domingo, 15 de novembro de 2020

5 248 - Calma no Uíge e conflitos, em Luanda! Ataque à Junta Governativa!

A enfermaria militar do Quitexe, em imagem de 24 de Setembro de 2019, aquando da 
passagem do (ex)furriel Viegas por terras africanas do Uíge angola. Serve agora apoio à 
esquadra da Polícia Nacional que está em esquadra na casa da família Rei 

A enfermaria militar do Quitexe no tempo dos
Cavaleiros do Norte do BCAV. 8423, em 1974/75

Os tranquilos dias quitexanos de há 46 anos eram a antítese das situações de conflito que se viviam e multiplicavam em Luanda, onde já tinham chegado os três movimentos de libertação: MPLA, FNLA e UNITA. Cada qual com a(s) sua(s) força(s) e ambições.
Os Cavaleiros do Norte prosseguiam as tarefas de preparação da sua própria rotação e apoiavam a JAEA na recuperação do troço de estrada entre o Quitexe e Camabatela, depois do de Aldeia Viçosa a Ponte do Dange - a Estrada do Café.
O Diário de Luanda de 15 de Novembro de 1974, há 46 anos, citav um comunicado da FNLA, que apelava à «assumpção de posições actuantes e racionais, para podermos contribuir, sem ambiguidades, para uma total e definitiva separação das forças construtivas das descontrutivas» e sublinhava que «a neutralidade, neste momento, não serve a ninguém, nem à própria Angola». O documento era «um velado ataque à Junta Governativa e ao MPLA, explorando alegadas divisões neste movimento». De que era exemplo a Facção Chipenda. 
O matutino «O Comércio», também de Luanda e da terça-feira anterior, atacava um eventual governo de coligação e sugeria que «somente sob a autoridade de um governo de partido único - a FNLA - se poderá resolver o problema angolano».
O MPLA, por sua vez, afirmava acreditar nas intenções de Rosa Coutinho, o Alto Comissário, e do Governo Português, prontificando-se «a colaborar na segurança dos musseques» - zonas onde se repetiam problemas e sucediam problemas e mortes.
A UNITA, de Jonas Savimbi, essa, citando o Diário de Lisboa, «tem-se remetido a um prudente silêncio, evitando ataques e críticas ao MPLA e à Junta Governativa».
Lúcio Lara, do MPLA, denunciava «provocações de pessoas que, em Luanda, vivem na zona no asfalto» - a população branca. E criticou «um ataque contra pessoas instaladas na tribuna do estádio do Futebol Clube de Luanda, durante um comício do MPLA». Pediu a dissolução de forças paramilitares, dando o exemplo da OPVDCA.
O Manuel Neves (Bolinhas) e o
furriel João Dias em 1974/1975
Manuel Neves (Bolinhas) e o
furriel João Dias em 2017

Bolinhas de Zalala, 68
anos em Penacova !

O soldado Bolinhas, atirador de Cavalaria da 1ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 14 de Novembro de 2020.
Manuel Jacinto Pereira das Neves, é este o seu nome de baptismo, ganhou o apelido Amaral pelo casamento, e foi popularizado como Bolinhas pelas bandas da Fazenda de Zalala - e depois por Vista Alegre/Ponte de Dange, o Songo e Carmona, por onde jornadearam os Cavaleiros do Norte do capitão miliciano Davide Castro Dias.
Regressou a Portugal no dia 9 de Setembro de 1075 e por lá fez (e faz) vida profissional e pessoal. nPara ele vai o nosso abraço de parabéns!
Martins Oliveira

Martins de Aldeia Viçosa
festeja 68 anos em Leiria!

O soldado atirador de Cavalaria Martins, da 2ª. CCAV. 8423, festeja 68 anos a 16 de Novembro de 2020.
Martins Pereira de Oliveira, é este o seu nome completo, foi Cavaleiro do Norte de Aldeia Viçosa (e depois de Carmona, a actual cidade do Uíge), foi atirador de Cavalaria de especialidade militar e regressou a Portugal no dia 10 de Setembro de 1975, no final da sua comissão militar Angola. Fixou-se em Aparícios, lugar da freguesia de Santa Eufêmia, a sua terra natal do município de Leiria.
Ainda lá reside e para lá vai o nosso abraço de parabéns!





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