por lá se notabilizou como guarda-redes de futebol. Regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se no seu natal Casal dos Colares, povoação da freguesia de Amor, no município e arredores de Leiria.
Trabalha na área da construção civil e horticultura e lá mora, para lá indo o nosso abraço de parabéns, pelos 65 anos que festeja a 11 de Janeiro de 2019! 

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