quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

4 365 - O comandante Almeida e Brito duas vezes por terras do Uíge!

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 em Aldeia Viçosa: furriel José Fernando Melo, alferes Jorge Capela
e João Machado, comandante Carlos Almeida e Brito (do BCAV. 8423) e capitão José Manuel Cruz,
comandante da 2ª. CCAV. 8423
O então major Almeida e Brito, em 1968, o
 tenente-coronel A. Amaral e o comandante
da CCAÇ. 1306, na Fazenda do Liberato


O tenente-coronel Almeida e Brito comandou o Batalhão de Cavalaria 8423 na sua jornada africana do Uíge angolano, com CCS aquartelada no Quitexe, mas já antes estiveram nesta ZA como oficial de operações do BCAV. 1917.
Major de Cavalaria, ao tempo, chegou à vila uíjana a 30 de Janeiro de 1968 há precisamente 51 anos, indo render um camarada de armas em fim de comissão, passando a integrar o BCAV. 1917, comandado elo tenente-coronel António Amaral.
Uma das informações que retemos da nossa chegada ao Quitexe, a 6 de Junho de 1974, era a popularidade que lá criou entre a comunidade civil, é verdade, mas principalmente nas fileiras dos combatentes dos movimentos de libertação de Angola e do povo autóctone. Conhecido, então, por o Cavaleiro das Barbas - numa alusão, supomos, da sua extensão capilar facial.
Carlos José Saraiva de Lima Almeida e Brito, oficial de Cavalaria e comandante do BCAV. 8423 (era tenente-coronel) atingiu a patente de general e comandou a Polícia Militar de Lisboa (após o regresso a Lisboa) e a região Militar Sul, sendo 2º. comandante da Região Militar Centro e da GNR, entre outros altos cargos militares. Faleceu a 20 de Junho de 2003, subitamente, aos 76 anos e já aposentado, no decorrer de uma viagem turística a Espanha.
Hoje o recordamos com saudade! RIP!!
Convívio entre civis e militares do Quitexe. O terceiro a
 contar da esquerda é José Morais, conterrâneo de dois
Cavaleiros do Norte: os furriéis milicianos Neto e Viegas

Governo de Transição
de Angola, há 44 anos!

Há 44 anos e por terras de Angola, a grande expectativa de todos era a toma-
da de posse do Governo de Transição, marcada para o dia seguinte, 31 de Janeiro de 1975.
Os Cavaleiros do Norte continuavam se-
guros e garbosos, garantindo a segu-
O casal Morais do Quitexe de 1974/75, conter-
râneos do furriéis milicianos Neto e Viegas,
todos naturais de Águeda
rança de pessoas e bens e acautelando exageros que cometiam homens armados dos movimentos de libertação, que antecipadamente se achavam «novos donos» do chão angolano.
Os seus exageros tinham atenta observação e intervenção dos militares do BCAV. 8423, ao tempo principalmente pelos espaços urbanos de Quitexe, Aldeia Viçosa e Vista Alegre/Ponte do Dange mas também por qualquer sanzala/ta-
banca onde fossem solicitados.
Outro convívio entre civis e militares do Quitexe.
José Morais é o segundo da esquerda
Hoje, 44 anos depois, não há dúvidas e dizemo-lo com orgulho: muitas vidas se pouparam pela intervenção imediata dos Cavaleiros do Norte em sucessi-
vos incidentes que ameaçaram a vida de muita gente, de todas as cores e credos. Sem medos e com a coragem de quem nada deve(ia) a ninguém - antes cumprindo a nobre missão de proteger as raízes do país novo que ia nascer!
A intimidade civil-militar que na ZA do BCAV. 8423 tinha crescido em mais e multiplicados afectos, pelo efeito da acção social e pedagógica do comandante Almeida e Brito, medrou nestes tempos de interrogações civis mas de afirmação dos valores militares! Temos orgulho nisso!
O blogue era conterrâneo de um casal de comerciantes quitexanos: José Morais (que faleceu aos 54 anos) e Esmeralda, que tem 90 anos e, infelizmente, sofre de um mieloma múltiplo dos ossos. Vive com uma das duas filhas - a São Morais, em Valongo do Vouga (Águeda). A Lurdes é enfermeira e reside em Lisboa.

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