quinta-feira, 20 de junho de 2019

4 458 - Operação «Castiço DIH», «estreia» geral nas matas do Uíge angolano

Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 nos tempos da jornada africana  do Uíge angolano, todos de
transmissões: furriel Nelson Rocha, NN e 1ºs. cabos Abel Felicíssimo e João Estrela
Cavaleiros do Norte da CCS, no Quitexe. Indicado
a amarelo, o 1º. cabo Fernando Pires, o Fecho-Eclair,
que amanhã festeja 67 anos em Odivelas

A operação «Castiço DIH» iniciou-se às 4 horas da madrugada de 20 de Junho de 1974, envolvendo «todas as subunidades orgânicas do BCAV. 8423». Foi a primeira grande incursão dos Cavaleiros do Norte pelas picadas, trilhos e matas do Uíge angolano.
A operação desenvolveu-se «ao longo de quatro fases» e, segundo o livro «História da Unidade», apenas «veio a terminar só em Julho». «Não se viu grande compensação do esforço desenvolvido pelas NT, pois que salvo uma emboscada sem consequências no Tabi, só teve por reacção do IN a materialização de tiros de aviso», relata o HdU.
O facto mais notório dessa operação foi, numa das fases, a amputação de um pé, sofrida por um militar (soldado) da 41ª. Companhia de Comandos, que «pisou» uma mina anti-pessoal na «central» do Mungage. O HdU diz que é do Negage, mas estivemos nessa evacuação (com o PELREC) e foi na Baixa do Mungage - onde, de resto, conhecemos o furriel Dias, dessa CC e que é conterrâneo de Águeda. O militar foi recolhido pelo PELREC, desde o trilho onde «pisou» a mina, e transportado para o Quitexe, onde foi assistido e depois evacuado para o Negage.
«A operação não teve resultados que não fossem o  conhecimento da ZA, um primeiro contacto com  mata, um conhecimento das reacções humanas e acabou até por ser defraudada», refere o HdU, precisando que a 41ª. Compa-
nhia de Comandos «retirou da ZA após umas escassas 18 horas de Opera-
ção». Isto, quando o planeamento da dita operação previa, para esta Subuni-
dade de tropa especial, «8 dias de actividade operacional».
Comandante Alm. e Brito

Comandante do BCAV. 8423
no Comando do Sector do Uíge

O dia 20 de Junho de 1974, uma 5ª. feira, como hoje,  foi tempo para uma reunião de trabalho do comandante Car-
los José Saraiva de Lima Almeida e Brito no Comando do Sector do Uíge (CSU), na cidade de Carmona - a capital da província uíjana.
O objectivo desse encontro de altos responsáveis militares foi «estabelecer contactos operacionais», nestes primeiros tempos da missão dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 na terra do Uíge angolano, o que já tinha acontecido nos dias 12 e 14 e se repetiria a 24 de Junho de há 45 anos.
Fernando Pires.
1º. cabo 

Pires , o «Fecho-Eclair», 
1º. cabo, 67 anos em Odivelas !

O 1º. cabo Fernando Manuel Martinho Pires, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 21 de Junho de 2019.
Escriturário de especialidade e pela guarnição quitexana popula-
rizado como o «Fecho-Eclair», vá lá saber-se porquê..., o 1º. cabo Pires regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975, então se fixando  na Rua Afonso Albuquerque, em Odivelas. Nada mais sabemos dele, a não ser que, muito  presumivelmente, ainda lá morará. E para lá, e para ele, vai o nosso abraço de parabéns!

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