Trio de 1ºs cabos escriturários da CCS, já no Quitexe:
Miguel Teixeira, João Pires e o já falecido Jorge Pinho
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O dia 27 de Maio de 1974, há 46 anos e uma segunda-feira, foi o do adeus que «vou para Angola» da CCS do BCAV. 8423 dos futuros Cavaleiros do Norte.
Foi mas não... foi!
Acordei cedo e de mala aviada esperei, aí pelas 5 e tal da manhã, pelo pai do Francisco Neto, que no SIMCA 1100 aqui me veio buscar à aldeia, para seguirmos para o RC4, em Santa Margarida. E daqui para Lisboa, depois para Luanda.
Seria a nossa viagem aérea para o imenso território de Angola, um pouco mais de um mês depois da revolução do 25 de Abril, mas o destino quis que assim não fosse. Já no RC4, ficámos a saber que a partida tinha sido adiada por dois dias e por lá ficámos alguns de nós, a maior parte, outros regressando a suas casas, outros para sítios outros. Fui dos que fiquei («alérgico» a novas despedidas...) e o Neto, com amigos por Lisboa, para lá se mandou, para a boa-vai-ela, com a garantia (cumprida) de que a nós se juntaria o dia 29 e no aeroporto.
Maior autonomia
legislativa para Angola
A notícias do dia davam conta do cessar fogo na Guiné (futura Guiné-Bissau e Cabo Verde), enquanto decorriam negociações diplomáticas. Em Moçambique, havia transferência de unidades portuguesas, os ferroviários mantinham a greve e «continuava o clima de tensão e expectativa».
Angola, a imensa Angola que nos esperava, era, todavia, o que nos interessava e de lá não chegavam boas notícias: as de mais mortes em combate: as do furriel miliciano Francisco José Nunes Gonçalves, natural de Vale de Santiago (concelho de Odemira), e dos soldados António José Duarte Silva, natural de Marmelede (concelho de Monchique), e João Carlos Mota Medeiros, do Pico das Canas, em Ponta Delgada (Açores). Nada animador, para quem para lá ia partir.
O Diário de Lisboa de 27 de Maio de 1974 |
Maior autonomia
legislativa para Angola
A notícias do dia davam conta do cessar fogo na Guiné (futura Guiné-Bissau e Cabo Verde), enquanto decorriam negociações diplomáticas. Em Moçambique, havia transferência de unidades portuguesas, os ferroviários mantinham a greve e «continuava o clima de tensão e expectativa».
Angola, a imensa Angola que nos esperava, era, todavia, o que nos interessava e de lá não chegavam boas notícias: as de mais mortes em combate: as do furriel miliciano Francisco José Nunes Gonçalves, natural de Vale de Santiago (concelho de Odemira), e dos soldados António José Duarte Silva, natural de Marmelede (concelho de Monchique), e João Carlos Mota Medeiros, do Pico das Canas, em Ponta Delgada (Açores). Nada animador, para quem para lá ia partir.
Sabia-se, entretanto, que as autoridades portuguesas iria apresentar uma proposta de alteração orgânica da Assembleia Legislativa de Angola, adaptando-aos novos tempos e concedendo-lhe maior capacidade de acção
Rui Cardoso |
Cardoso de Zalala faria
68 anos. Morreu em 2018!
O soldado Rui Manuel Miranda Cardoso, da 1ª. CCAV. 8423, faria 68 anos a 27 de Maio de 2020. Faleceu a 29 de Setembro de 2018.
Atirador de Cavalaria de especialidade militar e combatente dos Cavaleiros do Norte de Zalala, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, fixando-se no Bairro do Cerco, no Porto, Casa 22, da freguesia de Campanhã.
Profissionalmente, foi estofador, casou-se e passou a polidor (em Paredes), depois estofador de novo no Porto. O filho é o advogado João Cardoso.
Hoje o recordamos com saudade. RIP!!
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