Aos 12 dias de Março de 1974, os Cavaleiros do Norte continuavam a receber especialistas e a fomentar o espírito de grupo que o comandante Almeida e Brito tanto sublinhava.
«Ser-se da Cavalaria não é ser-se me-
lhor nem pior, é ser-se diferente. Ser-se do RC4 é obedecer ao lema «Perguntai ao Inimigo Quem Somos» (...). O soldado Português é dos melhores do mundo», lia-se na documentação que era entregue aos homens do BCAV. 8423.
O Serviço de Informação Pública das Forças Armadas, nesse dia, dava conta de mais 6 mortos em combate: dois na Guiné, um em Moçambique e três em Angola. Neste caso, todos do recrutamento local.
Uma nota da véspera, no Diário de Lisboa, dava conta da necessidade de Angola importar arroz, 2000 toneladas para «garantir o regular abastecimento em condições económicas para o consumidor». A importação iria ser assegurada pelo Instituto de Cereais de Angola, a partir dos portos de Luanda e Lobito.
O furriel José Fernando Carvalho, da 3ª. CCAV. 8423, aqui já no Quitexe e em princípios de 1975 |
Especialistas no RC4
e para o BCAV. 8423
O Campo Militar de Santa Margarida e em particular o Regimento de Cavalaria nº. 4 (RC4) e especialmente o Destacamento (deste) onde se aquartelava o BCAV. 8423, continuava a receber, por apresentação e «por irem servir no ultramar», mais militares especialistas. Especialistas que se juntavam a outros, já entretanto chegados: os enfermeiros, os rádio-telegrafistas, os operadores de mensagens e os operadores-cripto, rádio-montadores, condutores, escriturários e cozinheiros, padeiros, sapadores de infantaria e analistas de águas, mecânicos-auto, operadores de combustíveis, bate-chapas e electricistas, mecânicos electricistas e mecânicos de armamento ligeiro, apontadores de morteiros de várias distâncias, carpinteiros, clarins, de tudo um pouco..., para, na frente de combate, minimamente se estabelecerem as bases mínimas de segurança manutenção do dia-a-dia). E também aos atiradores de Cavalaria que lá tinham feito a Escola de Recrutas, já com os quadros milicianos mobilizados - os futuros alferes (aspirantes a oficiais milicianos) e furriéis (1ºs. cabos milicianos), na instrução militar ministrada entre 8 de Janeiro e 22 de Fevereiro desse ano de 1974.
Os especialistas que se apresentaram no RC4 e para as respectivas companhias, ampliando e solidificando o corpo do batalhão, há precisamente 43 anos e no dia 12 de Março de 1974, uma terça-feira, foram os seguintes:
1º. cabo C. Mendes |
CCS, a Companhia
do Quitexe
- Carlos Alberto de Jesus Mendes, 1º. cabo mecânico electricista, transferido do Grupo de Companhias de Trem Automóvel (GCTA), em Lisboa. Natural da freguesia de Santa Isabel, em Lisboa. Morava na rua Presidente Arriaga e faleceu a 21 de Abril de 2010, em Lisboa (nos Prazeres), vítima de doença. RIP!
- 1ª. CCAV. 8423, a de Zalala
Carlos Costa |
- Carlos Alberto dos Santos Costa, soldado de transmissões de infantaria, transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz. Ao tempo do regresso a Portugal, morava na Avenida 24 de Julho, freguesia de Santos, em Lisboa.
2ª. CCAV. 8423, a de Aldeia Viçosa
- Joaquim António Almeida Martins (ou Rodrigues), soldado de transmissões de infantaria, transferido do Regimento de Infantaria nº. 1 (RI 1), em Queluz.
- Carlos Alberto de Abreu Costa, soldado da transmissões, transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa
- Joaquim S. Santos, soldado, transferido do transferido do Regimento de Artilharia Ligeira nº. 1 (RAL 1), em Lisboa. Destino desconhecido.
1º. cabo M. Deus |
3º. CAV. 8423, a de Santa Isabel
- Abílio Pimenta Gonçalves, 1º. cabo operador-cripto, transferido do Batalhão de Reconhecimento de Transmissões (BRT), na Ajuda, em Lisboa. Natural do lugar de Costa, em Cucujães, concelho de Oliveira de Azeméis.
- Manuel Ramos Deus, 1º. cabo operador-cripto, também transferido do BRT. Ao tempo do regresso a Portugal, morava na Rua do Cardal da Graça, em Lisboa.
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