A parada do BC12, quartel onde, há 44 anos, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 foram a última presença militar portuguesa em terras do Uíge angolano |
«As preocupações vividas do antecedente continuaram a ser os factores dominantes em Carmona», relata o livro «História da Unidade», a abrir a sua memória do mês de Julho de 1975.
As NT, os Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, ao tempo, eram «permanente alvo da crítica das populações brancas, as quais se sentem marginalizadas e sem receberem quaisquer apoios ou segurança daqueles que ainda são, como afirmam, os lídimos representantes da Autoridade Portuguesa». Mal saberia a comunidade branca as tarefas que, hora atrás de hora, dia e noite, os Cavalei-
ros do Norte desenvolviam para, precisamente, garantir a segurança de pes-
soas e bens. E enfrentar as continuadas pressões da FNLA, de que ainda on-
tem aqui se falou, acrescentadas, a 14 de Julho da contestação ao «constante afluxo de refugiados a Carmona», que se prolongou pelos dias seguintes.
Um ano antes, eram mais calmos os tempos, apesar da realização de opera-
ções nas matas uíjanas - completara-se a «Castiço DIH», decorria a «Turbi-
lhão» -, e estabeleciam-se «contactos com o IN, com vista a uma tentativa da sua apresentação no contexto da actual política» (a decorrente do 25 de Abril de 1974), continuavam as escoltas e patrulhamentos (auto e apeados).
Os furriéis milicianos Luís Costa e Joaquim Farinhas, que faleceu há exactamente 14 anos. RIP! |
Farinhas, furriel sapador,
faleceu há 14 anos !
O furriel miliciano Farinhas faleceu há 14 anos, vítima de doença e na sua natal Amarante.
Joaquim Augusto Loio Farinhas era sapador de especia-
lidade e, já em Carmona, deixou a CCS do BCAV. 8423 em Março de 1975, por razões de natureza disciplinar, ocorri-
das no Quitexe. Deixou-nos, então, um bom companheiro, com quem falámos em 1994/95, a preparar um dos encontros de Águeda. Que não, que não e não, mão participava..., que a tropa não lhe dizia nada!! O seu murmúrio de protesto era o mesmo dos tempos do Quitexe, quando o víamos meditabundo, algo su-
rombático, emocionalmente revoltado, mas sempre solidário e partilhante, com troco permanente para qualquer desafio de palavra ou de acto, que lhe fosse posto na terra saudosa do Quitexe,
Faleceu a 14 de Julho de 2005 e hoje o recordamos com saudade! RIP!!!
Vicente José Alves |
Vicente, condutor da CCS,
67 anos em Vila de Rei !
O soldado condutor Vicente José Alves, da CCS do BCAV. 8423, festeja 67 anos a 14 de Julho de 2019.
Natural de Cucados, da freguesia e concelho de Vila do Rei, lá voltou a 8 de Setembro de 1975, no final da sua (e nossa) jornada africana do Uíge angolano. Por lá continuou a sua vida, trabalhando na área da construção civil (que expandiu para a Grande Lisboa) e agora, já refor-
mado, mora em Estevais da mesma Vila de Rei, onde constituiu família.
Activo nos encontros dos Cavaleiros do Norte da CCS, coorganizou o de 2010 (em Ferreira do Zêzere) e organizou o de 2017 - o do Regimento de Cavalaria 4, a nossa unidade mobilizadora, em Santa Margarida. Parabéns!
Augusto Mota, 1º. cabo da 3ª. CCAV. |
Mota, enfermeiro de Santa
Isabel, 67 anos em Lousada!
O enfermeiro Mota, da 3ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Santa Isabel, festeja 67 anos a 14 de Julho de 2019.
Augusto António dos Santos Mota, é este o seu nome completo, regressou a Portugal no dia 11 de Setembro de 1975 e fixou-se em Cristelos, povoação do concelho de Lousada. Mora agora um bocadinho ao lado, em Silvares, localidade do mesmo município, e desenvolve a sua actividade empresarial na área da restauração (padaria). Para lá e para ele vai o nosso abraço de parabéns!
Temporão Campos |
Campos, cozinheiro de Zalala,
67 anos em Monção !
O 1º. cabo Campos, da 1ª. CCAV. 8423, a da mítica Fazenda de Zalala, festeja 67 anos a 14 de Julho de 2019 em Monção.
José Manuel Temporão Campos foi cozinheiro de especialidade e foi louvado pelo comando do BCAV. 8423, considerando «o inexcedível zelo e eficiências postos no seu trabalho, durante toda a sua comissão de serviço, à qual aliou sempre sua total dedicação». O louvor foi publicado na Ordem de Serviço nº. 162 e sublinha que foi «bom auxiliar dos seus superiores imedia-
tos» na que todos consideram «a difícil missão de alimentar uma subunidade».
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se na sua terra natal do lugar de Quinta dos Picados, da freguesia e município de Monção - onde ainda reside. Os nossos parabéns!
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