Os furriéis milicianos José Monteiro e João Peixoto nas traseiras da messe do Bairro Montanha Pinto, em Carmona, Março/Abril de 1975 |
O comandante Car-
los Almeida e Brito deslocou-se ao Ne-
gage no dia 11 de Abril de 1975, onde visitou a CCAÇ. 4741/74, ali aquar-
telada e desde 17 de Março «opera-
cionalmente depen-
dente» do BCAV. 8423.
O furriel Mota Viana, à direita, a tocar viola e em Zalala, com o 1º. cabo enfermeiro Victor Cunha |
res açorianos, com quadros continentais e, entre eles, o furriel João Domingos Faria Taveira de Peixoto, que por moti-
vos disciplinares foi transferido para a CCS do BCAV. 8423, ainda no Quitexe.
Ainda esteve em Carmona, no BC12, e rodou depois para Cabinda, de onde regressou a Portugal.
Ao tempo de há 44 anos, quem estava na CCAÇ.4741/74 era o Mota Viana - furriel
Almeida e Brito |
miliciano atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala, que daqui saiu em Outubro de 1974, também por razões disciplinares. Curiosamente, ambos são de Braga, cidade onde ainda vivem e colhem os frutos de uma vida de trabalho - ambos já em gozo de reforma merecida.
A CCAÇ. 4741/74 aquartelou-se inicialmente em Santa Cruz, mesmo junto à fronteira com o Zaire (actual República Demo-
crática do Congo), antes de se mudar para Sanza Pombo e mais tarde para o Negage, acabando no BC12, antes de regressar a Portugal.
O então tenente-coronel (futuro general) Carlos Almeida e Brito, nesta visita operacional ao Negage e à CCAÇ. 4741/74, há 44 anos, fez-se acompanhar pelo capitão José Diogo Themudo, 2º. comandante do BCAV. 8423.
O jornal A Província de Angola |
Imprensa amordaçada
e mais de 200 mortos
na «calma» Luanda!
A capital Luanda, há 44 anos, era uma cidade calma, embora expectante, muito expectante..., quanto ao futuro próximo do país que estava para nascer, «não se tendo registado confrontos nas últimas 24 horas».
O jornal «A Província de Angola» foi novamente suspenso a 11 de Abril de 1975 e multado em 100 contos «desta vez por ter publicado na segunda-feira um artigo em que acusava o MPLA de matar soldados da FNLA, com metralhadoras recebidas da União Soviética, o que não tem qualquer fundamento», segundo noticiava a Agência Reuters.
Luanda era uma cidade calma nesse dia de há 45 anos, é verdade, mas ainda es-
tavam bem frescas na memória as recentes «confrontações entre MPLA e FNLA, combates em que morreram mais de 200 pessoas», como recordava o Diário de Lisboa. Jorge Valentim, alto dirigente da UNITA - que se mantinha neutral e fora desses combates - admitiu em Luanda os seus receios de que «a violência possa evoluir para uma guerra civil». Por isso mesmo, anunciou que o seu movimento iria «formar comités de paz e organizar um, sindicato nacional», medidas que considerou «contribuírem para suster a violência em Angola».
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