quarta-feira, 29 de abril de 2020

5 042 - Savimbi em Luanda contra a guerra civil; a mariscada na ilha/restinga !

Quarteto de furriéis milicianos do BCAV. 8423, no varandim da Casa dos Furriéis do Quitexe: o Grenha
 Lopes (que é de Barcelos e hoje festeja 68 anos em Lisboa) e Viegas, atrás, e, à frente, António Fernandes
e Delmiro Roberto. Todos da 3ª. CCAV. 8423, menos o Viegas (que era da CCS)

Os 1ºs. cabos Agostinho Teixeira (que hoje festeja 68 anos em
Matosinhos), Domingos Teixeira (estofador), furriel Morais
e 1ºs. cabos Rafael Farinha e Serra Mendes

O presidente da UNITA, Jonas Savimbi, deu uma conferência de imprensa a 29 de Abril de 1975, em Luanda, e a reportagem do Diário de Lisboa dava conta que «levava a ombro uma carabina ligeira automática e era flanqueado por dois guarda-costas». 
O destino, sem querer, pôs os furriéis Cruz e Viegas a cruzarem-se na baixa da capital com a delegação de Savimbi e homens, vimos; não vimos a carabina, ou quaisquer outras armas. 
O presidente da UNITA confirmou na dita conferência de imprensa que era «imperativo a realização da cimeira dos três partidos, antes que seja demasiado tarde» e sublinhou «necessidade de escolher um gabinete que governe o país, após a independência de Novembro», embora observando que que «não podíamos prever que qualquer dos movimentos obteria uma maioria absoluta». 
«única solução», do seu ponto de vista, seria «o vencedor da consulta às urnas traçar linhas gerais do futuro político do pais, que estaria nas mãos de uma coligação de unidade nacional, formada pelos três partidos». Quanto a uma eventual guerra civil, considerou-a «uma impossibilidade prática», porque, sublinhou, «cada um dos movimentos que a desencadeasse, teria de lutar com os outros dois e, além disso, nenhum dos vizinhos desejaria a guerra».
O jornal «O Comércio» falou
da presença de Jonas Savimbi
em Luanda, há 45 anos
«Os três movimentos de libertação devem procurar uma força (um exército) verdadeiramente nacional o mais depressa possível», disse Jonas Savimbi, notando que «o futuro exército não necessita de ser muito grande, visto não precisarmos de um exército desse género».

Mariscada na ilha
no adeus a Luanda !

O dia foi já de véspera do regresso dos furriéis Cruz e Viegas a Carmona e por isso com mariscada do almoço na ilha, saciando todos os nossos apetites. Bem regada - acho até que com vinho verde, se a memória me não atraiçoa -, bem farta e apetitosa. 
A imensa metrópole luandina oferecia tudo o que havia de melhor. E nós não desperdiçávamos estas magníficas  oportunidades. Bons tempos, com mais incidentes menos incidente, mais ou menos graves,
Tínhamos almoço combinado com o (meu) conterrâneo Albano Resende (civil) e por ele esperámos na Mutamba, para galgarmos a marginal e, por escolha dele, irmos à ilha mariscar o almoço. Foi a caminho e ao final da manhã, já passando perto da Portugália, que nos cruzámos com a comitiva da UNITA, onde ia Jonas Savimbi.
Furriéis do BCAV. 8423: Belo, Morais,
Grenha Lopes, Armindo Reino, José
 Pires (TRMS) e, á frente e sentado,
António Verdelho Lopes

Grenha Lopes, furriel de Santa
Isabel, 68 anos em Lisboa !

O furriel miliciano José Avelino Grenha Lopes, Cavaleiro do Norte da 3ª. CCAV. 8423, a de Santa Isabel, está hoje em festa de 68 anos. Dia 29 de Abril de 2020.
Natural de Barcelos, foi especialista como Atirador de Cavalaria, durante a nossa jornada africana de Angola - e é agora empresário do sector da saúde (com clínicas de fisioterapia na Grande Lisboa), embora ele mesmo se confesse «homem de muitos ofícios» - que começaram pela indústria de passamanaria, na sua natal terra de Barcelos, u indústria de família.
Mora no Lumiar, na Azinhaga das Travessas, da capital portuguesa, e para lá e para lele vai o nosso abraço de parabéns!

Agostinho Teixeira, alferes António Albano
Cruz e o condutor Américo Gaiteiro (2017)

Teixeira, 1º. cabo da CCS,
68 anos em Matosinhos !

O 1º. cabo Agostinho Pinto Teixeira, da CCS do BCAV. 8423, a do saudoso Quitexe, comemora 68 anos a 29 de Abril de 2020.
Cavaleiro do Norte com a especialidade de pintor (de viaturas automóveis), regressou a Portugal no dia 8 de Setembro de 1975 e fixou-se em Ramalde, no Bairro Arantes de Oliveira, na cidade do Porto, de onde é natural. A vida «empurrou-o» um bocadinho para o lado e vive em Perafita, no concelho de Matosinhos, onde foi pequeno empresário.
Agora já aposentado, para lá e para ele enviamos os nossos parabéns.

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