O capitão Acácio Carreira da Luz, em imagem de hoje, dia em que, na Marinha Grande, festeja 91 anos! (foto whatsapp) |
Capitão Luz: a serenidade e lucidez em pessoa, no dia dos seus 91 anos!!! (foto whatsapp) |
O dia 28 de Março de 1975, pelo Uíge angolano, foi tempo de, já em Carmona, o então tenente Acácio Carreira da Luz festejar juvenis 46 anos.
Quem diria que hoje mesmo, 45 anos depois e quando comemora 91!!!..., jovial e de fresca e viva memória, pegasse no whatsapp e nos surpreendesse com agradabilíssima conversa, connosco comungando o seu natal de 2020?!!!
Pois foi isso que aconteceu, num largo momento de farta comunhão de felicidade comum, evocando a jornada africana do Uíge angolano, a alegria dos encontros da CCS e o (seu) desejo de se voltar a achar com os Cavaleiros do Norte da CCS.
Será em Junho, será em Setembro? O que (nos) deixará fazer a epidemia covidárica que nos muda e mata a vida, forçando a muda dos nossos rumos?
«Não esqueço a bonita homenagem do ano passado, queria agradecer-vos pessoalmente o carinho com que me mimam», disse o capitão Luz, este ano a fazer 91 anos, lucidíssimos e serenos, e num tempo de epedemia que impede, até, a (sua) confraternização familiar.
Farto abraço, carérrimo capitão Luz!!
Vamos encontrar-nos em futuro muito, muito próximo, seguramente!!!, semeando e multiplicando juventude e cumplicidade, com toda a certeza!
Parabéns!!! Grandes e felizes 91 anos!!!
O capitão José Diogo Themudo, 2º. comandan- te e comandante interino do BCAV. 8423. Agora, coronel e cavaleiro na Grande Lisboa |
Comandantes do BCAV. 8423
em Vista Alegre
O dia 28 de Março de 1975, o dos 46 anos do então tenente Luz, foi dia de o comandante Carlos Almeida e Brito visitar a 1ª. CCAV. 8423, a da Fazenda Zalala, mas ao tempo aquartelada em Vista Alegre.
Ao tempo, comandante interino da Zona Militar Norte (ZMN), o comandante do BCAV. 8423 (CAB) fazia-se acompanhar pelo também interino, mas dos Cavaleiros do Norte - o capitão José Diogo Themudo, que desde o dia 24 de Março era 2º. comandante do BCAV. 8423. Na véspera, tinham estado no Quitexe, visitando a 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel.
Reforço dos Cavaleiros
e Licença de Normas
Há 45 anos, a «impossibilidade de garantir os serviços solicitados ao BCAV., que comportam também os da ZMN, também em extinção» implicou o seu reforço, a 28 de Março de 1975, com «mais um grupo de combate, este da 3ª. CCAV. 8423, por ser a subunidade que, de momento, tem a sua vida menos sobrecarregada».
Grupo de combate (o 3º. pelotão) que tinha estado na Fazenda Maria Amélia e era comandado (ver foto) pelo alferes Mário Simões e incluía os furriéis milicianos Graciano Silva, José Fernando Carvalho e Luís Capitão - este infelizmente já falecido, de doença, a 5 de Janeiro de 2010, em Vila Nova de Ourém.
Um ano antes, terminava a Licença de Normas dos futuros Cavaleiros do Norte, iniciada a 18 de Março de 1974, a qual, todavia, e segundo o Livro da Unidade, «acabou por ser aumentada, de tal modo que só a 22 de Abril se voltou a reencontra todo o pessoal do Batalhão, para dar efectivação à Instrução Operacional».
Nesse período, os quadros milicianos (alferes e furriéis) iam prestar serviços de ordem ao aquartelamento de Santa Margarida - em escala previamente estabelecida. Os praças foram dispensados dessa obrigação.
O Diário de Lisboa e a notícia do acordo para cessar os combates |
Acordo em Luanda
para o cessar-fogo
A reunião dos ministros Almeida Santos e Melo Antunes com o Colégio Presidencial do Governo Provisório de Angola, há 45 anos, resultou na assinatura de um protocolo entre os três movimentos de libertação, pelo qual MPLA, FNLA e UNITA «se obrigam a cessar as hostilidades e a libertar até ao meio dia de hoje todas as pessoas que prenderam durante os últimos dias».
A UNITA tinha sido neutral nos trágicos acontecimentos desses dias, mas assinou o acordo, que se negociava desde a véspera e se concluiu na madrugada de 28 de Março de 1975.
A FNLA era acusada de dispor de soldados zairenses. «Os soldados todos falavam francês e muitos deles nem conhecem qualquer dialecto angolanos. Certos meios progressistas de Luanda dizem que não sabem até que certo ponto muitos deles não terão pertencido a exércitos convencionais», referia José António Salvador, no Diário de Lisboa, acrescentando que «os soldados da FNLA continuaram as suas acções de intimidação, durante o dia de ontem», aparentemente, frisava, «com apoio de alguns pides».
Um grupo de 12 médicos do Exército Português, entretanto, apresentou um abaixo-assinado à Comissão do MFA/Angola «protestando energicamente con-
tra a actuação da FNLA», que chegou a qualificar como «bestialidade nazi».
«O que parece definir a FNLA é o seu nacionalismo exacerbado, intolerante, que usa o terror como arma», referia o comunicado dos médicos militares portugueses. A FNLA, de Holden Roberto, a antiga UPA.
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