Comício do MPLA e da FNLA em Aldeia Viçosa, a 26 de Janeiro de 1975. Há 45 anos!
Os movimentos angolanos não se entenderam, o que obrigou à intervenção da
Os movimentos angolanos não se entenderam, o que obrigou à intervenção da
tropa portuguesa «em situação apaziguadora, que se conseguiu»
O transporte de militantes e combatentes para o comício que há 45 anos se realizou em Aldeia Viçosa |
O cada vez mais próximo final do mês de Janeiro de 1975, há precisamente 45 anos, fez chegar algumas preocupações ao Quitexe, a Aldeia Viçosa e Vista Aegre/Ponte do Dange e ao Uíge dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, onde, de acordo com o livro «História da Unidade» e numa zona de forte
O furriel António Guedes e Victor Antunes Cavaleiros do Norte de Aldeia Viçosa |
de atrito» entre este movimento e o MPLA
O «HdU» regista que «a mais grave terá sido a 26 de Janeiro, aquando da abertura da Delegação da FNLA em Aldeia Viçosa, onde os movimentos pretenderam fazer um comício conjunto, mas no qual não conseguiram entendimento, o que deu origem à intervenção das NT, em situação apaziguadora, que se conseguiu».
A paz que se negociara e festejara na Cimeira do Alvor, como se vê, não era bem assim. No terreno, as «coisas» complicavam-se.
Cavaleiros do Norte da 2ª. CCAV. 8423: o 1º. cabo Ferreira e o furriel Matos a 28/09/2019 |
Daniel Chipenda e Agostinho Neto |
A Facção Chipenda e
o Enclave de Cabinda
O presidente do MPLA, entretanto e em Dar-es-Salan, admitiu a hipótese de pedir a intervenção da Organização de Unidade Africana (OUA) para, afirmou, «resolver os problemas que Angola terá de enfrentar antes da independência». E o principal problema era o Enclave de Cabinda, onde a FLEC exigia a independência e, na versão de Agostinho Neto, «os governos vizinhos e grupos rebeldes espalham a confusão».
Outro problema era a Revolta do Leste, facção dissidente do MPLA liderada por Daniel Chipenda - que nesse dia, no Luso, deu uma conferência de imprensa, nela afirmando que «fui atacado por um autêntico agente do imperialismo e as Forças Armadas Portuguesas tentaram bloquear a minha entrada no país».
As FAP, na verdade, as FAP tinham impedido uma outra conferência de imprensa e tentado evitar a entrada dos seus militares (de Chipenda) na cidade. Só desarmados. Mas «acabaram por entrar, após negociações com oficiais portugueses».
Notícia do Diário de Lisboa, sobre a (possível) intervenção de tropas da OUA em Angola |
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