sexta-feira, 13 de novembro de 2020

5 246 - Reunião em Carmona, rajadas e 50 mortos e centenas de feridos em Luanda!

Furriéis Capitão e Cardoso, 1º. cabo Almeida, cozinheiro, Lajes, do bar, e Flora (atrás), Cruz, de óculos (e tapado pela mão), NN (mal se vê), Costa (Morteiros), Reino e Carvalho (ao meio). Bento (de dedo apontado), Lopes (mesmo à frente), Fonseca e Rocha, no bar de sargentos do Quitexe, em finais de 1974

O capitão José Paulo Falcão, o soldado clarim
Armando Siva e o comandante Almeida e Brito

A 13 de Novembro de 1974, no Quitexe de há 46 anos, a agenda de trabalhos tinha a ver com a situação política e principalmente a militar. 
O mesmo dia 13, em Carmona e no BC 12, foi tempo de reunirem os comandantes do Comando do Sector do Uíge (CSU) - sendo os Cavaleiros do Norte representados pelo capitão José Paulo Falcão, que substituía o comandante Carlos Almeida e Brito, de férias em Lisboa. 
Iam calmos os tempos da zona de ação do BCAV. 8423. Continuavam, por exemplo, os trabalhos de arranjo da estrada (picada) para Camabatela e a do Café, do Quitexe até Aldeia Viçosa.
Jorge Valentim

Rajadas e 50 mortos
e centenas de feridos 

E por Luanda?
Na madrugada da véspera, segundo o jornal «A Província de Angola», «ainda se ouviram rajadas nos subúrbios», que, esporádicas, acabaram pela manhã dentro. Tinham morrido mais de 50 pessoas e feridas para cima de uma centena. 
Os camionistas que se tinham manifestado em Viana, voltaram ao trabalho, com a garantia governamental de ser assegurado o patrulhamento da estrada para o Dondo.
Pior iam as coisas por Cabinda, onde soldados negros (supostamente ex-elementos das forças especiais portuguesas) tinham 39 pessoas reféns numa posição fortificada, frente à fronteira com o Congo-Brazaville. 
Aparentemente ligados à FLEC, apresentaram uma lista de exigências ao governador Lopes Vaz (um coronel), que as passou para Luanda. O posto estava cercado por tropa portuguesa, porém, impossibilitada de actuar, por causa dos reféns.
A UNITA, em Luanda e na voz de Jorge Valentim (tido como o seu nº. 2), anunciava que diariamente 300 homens se alistavam mas suas forças militares e assegurava, quanto ao futuro da comunidade branca portuguesa, que «deve estar absolutamente calma», pois a UNITA «assegurar-lhes-á segurança».
«É este princípio que a UNITA quer combater», disse Jorge Valentim, que chefiava a delegação do Lobito.


Fernando Santos
Santos de Zalala, 68 anos
em Vila Nova de Ourém !

O soldado clarim Fernando Manuel Dias dos Santos, da 1ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 13 de Novembro de 2020.
Cavaleiro do Norte da mítica Fazenda Maria João, a de Zalala, regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1975, a Resouro, lugar da freguesia de Urqueira, município de Vila Nova de Ourém, depois da sua jornada angolana que continuou por Vista Alegre e Ponte do Dange, Songo e Carmona.
O que sabemos dele é pouco, mas, para onde quer que esteja, vai o nosso abraço de parabéns!


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