domingo, 24 de março de 2019

4 420 - Capitão Themudo no comando interino dos Cavaleiros do Norte!

Cavaleiros do Norte na varanda interior do edifício do Comando do BC12, em Carmona, ano de 1975:
alferes miliciano João Francisco Machado e capitães José Paulo Falcão, oficial de operações, e José
Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423
O agora aposentado coronel de Cavalaria José Diogo
Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423

O capitão José Diogo Themudo assumiu o comando interino do CAV. 8423 a 24 de Março de 1975, substituindo o tenente-coronel Almeida e Brito.
José Diogo da Mota e Silva Themudo tinha chegado dias antes a Carmona e era o 2º. comandante dos Cavaleiros do Norte, cargo vago desde as vésperas do embarque para Angola (em finais de Maio de 1974), quando o major de Cavalaria José Luís Jordão Ornelas Mon-
teiro foi «desviado» para Bissau, por ordem do MFA e para servir no Comando Chefe das Forças Armadas da Guiné.
José Diogo Themudo seguiu a carreira militar, naturalmente, e atingiu a paten-
te de coronel, residindo em Lisboa, aposentado e dedicado às causas eques-
tres. E louvado, em Angola, «pelas elevadas qualidade militares demonstradas no desempenho das funções de 2º. comandante do BCAV. 8423».
O louvor proposto pelo comandante Almeida e Brito e atribuído pelo brigadeiro comandante do Comando Territorial de Carmona, destaca, também, «a maior ponderação, coragem, espírito de missão e de sacrifício» quando o BCAV. 8423 foi chamado a intervir no «grave conflito armado entre movimentos de liberta-
ção» - em Carmona e nos trágicos primeiros 6 dias de Junho de 1975.
«Chamado a comandar interinamente a Unidade (...), soube obter o melhor rendimento do escasso pessoal de que dispunha e, ao mesmo tempo, accionar a segurança a elevado número de refugiados que solicitaram a protecção das NT», sublinha o louvor, publicado na Ordem de Serviço nº. 174, também enfatizando «as qualidades morais e as suas verdadeira qualidades militares, ao mesmo tempo que para os seus superiores garantiam uma inteira e leal colaboração».
A. Carvalho
de S. Isabel

Carvalho de Santa Isabel,
ao fim de quase 44 anos !

O Carvalho atirador de Cavalaria «ressuscitou» na memória dos Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423. «O meu comandante de pelotão era o alferes Pedrosa de Oliveira», comentou este antigo combatente de Santa Isabel.
Armando Moreira de Carvalho, é este o seu  nome completo, pas-
sou também pelo Quitexe e por Carmona na sua jornada africana de Angola, e regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975, fixando-se em Bidoeira de Cima, em Leiria - a sua terra natal. Emigrou para o Reino Unido em 2002 e lá se encontra, agora já reformado, desde 2017.
«Gostava de encontrar companheiros da 3ª. CAV. 8423», escreveu ele, em resposta ao contacto do blogue «Cavaleiros do Norte | Quitexe - e lembrando o saudoso Grácio, o Spínola, que morreu de acidente de viação, entre o Quitexe e Carmona. Pois aqui fica aberta a porta para esses reencontros.
P. Malheiro e esposa na
Lomba de Gondomar (2015)
P. Malheiro
em 1974/75

Malheiro, o caçula, 64
anos em Santo Tirso !

O 1º. cabo Malheiro era o mais novo (o caçula) Cavaleiro do Norte do BCAV. 8423 e jornadeou nas oficinas-auto da CCS, no Quitexe e em Carmona. Festeja 64 anos a 24 de Março de 2019.
Porfírio Tomás Malheiro de Jesus foi especialista de reparação e manutenção de material, às ordens do (seu) conterrâneo alferes miliciano António Albano Cruz. Tinha 19 para 20 anos, nesses já distantes anos de 1974 e 1975.
Regressou a Portugal a 8 de Setembro de 1975 e fixou-se no lugar de Foral, por terras da freguesia e concelho de Santo Tirso, e por lá tem feito vida, agora a morar na cidade. É motorista de transportes internacionais e para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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