sábado, 20 de abril de 2019

4 447 - Incidentes no Negage e «cimeiras» NT/movimentos...

Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423. Sentados, os alferes Domingos Carvalho e João Machado, capi-
tão José Manuel Cruz Cruz, alferes Jorge Capela e furriel José Fernando Melo, todos milicianos. De pé e à
 direita, João Rito, que hoje faria 67 anos e faleceu a 1 de Março de 2016 . Alguém identifica os outros dois?
Aniano Tomás, condutor da 2ª. CCAV. 8423,
na parada do BC12, em Carmona

O dia-a-dia angolano do Uíge de há 44 anos continuava mais ou menos calmo, mas repetindo-se incidentes, avulsos, entre os homens armados dos movimentos de libertação, desejosos de marcar posição no território político. Só que pela força das armas...
A intensa actividade desenvolvida nos patrulha-
mentos de longo curso não eram alheios à acal-
mia, que mais ou menos estabilizava a vida colec-
tiva. Assim como os serviços de «policiamento» permanentemente desenvolvidos nas malhas ur-
banas - ora em Carmona, principalmente, ora no Negage, no Songo, no Quitexe e em em Vista Alegre/Ponte do Dange, por onde ainda estavam activos aquartelamentos militares portugueses.
A 20 de Abril de 1975, porém, essa estabilidade foi quebrada no Negage, o que, segundo o relato do livro «História da Unidade», «obrigou à realização de uma reunião conjunta com a FNLA, de modo a obter uma mentalização do que deverá ser a missão das NT e dos Exércitos de Libertação neste período que decorre até à independência».
O que andava em causa, na pratica, era uma questão de autoridade e soberania: que ainda era totalmente responsabilizada às Forças Armadas Portuguesas. O que, valha a verdade, não era muito bem aceite pelos movimentos de libertação - que entre eles também não se entendiam.

Almeida e Brito
Comandante Almeida e Brito
na CCAÇ. 4741, no Negage !

O comandante Carlos Almeida e Brito deslocou-se ao Negage no dia 20 de Abril de 1975, na «continuação das visitas às subunidades» então operacionalmente dependentes do BCAV. 8423.
Lá estava aquartelada a CCAÇ. 4741/74 e o dia, como acima se lê, coincidiu com os incidentes  desta cidade, o que obrigou à realização da sobredita reunião conjunta, com a FNLA, com vista a «encontrar entendimentos entre os movimentos». O que, valha a verdade, não era nada fácil. Bem pelo contrário! Eram bem conhecidas as suas diferenças políticas, cada vez mais «discutidas» pelas armas.

João J. Rito e esposa, no
encontro do Fundão (2013)

Rito de Aldeia Viçosa
faria 67 anos !

O atirador de Cavalaria Rito, Cavaleiro do Norte da 2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa, faria 67 anos a 20 de Abril de 2019. Faleceu a 1 de Março de 2016.
João Jerónimo Rito, de seu nome completo e ao tempo residente em Castelo Branco, lá voltou no final da sua comissão militar em Angola e por lá fez toda a sua vida familiar e profissional, sendo sempre participante activo  dos encontros dos Cavaleiros do Norte comandados pelo capitão miliciano José Manuel Cruz. 
Doença incurável «roubou-o» do convívio terreno, falecendo a 1 de Março de 2016,  na sua Castelo Branco natal. Hoje, com saudade, aqui fazemos a sua memória, recordando um bom companheiro dos tempos angolanos! RIP!!!

Gonçalves, cripto de Santa Isabel,
67 anos em Oliveira de Azeméis!

O 1º. cabo Gonçalves, operador-cripto da 3ª. CAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel e do capitão miliciano José Paulo Fernandes, comemora 67 anos a 20 de Abri de 2019.
Abílio Pimenta Gonçalves, de seu nome completo, é natural do lugar de Costa, da freguesia e vila de Cucujães, do município de Oliveira de Azeméis. Lá vol-
tou a 11 de Setembro de 1975, quando terminou a sua comissão angolana, e lá supomos que continuará a viver. Para ele vai o nosso abraço de parabéns!

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