terça-feira, 10 de novembro de 2020

5 243 - A independência de Angola «diante de África e do mundo»

Agostinho Neto, presidente do MPLA e primeiro presidente de Angola, no
momento da proclamação da independência de Angola. Há 45 anos!

Cartazes na revista brasileira «Veja» sobre
as três independências de Angola


A 10 de Novembro de 1975, às 23 horas, Agostinho Neto, presidente do MPLA, proclamou a independência de Angola «diante de África e do mundo»
Foi uma noite de chuva, em Portugal, e desse momento recordo estar já deitado e a ouvir a (actual) RDP, que em directo transmitia o momento, a partir de Luanda. Creio que não foi transmitido pela televisão - a RTP, ao tempo a única estação.
O controlo de Angola estava dividido pelos três maiores grupos nacionalistas, o MPLA, a FNLA e a UNITA, pelo que a independência foi proclamada unilateralmente pelos três movimentos.
O MPLA do presidente Agostinho Neto, que controlava a capital (Luanda), proclamou a independência da República Popular de Angola.
A não muitos quilómetros, no Ambriz, Holden Roberto, presidente da FNLA, proclamou a independência da República Popular e Democrática de Angola. Uma hora depois, à meia-noite. 
Em Nova Lisboa, a UNITA, pela voz do presidente Jonas Savimbi, também proclamou a independência de Angola.
Foi isto há 45 anos!
A declaração de independência, por Agostinho Neto 
pode ser vista e ouvida AQUI. E lida AQUI
O discurso da independência do 
Alto Comissário Leonel Cardoso 

A soberania de Portugal 
para o povo angolano 

O Alto Comissário Leonel Cardoso, 5 horas antes, tinha transferido «a soberania de Portugal para o povo angolano», em cerimónia oficial que decorreu no salão nobre do Palácio do Governador, em Luanda.
A última Bandeira de Portugal
arreada em Luanda há 45 anos
«E assim Portugal entrega Angola aos angolanos, depois de quase 500 anos de
 presença, durante os quais se foram cimentando amizades e caldeando culturas, com ingredientes que nada poderá destruir», disse Leonel Cardoso, acrescentando que «os homens desaparecem, mas a obra fica».
«Portugal parte sem sentimentos de culpa e sem ter de que se envergonhar. Deixa um país que está na vanguarda dos estados africanos, deixa um país de que se orgulha e de que todos os angolanos podem orgulhar-se», disse o Alto Comissário na sua intervenção do adeus da soberania de Portugal em Angola. Já lá vão 45 anos!
O Picote, o Alves e o Canhoto
condutores da CCS do BCAV. 8423

Picote, condutor da CCS,
68 anos em Óbidos !

O soldado condutor Picote, da CCS dos Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, festeja 68 anos a 10 de Novembro de 2018.
António do Rosário Picote é natural de Á-dos-Negros, freguesia de Óbidos, e lá voltou a 8 de Setembro de 1985, quando regressado de Angola, no final da sua (e nossa) comissão de serviço por terras do Uíge: Quitexe e Carmona!
Trabalhou muitos anos na construção civil e aposentou-se como funcionário da Câmara Municipal das Caldas da Raínha. Solteiro por opção, continua a viver em Á-dos-Negros, sozinho e na (sua) Rua do Picote. Para lá, e para ele, segue o nosso abraço de parabéns!

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