Os Cavaleiros do Norte da 3ª. CCAV. 8423, do BCAV. 8423 e da Fazenda Santa Isabel,
reunidos no Fundão, a 1 de Junho de 2019. Um grande dia!
|
O furriel José Lino, organizador do encontro, e o capitão José Paulo Fernandes, comandante da 3ª. CCAV. 8423 |
Os Cavaleiros do Norte da CCS e da 3ª: CCAV. 8423 «mataram» saudades e confortaram as almas nos encontros de ontem: a CCS em Rans, no município de Penafiel, a 3ª. CCAV. 8423 no Fundão.
«Foi um dia maravilhoso, que correu completamente bem, que me deixou muito, muito feliz, muito satisfeito...», disse José Lino, o Cavaleiro de Santa Isabel, impecável organizador deste encontro, que, há 44/45 anos e pelo norte de Angola, pelo Uíge, jornadeou como
Os furriéis Querido (de óculos) e Lino (de costas) e os alferes Mário Simões e Pedrosa de Oliveira |
industriais e comerciais pela raia de Espanha e também por este vizinho país fora.
Os «santaisabéis» começaram a chegar cedo, bem cedo..., ao Fundão e a «espreitar» as cerejeiras da zona, indo de um pouco de todo o lado de Portugal, sem medos ao calor que se sentia, como medo nunca tiveram durante os 15 meses
Os furriéis Gordo e Cardoso |
«Fomos à volta de uma centena de pessoas, uma grande família, tudo gente muito boa, todos muito bons companheiros», disse o José Rodrigues Lino, sem esconder a alegria de «ter tantos e tão bons amigos» da epopeica missão em Angola, neste encontro do Fundão. E, certamente, a lembrar-se do furriel Luís Gordo, alentejano de Alter do Chão que há algum tempo não aparecia. Ou do furriel Belo e do 1º. cabo Deus, que a vida «roubou» ao encontro de 2018, na Bairrada. (continua)
O furriel Francisco Bento e o sapador Manuel Dias, 44 anos depois ! E felizes! |
Furriel Bento e sapador
Dias, os debutantes!
Os Cavaleiros do Norte da CCS, ao mesmo tempo, desmultiplicavam-se em abraços que mataram saudades e cimentam o enormíssimo e vivo espírito de solidariedade que Angola fez nascer e se sente até aos dias de hoje. E pelo futuro vai continuar.
O debutante Albino Dias, com os furriéis Viegas (à esquerda) e Neto (a boleia dos três) |
nheiros que debutaram no encontro dos Cava-leiros do Norte, dois Cavaleiros do Norte que não víamos desde 1975.
O Bento, da Secção de Operações e Informa-ções, lá pelo Quitexe, e a quem todos lembra-
ram o seu inimitável papagaio e o asneiredo que todos lhe ensinámos, veio de França, com a esposa Cecília. «Estou contente, muito contente, por encontrar esta malta toda...», disse o Bento, debaixo do cúmplice e feliz olhar de «madame» Cecília, a sua «mais-que-tudo»
O Albino Dias, de Oliveira de Azeméis, viajou à boleia do Francisco Neto e «en-
gravidou-se» de emoção. «Nunca pensei ver esta malta toda, tantos anos de-
pois... já são mais de 40», comentou na viagem de regresso, citando, a exemplo, o 1º. cabo Miguel Teixeira, que com ele andou pela messe de oficiais. «Conheceu-me logo, até sabia o meu nome...», exclamou o Dias - assim era conhecido este sapador da CCS, que regressou a Portugal a 22 de Fevereiro de 1975, devido à sua epilepsia.
Celebração na Igreja paroquial de Rans, onde foi feita memória dos «ccs´» já falecidos. RIP!!! |
Celebração e memória
dos Cavaleiros do Norte!
A concentração dos «ccs´s» foi no adro da Igreja de Rans, a terra natal do orga-
nizador Joaquim Moreira (de sinal +!...), e onde foi celebrada missa de memória e acção de graças, presidida pelo padre
O furriel Viegas fez a evocação dos que, Cavaleiros do Norte da CCS, já partiram |
Deu-se o caso de o padre José Cunha ter sido capelão militar, em Angola e em S. Tomé e Príncipe, em meados dos anos 60, e, na homilia, exaltou as virtudes castrenses e os perigos e riscos daqueles que participaram na guerra colonial.
O Coro Paroquial de Rans abrilhantou, brilhan-
temente, esta cerimónia religiosa celebrativa e, em momento adequado, foram lembrados os Cavaleiros do Norte da CCS que já partiram - em leitura do furriel Viegas.
«Hoje, que é dia 1 de Junho, lembramos que, há 45 anos, foi o terceiro dia da nossa chegada a Luanda e não esquecemos, nunca poderíamos esquecer, os nossos companheiros que já partiram», disse o furriel Viegas, antes de, um a um, evocar nomes, datas e circunstâncias de morte, já em Portugal, de três dezenas de antigos Cavaleiros do Norte da CCS.
«Não sabemos se mais há, mas nestes simbolizamos a nossa memória por todos eles», disse o (furriel) Viegas. As leituras eucarísticas foram assumidas pelo casal José Augusto Monteiro (furriel)/Fernanda Queirós. (continua)
Sem comentários:
Enviar um comentário