Helicóptero militar a pousar na parada do BC 12, em Carmona., para apoiar a comunidade civil ali refugiada e que, na imagem, se nota ao fundo |
A rotação do BCAV. 8423 de Carmona para Luanda foi motivo de «reuniões de trabalho» com elementos do Quartel General (QG) da Região Militar de Angola (RMA). Uma delas, a 28 de Julho de 1975, há 44 anos!
O objectivo, de acordo com o livro «História da Unidade», era «obter os meios necessários à execução de tal operação», que envolvia muitos meios logísticos e humanos, até tendo em conta, entre outros motivos, os «embaraços» que a FNLA desde há semanas criava aos Cavaleiros do Norte, pelas uíjanas terras do norte de Angola.
O dia da partida já se conhecia: «Jogados os dados da equação (...), obteve-se a certeza da rotação do BCAV. para Luanda a partir de 3 de Agosto», refere o «HdU», que aqui citamos.
Uma primeira reunião como QG da RMA já tinha decorrido a 23 de Julho e repetiu-se a 29. Enquanto isso, garbosos e corajosos, os Cavaleiros do Norte do BVAV. 8423 continuavam a garantir a segurança de cidadãos e bens, apesar das dificuldades criadas no dia-a-dia pelos combatentes da FNLA e da crescente hostilidade da comunidade civil europeia - que, entre outros mimos e insultos, nos chamava de cobardes e traidores, muitos deles cuspindo no chão à nossa passagem pelas ruas de Carmona, mesmo quando, em serviço operacional, nelas transitávamos a toda a hora, da noite e/ou do dia.
Capitão Raul Corte-Real comandante da CCAÇ. 4145 |
Comandante A. Brito
na 4145 de Vista Alegre!
O comandante Carlos Almeida e Brito, tenente-coronel de Cavalaria, deslocou-se a Vista Alegre no dia 28 de Julho de 1974, há 45 anos, para «contactos operacionais» com a CCAÇ. 4145.
A Companhia de Caçadores ali aquartelada era adida do BCAV. 8423 e comandada pelo capitão miliciano Raúl Corte-Real, oficial de In-fantaria. Desde o dia 17 desse mês de Julho de há 45 anos tinha «retornado à responsabilidade operacional do BCAV. 8423», precisamente na data em que tinha terminado «Operação Turbilhão», na qual activamente participara. Daí, a deslocação do comandante do BCAV. 8423.
Os furriéis milicianos Mano Vidal (atirador, de Águeda) e Licínio Gonçalves (mecânico, de Cha- ves), no encontro de 2019 da 1ª. CCART. 6322 |
1ª. CCART/ BART 6322
abandonou o Subsector !
A 1ª. CCART. do BART 6322 abandonou o Subsector do Uíge a 28 de Julho de 1985, regressando a Luanda.
Os artilheiros tinham passado à dependência operacional do BCAV. 8423 a 17 de Julho de 1974, no final da Operação Turbilhão» e conti-
nuado «a trabalhar a área dos «quartéis» de Camabatela e Quiculungo», o que, na altura, «completou o esforço operacional do Subsector em procurar actuar sobre todos os refúgios da Zona de Acção».
A 1ª. CCART 6322 foi inicialmente comandada pelo capitão Carlos Manuel de Sousa Duarte, substituído pouco depois do 25 de Abril. Ao nosso informador, Carlos Salvador (obrigado!-...), escapa o nome dele, de momento.
A Companhia integrava o BART. 6322, comandado pelo tenente-coronel Ar-
mando António Nunes de Carvalho Pires e que fazia parte do Comando Ope-
racional de Tropas de Intervenção 2 (COTI 2), que estava aquartelado em Luanda, no Grafanil. Um dos seus furriéis milicianos era o atirador Mano Vidal, que é natural de Águeda e companheiro de escola dos Cavaleiros do Norte Neto e Viegas, também furriéis milicianos mas da CCS do BCAV. 8423.
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