Os dias de Outubro de 1974, pela área do Quitexe, foram de algumas escaramuças entre adeptos dos movimentos de libertação, aqui e ali, mas normalmente controladas pelos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423.
Um ano depois e muitas águas passadas sob as pontes, muitas reviravoltas no processo de independência de Angola, acordos que nunca chegaram a ser cumpridos e combates que fizeram muito sangue, muitas mortes e muitos lutos, os Cavaleiros do Norte já tinham passado um mês desde o regresso a Portugal e procuravam notícias de Angola. E da «nossa» Carmona, que, porém, andava fora dos circuitos noticiosos.
Há 41 anos, o DL dava notícia de mais 5 mortos em combate |
A 9 de Outubro de 1975, o Diário de Lisboa noticiava «violentos combates entre forças do MPLA e da FNLA (...) a 70 kms. de Carmona e a uma centena de Luanda, na zona do Úcua».
Eram dois pontos importantes na Estrada do Café, a rota de asfalto que, de Luanda, chegava a Carmona e, já na área de acção do BCAV. 8433, passava pela Ponte do Dange e Vista Alegre (onde, depois de Zalala, estava 1ª. CCAV.), Aldeia Viçosa (a 2ª. CCAV.) e Quitexe (a CCS), 40 quilómetros antes de Carmona - as terras dos Cavaleiros do Norte (mais as fazendas Zalala da 1ª. CCAV. e Santa Isabel, da 3ª. CCAV., e os destacamentos de Luísa Maria e Liberato).
Notícias de Angola de há 41 anos |
Em ambos os casos, sublinhava o DL de há 41 anos, envolvendo «violentos combates que decorreram no últimos dias». Assim ia o processo de independência de Angola, a 33 dias do histórico 11 de Novembro de 1975. Com cada movimento «a tentar assegurar o controlo de novas posições». Da UNITA é que não se falava, por esta altura.
Fidelidade militar
ao MFA de Angola
Agora, deixem-me ir um bocadinho atrás na vida e na história: há 44 anos, em Luanda e no Palácio do Governo, 500 oficiais reuniram-se reafirmaram a sua «intransigente fidelidade ao movimento das Forças Armadas», não hesitando em protagonizarem «a efectivação do processo de descolonização de Angola, na sequência do compromisso internacional assumido por Portugal, ao reconhecer o direito à auto-determinação e independência dos povos colonizados».
Assumiam-se contra o que consideravam «as trágicas aventuras reaccionários ocorridas em Moçambique» e que queriam evitar em Angola.
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