Os furriéis milicianos Plácido Queirós e Américo Rodrigues, o 1º. sargento Fialho Panasco e um dirigente da administração civil de Vista Alegre, com o filho e em 1975 |
Aos 22 dias de Abril de 1975, há 45 anos, pelos chãos do norte de Angola - no nosso querido e saudoso Uíge!!!..., os Cavaleiros do Norte estavam em fase de adeus a Vista Alegre e a Ponte do Dange, terras da jornada africana dos Cavaleiros do Norte de Zalala - toda a 1ª. CCAV. 8423, do capitão miliciano Davide Castro Dias.
Iriam rodar dois dias depois, desactivando estes aquartelamentos, logo ocupados pelos movimentos de libertação (creio que de forma mista...) e rodando para o Songo, «com um Destacamento temporário em Cachalonde».
Ao tempo, preparavam-se também as primeiras eleições (marcadas para o dia 25) e, pelo norte de Angola e nesse mesmo dia, os Cavaleiros do Norte estiveram envolvidos num segundo patrulhamento a Úcua «com vista a fazer-se uma troca de prisioneiros, que, sem êxito, já tinha sido tentada em 21 de Abril», na véspera.
A esse dia 22 de Abril de 1975 e «no resultado de uma delas, veio a realizar-se uma reunião a nível mais elevado, com elementos do Gabinete Militar Misto» - da qual acabou por resultar a troca de prisioneiros em Úcua.
Vivia-se «a procura de obter para o Uíge uma calma aparente e o entendimento entre todos os movimentos», tarefa que não foi nada fácil. Os problemas que pela altura se viviam, na, recordemos, «ressaca dos incidentes de Luanda e Salazar», justificaram a «procura de encontrar soluções», nomeadamente, como refere o livro «História da Unidade», «através de reuniões semanais, primórdio de Estado Maior unificado».
A tensão crescia, lá pelas andas do norte, onde jornadeavam os Cavaleiros do BCAV. 8423! Piores dias estavam para chegar!
O furriel Viegas no porto do Lobito, de férias e em finais de Abril de 1975... |
Cavaleiros em férias
por Lobito e Benguela
Lobito e Benguela, a 22 de Abril de 1975, continuavam a ser chão de férias angolanas dos furriéis milicianos Cruz e Viegas, da CCS, mas já a fazer malas para a viagem aérea para a capital Luanda.
O fim da tarde dessa 3ª.-feira abrilina de há 45 foi tempo para um lauto e bem apetitoso encontro gastronómico, a matar saudades de Águeda e com o meu particular amigo Zé Ferreira, o furriel miliciano de Operações Especiais (Rangers) que jornadeou pela Fazenda Maria Fernanda, meu antigo, nos Dembos, e tinha sido companheiro de escola de Águeda, depois contemporâneo de Lamego (eu já instrutor, ele ainda instruendo...), ainda hoje amigo e... de sempre.
... e em Outubro de 2019, mais de 44 anos depois! |
Furriéis do BCAV. 8423 há 46 anos e no RC4: Carlos Letras, José Louro e Vitor Costa, de pé, e João Brejo |
Instrução operacional
em Santa Margarida !
Um ano antes, precisamente, os futuros Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423 regressaram ao Regimento de Cavalaria nº. 4 (o RC4), no Campo Militar de Santa Margarida, depois de gozar os clássicos 10 dias da chamada Licença de Normas.
O dia 22 desse Abril de 1975 foi uma segunda-feira e o objectivo do regresso era «dar efectivação à instrução operacional», que antecederia a partida para Angola - ainda que se desconhecendo as datas, que entretanto, e citamos o livro «História da Unidade», «foram marcadas para fins de Maio, princípios de Junho».
A instrução logo foi interrompida, refere o «HdU», «face ao Movimento das Forças Armadas de 25 de Abril de 1974». Que foi na seguinte quinta-feira.
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